Por Redação

O objetivo do grupo de Fabrício Augusto é contribuir para melhorar o Fisco e, ao mesmo tempo, ampliar as conquistas da categoria

O prefeito Adib Elias decidiu bancar Deusmar Barbosa, mas os vereadores, com o apoio do prefeito eleito Velomar Rios, optaram por Jair Humberto

O gestor municipal teria “desaparecido” por causa de dívidas. O prefeito eleito Wisner Araújo receia que as dívidas inviabilizem sua gestão

Secretário de infraestrutura enumera marcas da gestão estadual para a Infraestrutura e explica planos de investimentos futuros

Mais popular do que Wilder Morais, o deputado planeja disputar mandato de senador. Há quem postule que pode figurar na chapa de Daniel Vilela e Gracinha Caiado

Delegado Eduardo Prado, Major Araújo e Paulo Cezar Martins são os deputados que devem ser cassados. O PL é acusado de ter fraudado a cota de gênero em 2022

Os políticos mais cotados são Givago Valadares, José Machado, Valmir Pedro e William Teófilo. O desafio da maioria dos postulantes é que suas cidades têm poucos eleitores

Lideranças do União Brasil saíram em defesa da candidatura do governador Ronaldo Caiado à Presidência da República em 2026. O movimento aconteceu após o deputado Elmar Nascimento (UB-BA) afirmar que ficar no governo e lançar Caiado em 2026 seria "traição com Lula".
Em seguida, lideranças de peso do partido saíram em defesa do nome do governador de Goiás para a disputa de 2026. O prefeito de Salvador, Bruno Reis, e o deputado federal Alfredo Gaspar (AL), além da bancada goiana do UB, se manifestaram.
O prefeito reeleito de Salvador postou hoje nas suas redes uma matéria da CNN que aponta que Caiado tem a segurança pública mais bem avaliada do Brasil, segundo pesquisa Atlas Intel. O índice de aprovação é de 89%. “Quem tem o melhor governador do país precisa ter candidato próprio à presidência. Ronaldo Caiado é um orgulho para nosso partido e renova as nossas esperanças em um futuro muito melhor para o Brasil”, escreveu Reis.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Alfredo Gaspar disse que vai propor à direção do partido uma reunião ainda este ano pra decidir se fica no governo Lula ou se desembarca e vai logo pra oposição. E já avisou que é a favor da segunda alternativa, para trabalhar a candidatura própria.
"O União Brasil tem feito tudo pela governabilidade. Mas na atual conjuntura, não dá para dizer que o governo está bem. As contas públicas estão estourando, o crime organizado está cada vez mais forte", afirmou Gaspar. Sobre o nome do candidato, Gaspar afirmou: "Ele é uma excelente opção, mas tem de ser uma decisão coletiva”.
Ressentimento
A fala de Elmar foi apontada internamente na sigla como fruto de mágoa por não ter contado com o respaldo da direção do União Brasil para disputar a presidência da Câmara dos Deputados. O partido decidiu apoiar Hugo Motta (Republicanos/PB). Elmar afirmou ao UOL que ficar no governo e lançar candidatura própria seria traição a Lula e disse que o melhor para a sigla seria definir pelo apoio ao petista.
Para o deputado federal José Nelto (GO), seria um erro a sigla tomar essa decisão. “Temos com Ronaldo Caiado a oportunidade de lançarmos um nome extremamente competitivo e que tem a autonomia e a capacidade de diálogo para fazer as reformas que o País precisa”, defende Nelto. "Se o partido tiver algum outro nome, alguém que tenha capacidade e habilidade, vamos discutir. É legítimo. Agora abrir mão de uma boa candidatura por causa de espaço no governo não é algo aceitável”, reforça.
O UB tem hoje os ministérios das Comunicações, Turismo e Integração e Desenvolvimento Regional. Contudo, lideranças como o ex-prefeito ACM Neto e o presidente do diretório nacional, Antônio Rueda, têm defendido que o partido lance Caiado candidato a presidente.
A deputada Silvye Alves também defende a tese de que rifar a candidatura de Caiado seria desperdiçar uma grande chance para o UB. “Temos um partido que está fortalecido e um pré-candidato que tem como credenciais o governo mais bem avaliado do País. Caiado tem credibilidade para propor um grande projeto ao país, resolvendo problemas crônicos como o crime organizado e a corrupção”, afirma Silvye.
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Conversas com oficiais da PM teriam ocorrido em 2019, assassinato em 2021 e acusado foi preso em 2024

*Abílio Wolney Aires Neto
Em A Hora da Estrela, Clarice Lispector explora a vida de Macabéa, uma jovem nordestina e marginalizada que vive no Rio de Janeiro. O livro, publicado em 1977, tem como narrador Rodrigo S.M., que reflete sobre o ato de narrar essa história. A narrativa metalinguística permite que a autora discuta a própria natureza da escrita e a dificuldade de contar a vida de alguém cuja existência parece insignificante.
Macabéa, retratada como inocente e alienada, vive em um contexto de migração para grandes cidades em busca de oportunidades, mas sua vida é marcada pela ausência de amor, autoestima e sonhos. Invisível para a sociedade, Macabéa trabalha como datilógrafa, é mal remunerada e vive uma rotina de simplicidade extrema, sem entender sua própria condição de marginalização. Rodrigo expressa compaixão e distanciamento ao narrar a história, observando: “Ela não sabia que era infeliz, por isso era feliz.” Esse comentário reflete a alienação de Macabéa em relação a seu próprio sofrimento.
Rodrigo questiona a ética e o sentido de narrar uma vida aparentemente “sem importância”, revelando a fragilidade da condição humana. Ele admite: “Estou escrevendo por falta de assunto, porque a moça não é de se lhe tirar um romance.” Com isso, Clarice explora as dificuldades de contar a vida de pessoas esquecidas e marginalizadas. Macabéa, frequentemente descrita como uma “sombra” ou um ser “ausente”, tenta se adaptar aos padrões urbanos, mas não consegue. Esse retrato reflete uma condição humana universal de alienação e desconexão da própria individualidade.
O livro torna-se, assim, uma meditação sobre o Brasil, a alienação social e a existência. Macabéa simboliza os que vivem nas sombras e na periferia, sem voz e identidade. Sua morte aparece como uma possível libertação de sua vida de miséria e alienação, levando o leitor a refletir sobre a precariedade da vida e o valor de dar voz aos invisíveis.
De uma perspectiva espírita, Macabéa pode ser vista como uma “alma pura” que vive um estágio de aprendizado, com pouca consciência de sua própria dor e condição. Sua ignorância quanto à própria infelicidade sugere uma vida desapegada do materialismo, marcada por uma aceitação instintiva da realidade. Esse estado de simplicidade e alienação indica um estágio de desenvolvimento espiritual, no qual a alma ainda está em processo de aprendizado sobre sua própria individualidade e propósito.
A vida e o sofrimento da personagem surgem, assim, como uma forma de purificação e prova espiritual, na qual a alma experimenta condições extremas de simplicidade.
Sua morte, mais do que um trágico fim, pode ser vista como uma libertação, apontando para um novo nível de entendimento. Sua história sugere que a invisibilidade e a humildade carregam um valor transcendente, indicando uma possível transcendência da marginalidade que marcou sua vida e simbolizando um caminho de evolução espiritual.
Na visão de Albert Camus, a existência de Macabéa reflete o absurdo da condição humana, onde a vida não oferece respostas para as perguntas fundamentais. A alienação e a falta de sentido, para Camus, seriam aspectos centrais da experiência humana, e a morte de Macabéa seria o auge dessa vivência do absurdo. Para Camus, diante de um mundo indiferente, a única resposta possível seria aceitar o vazio e viver plenamente, numa revolta silenciosa e digna diante da falta de sentido.
Assim, A Hora da Estrela transcende a vida de Macabéa e explora questões universais sobre a condição humana, o sofrimento, a alienação e o mistério da existência. Seja pela visão espírita, que enxerga na trajetória da protagonista um aprendizado, seja pela visão de Camus, que sugere a aceitação do absurdo, a história de Macabéa traz uma reflexão profunda sobre o valor das vidas humildes e nos leva a questionar o propósito de narrar histórias como a sua.

*Abílio Wolney Aires Neto é Juiz de Direito da 9ª Vara Civel de Goiania.
Cadeira 9 da Academia Goiana de Letras, Cadeira 2 da Academia Dianopolina de Letras, Cadeira 23 do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás-IHGG, Membro da União Brasileira de Escritores-GO dentre outras.
Graduando em Jornalismo.
Acadêmico de Filosofia e de História.
15 titulos publicados

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