Por Thiago Burigato

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Batalha entre Agnelo e Arruda no DF pode favorecer Gomide em Goiás

[caption id="attachment_2857" align="alignright" width="620"]Na foto Antônio Gomide Crédito: André Kerygma Antônio Gomide poderá ser o maior beneficiado da campanha ao governo do Distrito Federal[/caption] A condenação do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR) na semana passada já estava sendo contabilizada pelo PT, que traçou uma estratégia para vencer as eleições tanto no DF quanto em Goiás. Explica-se: o atual governador do DF e candidato à reeleição, Agnelo Queiroz, tem uma rejeição que se aproxima dos 70% entre os eleitores do DF. Portanto, terá dificuldades claras para vencer as eleições, mesmo sem a presença de Arruda. Com a presença dele a situação piora. Porém, Arruda também tem uma rejeição alta — embora muito menor que a de Agnelo. Por via das dúvidas, o PT fez um planejamento que pode “matar três coelhos com uma só pedrada”. É aí que entra a figura de Antônio Gomide. O goiano entrou no radar do PT nacional em 2012 por duas razões: 1) Ao vencer as eleições de Anápolis com mais de 80% dos votos, Gomide se cacifou, naturalmente, como possível candidato ao governo; e 2) As eleições de 2012 não foram boas para o PSDB no Entorno do DF, pois o partido perdeu cidades importantes, como Valparaíso e Novo Gama, respectivamente nas mãos de PT e PPL. Com isso, e contando com a rejeição de Agnelo, o PT resolveu investir naqueles eleitores que moram no Entorno, mas votam em Brasília.  E não são poucos. Levanta­mentos do partido dão conta de que são aproximadamente 120 mil. Um número muito considerável. A forma encontrada para investir nesses eleitores foi levantar e capacitar um candidato em Goiás. Tanto é que uma das bases estruturais da campanha de Antônio Gomide (PT) ao governo é justamente a parceria feita com Agnelo. E não é atoa. Os dois têm estado próximos nas últimas semanas e estarão juntos nos eventos realizados no Entorno, região que aglomera mais de um milhão de votos. “O PT elegeu o Entorno como região símbolo”, diz um político com trânsito em Brasília. E Gomide não ganhará apenas com a estrutura de campanha de Agnelo no Entorno. É certo que Agnelo deverá “bancar” parte da campanha de Gomide, pois tem maiores condições para isso. É importante lembrar que a campanha de Agnelo está entre as mais caras do Brasil. Em relação aos outros governadoriáveis do país, o petista do DF alcança a 5ª mais cara. É certo que deverá gastar em torno de R$ 70 milhões, ficando atrás apenas dos paulistas Paulo Skaf (PMDB), Alexan­dre Padilha (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), que têm uma previsão de gastos na casa dos R$ 90 milhões cada, além do candidato ao governo do Rio de Janeiro, Luiz Fernan­do Pezão (PMDB), que deverá gastar R$ 85 milhões. Agora, apenas isso será suficiente para que Gomide se eleja? Muito provavelmente não. Mas ajudará a, pelo menos, derrotar o tucano Marconi Perillo em Goiás. Esse é o verdadeiro “coelho” que o PT quer abater. Lem­brando que a animosidade política de Lula com Marconi data de águas passadas.

Vilmar Rocha escolhe cineasta renomado como marqueteiro de campanha

O candidato ao Senado na chapa do governador Marconi Perillo (PSDB) definiu o nome de Alberto Araújo como seu marqueteiro. Alberto — que foi sócio de Jorcelino Braga, marqueteiro do candidato ao governo pelo PSB, na Kanal Vídeo — também é cineasta. Ele dirigiu “Vazio Coração”, filme que estreou no ano passado com boas críticas. Ele trabalhará junto com Paulo de Tarso, marqueteiro do governador Marconi Perillo, durante a campanha. Vilmar explica: “Fizemos várias reuniões e ficou definido: o Alberto dará sugestões para Paulo e vice-versa. Será um trabalho integrado da chapa majoritária.”

Celg a favor dos tucanos?

A questão Celg atrai as atenções do eleitorado. Isso acontece porque todos precisam de energia — quem dirá os empresários, grandes cabos eleitorais. O vice-governador José Eliton (PP), que presidiu a Celg por muito tempo, acredita que a empresa será ponto positivo durante a campanha dos tucanos. Ele explica que a Celg deve ser analisada tendo em vista dois pontos: 1) O acordo. “O acordo com o governo federal, no fim de 2011, garantiu as bases para que conseguíssemos reiniciar os investimentos no Estado, o que efetivamente fizemos em 2012. Graças a isso, temos o cenário atual, em que o Estado voltou a crescer”, diz ele; e 2) Balança da empresa. “A balança da Celg, hoje, já é positiva. O grande desafio da empresa hoje é retomar os investimentos. A Eletrobras já deveria ter feito isso, mas teve problemas entre 2012 e 2013. Se a Eletrobras fosse uma empresa privada, teria falido. Tudo isso atrasou os investimentos na Celg. Mas o próprio ministro Edison Lobão já disse que retomará os investimentos. Quando isso acontecer, a Celg dará um salto na melhoria dos serviços prestados”.

Friboi entrou no jogo das redes sociais

Será recado? Na sexta-feira, 11, uma mensagem curiosa de Friboi no Twitter: “Sucesso de um projeto está nos colaboradores”.

Desenha-se uma disputa apertada por vaga na Assembleia

Assim como houve esvaziamento entre os candidatos a deputado federal, é possível dizer que o mesmo aconteceu no cenário estadual, onde a disputa deverá ser ainda mais apertada. Ao todo, se registraram no TRE, 728 candidatos para concorrer às 41 cadeiras da Assembleia. E muitos deles têm chances, uma vez que nomes “já eleitos” não disputarão este ano, pois são candidatos a federal. Caso de Fábio Sousa (PSDB), Daniel Vilela (PMDB) e Mauro Rubem (PT).

Em coerência com a bandeira da modernidade

O primeiro encontro realizado pela base governista em Goia­nésia, na semana passada, deixou claro uma coisa: a estratégia de campanha usada pelo governador Marconi Perillo estará de acordo com a bandeira da “modernidade” que levantou como principal mote de campanha. Em Goianésia, o encontro — ou “reunião-comício”, como alguns governistas têm chamado — lançou um novo formato de contato popular a ser experimentado na campanha tucana: encontros em locais fechados, o que faz com que um número reduzido de pessoas esteja presente e os candidatos tenham um contato mais pessoal com os eleitores. O palanque baixo ajuda nesse contato. Além disso, os discursos são rápidos e sucintos. Para passar a mensagem de modo objetivo.

PT partirá para o enfrentamento contra grupos “elitizados”

Com as falas sobre polarização das eleições deste ano, os petistas estão animados com o fator surpresa. Em reunião no interior, no fim da semana passada, Marina Sant’Anna, disse: “Temos a oportunidade de fazer um enfrentamento de dois grandes grupos que se demonstram elitizados. Vamos achar nossos eixos de ligação com o povo e ganhar as eleições.”

Campanha ressuscitará “fantasmas” de Goiás

A venda dos armazéns da antiga Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Goiás (Casego) deve aparecer durante a campanha. E contra Iris Rezende (PMDB). A intenção é tornar claro que as bandeiras da ética, da moral e da decência política não poderão ser usadas pelos peemedebistas. Contudo, tais bandeiras podem ser usadas por Ronaldo Caiado (DEM). O democrata é visto como um político decente. A questão é: como levantará essas bandeiras — que tem defendido ao longo dos anos — ao lado de Iris? Uma coisa é certa: a ressurreição da Casego, da Caixego, BEG e companhia serão pontuais na campanha. Mas certamente não deverá ser ouvida nos discursos do governador Marconi Perillo (PSDB), o maior adversário de Iris nesta campanha. O governador não deverá partir para o ataque direto contra as chapas de oposição. Ao contrário, segundo garantem os governistas. Marconi deverá concentrar esforços para mostrar as obras que fez e apresentar propostas. Entretanto, nada impede que seus aliados “batam”. Aliás, isso deverá, de fato, ser feito, mesmo que de forma discreta. Sobretudo em Goiânia, cidade onde a rejeição ao nome de Marconi é maior e onde Iris tem maior aceitação.

Paulo Garcia se virará contra seu padrinho?

Corre pelos corredores da prefeitura: o prefeito Paulo Garcia (PT) está muito insatisfeito com as repetitivas manchetes de crise em Goiânia. Um aliado de Paulo diz: “O prefeito já fez mais por Goiânia do que o próprio Iris Rezende. Porém, agora não é hora de mostrar isso. Depois que outubro passar, todo esse cenário negativo em torno do Paulo irá terminar.” Para bom entendedor, a resposta está dada. Isso pode explicar, porém, o porquê de Paulo ter entendido ser melhor não participar ativamente das eleições. É certo que não falará a favor de Iris, mas também não deverá desmentir, caso alguém fale que sua gestão é melhor que a passada. Agora, quem falará?

Polarização da política polariza também a sociedade organizada

A polarização dessa eleição entre Iris e Marconi está levando inclusive os setores organizados da sociedade, como os advogados, a se posicionarem. Do lado do governador está o grupo de Henrique Tibúrcio. Do outro, o do advogado Leon Deniz. Para quem se lembra, os dois foram adversários nas últimas eleições da OAB. O primeiro pela chapa OAB Forte. O último pela Renovação com Atitude. Na Ordem, Tibúrcio saiu vencedor.

Cientista político aponta denominações curiosas na política goiana

Depois do “voto-camarão”, que fez sucesso na semana passada, o cientista político Silvio Costa, da PUC-GO, tem mais denominações curiosas sobre as alianças partidárias goianas. Ele aponta para a “coligação Frankenstein”. Seria aquela feia e esdrúxula, que reúne partes desconjuntadas. Refere-se à aliança entre PMDB, Ronaldo Caiado (DEM) e o PCdoB. E tem mais. Existe também a “coligação zumbi”, aquela que reúne mortos-vivos querendo ressuscitar. O cientista político não quis nomear os “mortos-vivos”. Costa diz que o tal apelo pelo novo não vingou e constata o óbvio, mostrado pelas pesquisas: a eleição será mesmo polarizada, sem a mínima chance para a chamada terceira via.

Apegando-se à rejeição para tapar o sol com a peneira

Definido oficialmente como um dos coordenadores da campanha de Iris Rezende, o deputado Sandro Mabel está confiando na possibilidade de sucesso da chapa peemedebista por causa da rejeição do tucano Marconi Perillo, principalmente em Goiânia. Segundo Mabel, é por aí que o PMDB vai crescer e ganhar o pleito. Só que o deputado parece esquecer que Iris também tem uma rejeição considerável.

PPL está com Iris, mas os prefeitos…

O prefeito de Novo Gama, Everaldo Martins (PPL), estava em cima do muro quanto ao seu apoio para a majoritária. O PPL fechou com o PMDB. Porém, Everaldo deverá apoiar Antônio Gomide (PT). Acontece que Everaldo é ligado ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), um dos grandes parceiros da campanha de Gomide. Além disso, Everaldo deverá apoiar Narciso Pereira de Carvalho, presidente da Câmara de Vereadores de Novo Gama, para deputado estadual. Tudo isso com a ajuda da “grande” estrutura montada no Entorno pelo PT.

Em Catalão, só Adib e Daniel Vilela têm espaço

Em Catalão, o PMDB local fechou questão: apoio só aos candidatos a deputado estadual Adib Elias e federal Daniel Vilela. O colégio eleitoral está fechado a outros peemedebistas.

A dobradinha de Dona Iris

A deputada federal Iris de Araújo, candidata à reeleição, vai fazer dobradinha com a ex de Maguito Vilela, Carmem Silvia, que pleiteia vaga na Assembleia Legislativa. Dona Iris, convalescendo de uma pneumonia, está articulando como nunca em sua própria residência. Na semana passada recebeu, entre outros, comitiva de peemedebistas de Aloândia.