Por Marcello Dantas

[caption id="attachment_41291" align="alignright" width="620"] Dupla Lissauer e Juraci tem conquistado cada vez mais apoio, o que pode acabar dificultando um pouco a vida do deputado Heuler Cruvinel[/caption]
“Lissauer Vieira vai ser prefeito de Rio Verde”. A afirmação é do vereador Orestes Ferreira (PMN), o Orestes da Habitação. De acordo com o vereador, não apenas o atual prefeito, Juraci Martins (PSD), apoia o nome do deputado estadual para sucedê-lo no comando. “90% dos secretários e vereadores da base do prefeito querem Lissauer, pois ele é igual o Juraci: se preocupa com a população, tem um bom coração e é trabalhador. É o melhor nome para suceder o prefeito em Rio Verde”, relata.
Segundo o vereador, Juraci é o melhor cabo eleitoral que um candidato pode ter em Rio Verde, pois está bem avaliado pela população — algo raro nos municípios atualmente. Tal aprovação vem das obras que tem sido entregues, mesmo com o atual momento de dificuldade da grande maioria das prefeituras do país. Orestes se refere, principalmente, ao recapeamento das avenidas da cidade e outras, como: reforma de escolas, abertura de avenidas, entrega de praças, asfaltamento total de um Distrito Industrial, além de casas populares — mais de 2 mil até o momento.
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Deputado federal Heuler Cruvinel (PSD)[/caption]
Contudo, transferência de voto não cria sucessor, sobretudo com a atual briga entre Juraci e o deputado federal Heuler Cruvinel (PSD), que também quer disputar. Juraci, que deve ir para o PP, diz apoiar Lissauer devido ao seu perfil inovador, que pode aglutinar o apoio — como já tem feito — de grande parte dos empresários da cidade. Porém, como Heuler diz que será candidato e não abre, Lissauer espera a provável “janela” para seguir Juraci e se filiar ao PP.
O Palácio das Esmeraldas até tentou apaziguar a situação. “Mas a união é inviabilizada pela falta de habilidade política do deputado Heuler”, diz um dos políticos que tentaram estabelecer o diálogo entre Heuler e Juraci, visando um acordo. Assim, serão dois candidatos da base em Rio Verde.

[caption id="attachment_41288" align="alignright" width="620"] Deputado estadual Talles Barreto: “Eu caminho com a base do governador Marconi Perillo”[/caption]
Desde que o presidente do PTB em Goiás, Jovair Arantes, declarou que tem conversado com todos os lados visando as eleições municipais, que muitos membros do partido têm comentado sobre a possibilidade de deixar o partido. Entre eles estariam os deputados estaduais Marlúcio Pereira, Zé Antônio e Talles Barreto. Estariam apenas à espera da possível “janela”.
Mas os deputados dizem que não é bem assim. Talles afirma que havia sim um movimento para deixar o partido, caso a fusão com o DEM fosse concretizada. Como não foi, tudo se mantém. Mesmo se o partido se aliar a Iris Rezende (PMDB) e Ronaldo Caiado (DEM)?
“Eu caminho com a base. Eu não acredito que Jovair firma aliança com Iris em Goiânia. Ao menos não ouvi isso dele. Se quiser firmar, eu respeito, mas não seguirei o mesmo caminho. Trabalho para que Jayme Rincón [PSDB] seja o próximo prefeito da capital. Ele é o melhor nome para gerir a cidade. É bom lembrar que não vencemos na capital desde a época do professor Nion [1997-2000]”, afirma o deputado.
Então, não deixará o partido? “Não tomarei nenhuma decisão sem antes conversar com o governador Marconi Perillo e com o deputado Jovair”, diz.

[caption id="attachment_41286" align="alignright" width="620"] Ex-prefeito de Itumbiara Zé Gomes: poderá ele assumir a Agetop? | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Zé Gomes (PTB) é mais que favorito em Itumbiara. Dizem que só ganha lá quem ele apoiar. Rompido com o atual prefeito, Chico Bala, também do PTB, a tendência é que o ex-prefeito acabe indo ele mesmo para a disputa. O nome do deputado estadual Zé Antônio chegou a ser cogitado, mas não deverá se candidatar. A questão: Zé Gomes, que também está rompido o deputado Álvaro Guimarães (PR), precisa de um aliado na Assembleia. Logo, Zé Antônio fica onde está.
Porém, há uma possibilidade de Zé Gomes não disputar. Segundo um político próximo a ele, com a iminência de o presidente da Agetop, Jayme Rincón, ser candidato à Prefeitura de Goiânia, o cargo ficará livre. “Se o governador Marconi chamá-lo para assumir uma missão como essa, Zé Gomes poderá buscar uma reconciliação com Chico Bala e, assim, apoiá-lo à reeleição”, afirma o político lembrando que o ex-prefeito de Itumbiara já foi presidente da Saneago.
Lourenço Pereira Filho (PP), o “Lourencinho”, tem buscado saber quem são os favoritos à corrida pela prefeitura de Uruaçu. Com a ajuda de pesquisas, o ex-prefeito é pragmático ao dizer que está na frente em todos os cenários, tanto espontâneos quanto estimulados, sempre seguido por Valmir Pedro (PSDB) e pela prefeita Solange Bertolino (PMDB), que não aparece bem avaliada pelos moradores da cidade. Em um possível embate direto entre o presidente municipal do PP e a atual prefeita, Lourencinho diz que venceria com uma margem alta de vantagem. Contudo, o pepista avalia que ainda é cedo para falar nas eleições e que seu trabalho agora é fortalecer os grupos e criar as chapas para a Câmara Municipal. “Temos muito trabalho pela frente”, relata o pré-candidato. A intenção de Lourencinho, que conta com o apoio do deputado estadual Zé Antônio (PTB), é unir todos os partidos da base do governador Marconi Perillo (PSDB) na cidade para, caso vença no ano que vem, ter boas condições de governabilidade.
O ex-prefeito de Águas Lindas de Goiás Geraldo Messias (PP) tem sido apontado como favorito na disputa pela prefeitura nas eleições do ano que vem. Ele tem dito a aliados que “não tem a máquina nas mãos, mas tem o povo”. A referência é ao atual prefeito, Hildo do Candango (PTB), que tem feito uma administração acima da média dos demais municípios do Entorno, mas que não é tão bem avaliada pela população.
Quando os políticos dizem que as alianças partidárias nos municípios não repetem as das outras esferas, não é brincadeira. Se a nível estadual o PSD — aliado de primeira hora do PSDB do governador Marconi Perillo — não comunga com o PMDB de Iris Rezende, em Anicuns os dois partidos são mais que aliados. Veja o quadro: o atual prefeito da cidade, Manezinho (PSD), não pode tentar a reeleição, mas já articula nomes para sua sucessão. Bem avaliado — dizem que fez uma revolução na Saúde da cidade —, tem tudo para conseguir emplacar o ex-prefeito Getúlio Natividade (PMDB) como seu sucessor. A outra alternativa é a presidente da Fundação Educacional de Anicuns, Necimar Ferreira (PSD).
O Jornal Opção procurou políticos para dizer quem são os nomes que poderiam formar chapas “imbatíveis” em Goiânia. Muitos fugiram da resposta, mas chegaram a um ponto que parece ser consenso: uma chapa forte deve unir um nome que apareça como gestor e outro que esteja ligado ao apelo por mais segurança. Assim, três chapas se formam quase que automaticamente: Jayme Rincón (PSDB) e delegado Waldir (PSDB) ou Jayme e Mané de Oliveira (PSDB) ou Jayme e João Campos (PSDB). Isso porque Jayme é considerado o gestor, enquanto Waldir, Mané e João Campos foram eleitos pelo apelo à segurança. Essas duas possíveis chapas só têm um defeito: unem pessoas do mesmo partido, logo, é quase impossível que aconteça. A última chapa uniria Iris Rezende (PMDB), o gestor, à delegada Adriana Accorsi (PT), a policial. Seria forte, se PMDB e PT não estivessem rompendo sua aliança.
Em Aparecida de Goiânia, Alcides Ribeiro, o Professor Alcides, parece se aproximar cada vez mais do PSDB. Depois de confirmar seu interesse em se filiar ao partido com o objetivo de se candidatar à prefeitura em 2016, o professor teria sido procurado pela alta cúpula do partido. Há informações de que ele foi chamado para se reunir com o ex-secretário-geral do PSDB, e atual secretário estadual extraordinário de Articulação, Sérgio Cardoso. Acontece que Sérgio é a pessoa a quem o governador Marconi Perillo delegou a tarefa de organizar o partido no interior. Alcides, atualmente no PSC, é bem avaliado pelos tucanos da cidade, que o veem como um nome qualificado e que tem ligação direta com Aparecida, algo que outros no partido não têm. Tem se fortalecido.
O deputado federal e presidente do PTB em Goiás, Jovair Arantes, convidou o jovem Lourenço Neto para comandar o partido em Uruaçu. A missão de Lourenço Neto, que tem apenas 23 anos, é atrair a juventude para a legenda, que não teve nenhum vereador eleito na cidade no pleito de 2012 e que tem o objetivo crescer no município.
É o aparente caso do prefeito de Goianira, Miller de Assis (PP). Mal avaliado, a população estaria cansada de sua gestão. O que complica ainda mais a situação para o pepista é a forma como muitos o veem: “Ele despacha de um café em Goiânia. Fica mais na capital que aqui”, relata um morador. Dessa forma, o favorito na cidade passa a ser o ex-prefeito Carlos Alberto (PSDB), o Carlão, que deverá ter o apoio de muitos dos vereadores da cidade.
Vereador de Goianira, Diego Aidar diz que está de saída do PT. O motivo: vai apoiar o ex-prefeito da cidade Carlos Alberto (PSDB), o Carlão, à prefeitura do município. “Eu sou oposição ao atual prefeito [Miller de Assis (PP)] e já fiz mais de 30 denúncias contra ele. Agora, o PT diz que irá apoiar a sua reeleição. Que vá. Eu, por coerência, deixo o partido”, relata.
Em Ceres, cidade a aproximadamente 170 quilômetros de Goiânia, a oposição se movimenta para a disputa do próximo ano. O grupo político do deputado estadual Talles Barreto (PTB), com a anuência do governador Marconi Perillo (PSDB) e do presidente do PSDB, Afrêni Gonçalves, está assumindo o PSDB municipal. O objetivo é fazer frente à prefeita Maria Inês (PT), lançando como candidata Vanda Melo, que perdeu as últimas eleições por apenas 653 votos. Vanda, ou seu marido Valter Melo, deverão assumir a presidência tucana na cidade.
Em Anápolis, Alexandre Baldy volta a aparecer entre os pré-candidatos. Um político ligado à prefeitura petista diz que existem apenas três nomes em Anápolis com capacidade de vencer as eleições: João Gomes (PT), Carlos Antonio (SD) e Alexandre Baldy (PSDB). “O restante nem adianta tentar”, diz. Se a leitura do político estiver de fato correta, isso tiraria do páreo Pedro Canedo, possível candidato do PP à prefeitura anapolina.
É certo que Pedro Canedo (PP), ligado diretamente ao vice-governador José Eliton, tem se articulado para disputar o pleito em Anápolis. Contudo, nem todos os membros do partido estariam satisfeitos com isso.
Em muitos dos municípios do Norte do Estado, o pleito já está desenhado. Em Porangatu, não existe outra saída: a eleição ficará entre os grupos do deputado estadual Júlio da Retífica (PSDB) e do atual prefeito, Eronildo Valadares (PMDB). Em Campinorte, a eleição também deverá ser polarizada. O embate deverá acontecer entre Vander Borges (PP) e o atual prefeito, Francisco Sobrinho, o Chicão (PSB). Niquelândia: o atual prefeito Luiz Teixeira (PMDB) deverá enfrentar a ex-primeira-dama e ex-deputada estadual Gracilene Batista (PTB), além de um candidato do Solidariedade ainda não definido.