O senador e pré-candidato à Prefeitura de Goiânia pelo PSD, Vanderlan Cardoso, voltou a admitir que sua legenda não está unificada em torno de seu projeto eleitoral. Em entrevista no final da última semana à uma rádio de Goiânia, questionado sobre o apoio do pessedista Francisco Júnior ao pré-candidato Sandro Mabel (UB), Vanderlan disse respeitar a decisão do colega de partido, mas que isso “causou estranheza”, uma vez que, segundo ele, Francisco era um entusiasta de sua candidatura.

A entrevista foi concedida à Rádio BandNews. Nela, Vanderlan foi perguntado sobre o fato noticiado no mês passado pelo Jornal Opção de Francisco Júnior, que atualmente preside a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), ter declarado que esperava respeito à decisão de apoiar o candidato do governo, Sandro Mabel, e não o candidato de seu próprio partido.

“É um direito do Francisco Júnior. Ele está na base do governador, está seguindo a candidatura apoiada pelo governador. Em hora nenhuma vou desmerecê-lo, tenho um carinho especial pelo Francisco, é um grande amigo”, disse.

No entanto, o senador revelou ter ficado surpreso ao saber que não teria o apoio do amigo e colega de partido. “O que causou um pouco de estranheza é que ele era um dos maiores defensores da nossa candidatura. Ele vinha cobrando, ‘Tem que anunciar, tem que falar [que é candidato]’. Mas respeito”.

Ainda segundo Vanderlan, não é uma prática do PSD pressionar para que os membros apoiem as candidaturas próprias, e citou a si mesmo como exemplo. “Partido, o nome já diz: partido. Vamos pegar 2022. Apoiei a candidatura do Francisco Júnior, a do Ismael, de candidatos do partido. Não apoiei a candidatura do Vilmar Rocha [ex-presidente do PSD] para o Senado, então o PSD tem essa vantagem. Não tem essa questão de faca no pescoço, de ‘você vai ser obrigado a apoiar isso ou aquilo’”, concluiu.

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