Por Do Leitor

Encontramos 240 resultados
Tecnologia contraditória que atravanca a justiça

A tecnologia move o mundo e é um caminho sem volta. A frase, atribuída a Steve Jobs, mostra que vivemos na era do darwinismo digital. Aos poucos, vamos acostumando com as facilidades que o mundo moderno nos proporciona e, sem perceber, o modus operandi analógico é esquecido no passado. A nova comunicação interpessoal, remota e instantânea, e a facilidade de realizar transações financeiras, graças ao internet banking, são apenas alguns exemplos de facilidades já intrínsecas em nosso cotidiano. Contudo, e infelizmente, os benefícios trazidos com a modernidade não são regra, e transformações, que vieram com a premissa de melhorar, podem trazer óbices a tarefas simples, antes realizadas sem problemas. Estou referindo-me ao Processo Judicial Digital (PJD), implantado pela Justiça brasileira e, em especial, pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) com intuito de ser mais uma maravilha tecnológica. Na realidade, entretanto, o sistema tem dado dores de cabeça a nós, advogados. Chamado informalmente como Projudi, em referência ao sistema antigo e pioneiro empregado nos Juizados Especiais, o PJD é uma unanimidade de crítica entre os usuários. Inconsistências recorrentes atrasam o protocolo de ações – o que antes era feito de forma simples, nos balcões das serventias ou nos protocolos existentes nas comarcas goianas. É claro que, à primeira vista, alguém desavisado poderia enumerar as vantagens de peticionar à distância, sem obedecer aos horários de expediente forense e evitando deslocamentos físicos. Concordo, seria magnífico o que o PJD poderia nos propiciar, se não fosse por um detalhe importante: a imprevisibilidade e quedas constantes que podem gerar a perda de prazos processuais - o que retira o objetivo primordial do emprego tecnológico, que seria facilitar e tornar mais ágil a tarefa. Como se não bastasse isso, o sistema tem limitações absurdas para envio de mídia, como áudio imagem, ou mesmo arquivos mais pesados, que podem ser essenciais a uma ação, e aparenta ser vulnerável e inseguro. Têm sido cada vez mais comum advogados se queixarem de problemas cadastrais, inclusive, a simples atualização do navegador provoca o entrave do sistema para se peticionar. Com a previsão de a digitalização chegar a todas as comarcas do interior goiano, até o fim deste ano, o problema estará ainda mais crítico, uma vez generalizado. Diversos cartórios suspendem o atendimento ao público por vários meses, retardando o andamento dos feitos que podem provocar perdas irreparáveis aos usuários do sistema. O que dizer em relação aos advogados, que ficam com a espinhosa missão de explicar isso para os seus clientes. É necessário que a Ordem dos Advogados do Brasil saia da inércia para lutar em prol das condições mínimas ao exercício profissional. Afinal, o assunto é de interesse de todos. Com o PJD operando dessa maneira, perde não apenas o advogado, mas perde, principalmente, o jurisdicionado, que pode ter seu direito à Justiça cerceado.     Hallan Rocha é advogado e presidente do Instituto Goiano de Direito Previdenciário e do Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol de Goiás.

O professor que se locomove com as pernas, mas anda mesmo é com a cabeça

[caption id="attachment_101425" align="aligncenter" width="620"] Marconi durante assinatura de convênio do Goiás na Frente | Foto: Jota Eurípedes[/caption] Ângela Moureira O professor Perillo se locomove com as pernas, mas anda mesmo é com a cabeça e aí está a primeira justificativa para ele estar sempre olhando as oposições pelo retrovisor - ele lá na frente, seus opositores lá atrás. A cabeça do professor Perillo é cheia de habilidades políticas inabaláveis, onde nascem estratégias que sustentam uma vitória atrás da outra. O professor Perillo sabe que o cenário político é um tabuleiro de xadrez: a pedra certa tem de ser mexida no tempo ideal para encurralar o adversário. Antes da mexida é preciso pensar a movimentação de cada pedra sobre o tabuleiro para evitar passos em vão e se manter à frente das ações contrárias. É por isso que Goiás se mantém à frente das outras unidades da Federação. Veja o quadro atual: enquanto grandes estados padecem da quebradeira econômica (vide RJ, RS) e esperam em ações externas vindas do Governo Federal, o professor Perillo exibe números promissores em Goiás e abre os passos largos para melhorar ainda mais esses números, com o Programa Goiás na Frente - mais uma vez lá atrás ficam as oposições. Marconi expõe habilidades que assombram seus opositores, da melhor e já conhecida maneira: "Bata em mim que te chamo para uma conversa reservada". No gabinete do governador, ele se transforma no professor: "Vamos investir juntos e todos ganham, principalmente o povo". Pronto quem batia vira aliado de gestão (e alguns já viraram aliados políticos após a conversa palaciana). A receita é simples e antiga, mas eficaz. O Goiás na Frente é a aplicação desta receita e a oposição também repete a contra ofensiva derrotada de sempre, taxando o programa de eleitoreiro. A oposição não tem competência para virar o disco nas críticas e sua cantiga repetida que nunca fez sucesso não fará novamente. A melhor forma de antever o fracasso das críticas oposicionistas ao Programa Goiás na frente é observar o cacique iris Rezende, que bateu e bateu em Marconi nos programas eleitorais, recebendo o professor Perillo para se render ao Goiás na Frente. A cantiga antiga das oposições enchem os ouvidos do povo de refrões: "Programa eleitoreiro, gasto excessivo com casamento da filha, blá-blá-blá" e Marconi segue olhando esse pessoal pelo retrovisor -- lá na frente. A cabeça que sustenta os movimentos do professor Perillo pensa política 24 horas por dia. Antes que sua base criasse fantasias com possibilidades de nomes para sua sucessão, ele lançou José Eliton como pré candidato. Após o lançamento do nome, veio o Programa Goiás na Frente e enquanto a oposição decide um nome e perde tempo batendo ineficazmente, o professor Perillo da aula assinando convênios com aliados e gente dos partidos dos opositores, promovendo bem seu pré-candidato, alicerçando o terreno para as paredes da campanha. E alicerces bem feitos sustentam paredes inquebráveis. Que ninguém duvide, tudo aponta para mais uma lição vitoriosa do professor Perillo no pleito do ano que vem! Ângela Moureira é jornalista.

Relatório de César Halum que libera clientes em situação de risco é aprovado

A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2347/15, do senador Jorge Viana (PT-AC), com o relatório favorável do deputado César Halum (PRB), que proíbe estabelecimentos comerciais – como boates e casas de shows – de impedir a saída do cliente em situação de risco, por causa da cobrança por produtos e serviços. O texto inclui a vedação no rol de práticas abusivas previstas no Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90). Atualmente, a lei proíbe práticas como elevar sem justa causa o preço ou executar serviço sem orçamento e autorização do consumidor. Segundo o relator, deputado Cesar Halum, muitos estabelecimentos comerciais praticam “confinamento compulsório” de consumidores, impedindo a saída até o pagamento da conta. “Tal prática viola direitos básicos do consumidor de proteção à vida, à saúde e à segurança”, disse. O parlamentar afirmou que os direitos à vida e à saúde não podem ceder “a um império desmedido do ganho”. Halum apresentou emenda, aprovada pela comissão, para punir quem tentar impedir o consumidor de sair por causa de cobrança. Pelo texto, a pena é de seis meses a dois anos de detenção e multa. A sugestão foi feita pelo deputado Celso Russomano (PRB-SP). A proposta tramita em caráter conclusivo e regime de prioridade e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

“Maurício Sampaio e seus comparsas não sairão impunes”

Valério Luiz Filho É sempre com uma “felicidade triste” que compartilho estas notícias. Na semana que vem [dia 5 de julho] farão cinco anos desde o assassinato de meu pai, Valério Luiz, e às vezes nem acredito na quantidade gigantesca de energia gasta por nós para levar à Justiça este senhor e seus comparsas. A esta altura, todos eles sabem que não vão escapar do júri, o que dizíamos desde o começo. Desta decisão do ministro Ricardo Lewandowski no Habeas Corpus nº 144270 cabem ainda alguns recursos protocolares aos outros ministros (agravo regimental e embargos), e na mesa do mesmo ministro Lewandowski tem ainda outro recurso dos réus (Recurso Extraordinário com Agravo nº 1055725), mas praticamente com o mesmo conteúdo. É oriundo do STJ [Superior Tribunal de Justiça], onde perderam também. Ou seja: em mais alguns meses, finalmente teremos a data do júri popular. Escreverei ainda esta semana um documento com a retrospectiva do caso e as principais informações, com o fim de enviar a órgãos de imprensa e entidades de proteção à liberdade de expressão de todo o Brasil. O próximo dia 5 de julho será para cobrar que nosso Supremo Tribunal acabe logo com as protelações sem fim destes covardes e os entreguem ao julgamento da população goiana. Maurício Sampaio, Marcus Vinícius, Urbano Malta, Ademá Figuerêdo e Djalma da Silva: sei que vocês já fizeram muita maldade, e com muitas pessoas. Mas desta vez não sairão impunes. A força desta causa perante o povo não está em mim, nem no meu avô [o deputado estadual Mané de Oliveira (PSDB)], nem em ninguém. Está na sua própria justiça cristalina, na barbaridade sem desculpa que vocês praticaram. [“Após decisão do STF, Maurício Sampaio irá a júri popular”, Jornal Opção Online]

Valério Luiz Filho é advogado.
 

“Nunca irei esquecer meu trabalho com o professor Nion”

Hélio Moreira Tive a oportunidade (única) de conviver quase que todas as semanas com o professor Nion Albernaz nas reuniões de acompanhamento que fazíamos “fiscalizando” o trabalho de uma das OSs [organizações sociais] que comandavam o Hospital Materno-Infantil, localizado atrás da Celg, no Setor Coimbra – diga-se de passagem, trabalho voluntário, sem nenhuma renumeração. O zelo que Nion dispensava àquele trabalho me deixava entusiasmado de participar com ele. Ele queria saber de todos os detalhes, desde as pequenas despesas até a discussão sobre o tratamento dispensado aos pacientes. Nunca irei esquecer. [“Nion Albernaz é internado em UTI de Goiânia”, Jornal Opção Online]
Hélio Moreira é médico.
 

“Fiquei feliz pela vitória de Edward Madureira na UFG”

Rodrigo Zani O professor Edward Madu­rei­ra é membro do Conselho Su­pe­rior da Fapeg [Fundação de A­poio à Pesquisa do Estado de Goiás. Eu só posso dizer uma coisa: uma pessoa verdadeiramente do bem! Fiquei feliz com o resultado da eleição da UFG.
Rodrigo Zani é chefe de Gabinete da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

“Meus melhores (e irrepetíveis) momentos na universidade”

ARNALDO B. S. NETO Em 2003, no meu segundo ano como professor na universidade, procurei a faculdade de filosofia pedindo autorização para assistir a aulas no mestrado. Eu já era mestre, mas estava muito interessado numa formação melhor em temas filosóficos. Descobri que só uma matéria estava disponível, com o professor Jordino Marques, especialista em Descartes. As aulas, todavia, seriam sobre Leibniz. Eu não sabia nada sobre tal autor e nem estava especialmente interessado em sua obra, mas era a única opção e então me inscrevi. Logo que me apresentei, o professor Jordino perguntou pela minha formação e após ouvir a resposta, retrucou que eu não iria conseguir acompanhar as aulas e que seria uma perda de tempo para mim. Mesmo assim, insisti. A turma tinha cinco alunos, três mestrandos da filosofia, um doutorando em medicina de outra universidade e eu. Consistiam num método muito comum, que eu mesmo já usei: o professor ia lendo um texto e comentando, com alguma rara intervenção dos alunos presentes. Os comentários oscilavam entre o esclarecimento de algumas ideias e conceitos, não somente de Leibniz, mas também de Spinoza e Descartes. A parte final da aula era mais crítica, com questionamentos que o professor fazia ao texto, que nunca era lido de forma "reverencial". Rapidamente, após um mês de aulas lendo e escutando observações sobre a obra do autor da "Monadologia", descobri uma ansiedade juvenil pelas aulas seguintes. Lembro que também os demais alunos eram assíduos, pois não recordo de nenhuma falta àquelas aulas. Toda a magia da universidade estava ali, naquela fórmula tão simples: um professor, um texto e alguns alunos muito interessados. Numa aula, o professor nos dizia o que iriamos ler para a aula seguinte, geralmente um capítulo de livro. Não haviam chamadas, nem provas, nem horários muito rígidos. Falando honestamente, não me recordo sequer da entrega de um plano de aulas. Quase no final do curso, após quatro meses, o professor Jordino me fez um elogio lacônico. No corredor, caminhando para o estacionamento, me disse que havia se enganado sobre mim. De certo modo, foi esta a nota que obtive na matéria. Hoje me recordo da felicidade daqueles dias tão raros quanto irrepetíveis, certamente meus melhores momentos na universidade. [“A violência contra Thaís Azevedo e a doutrinação socialista na UFG”, Jornal Opção Online]

Arnaldo B. S. Neto é professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás e doutor em Direito Público pela Universidade Vale do Rio dos Sinos (Unisinos).
   

“A maioria favorável à intervenção militar não viveu aquela época”

Luiz Augusto Paranhos Sampaio Sofri muito em 1963 e 1964. Há muita gente dando palpite e ainda estava “mamando” naquela época. São passados mais de 50 anos de minha prisão e sei o que é um período de exceção. Muitos há que falam besteiras sem que saibam o que vem a ser uma ditadura. A maioria, tenho certeza, dos que opinam não viveram, não sabem nada e dizem algo por ouvir dizer. Não sabem, por exemplo, o que é ficar se escondendo em chácara fora de Goiânia para não ser preso, mesmo não sendo comunista. Apenas, respondendo a inquérito militar (os IPMs) porque tinha e proferia conferências, discursos e dava aulas abordando problemas nacionais. Esses “babacas” que opinam favoravelmente ao intervencionismo não viveram aquela época. Não sabem de nada, nada mesmo. Daí, não entrar nessas discussões com pessoas que nasceram após o golpe ou, então, que estavam ainda mamando ou fazendo xixi na cama. Temos, sim, de apoiar essa limpeza na política. Diferente, no entanto, é ficar desejando, sem conhecimento, uma intervenção militar. Luiz Augusto Paranhos Sampaio é escritor e advogado.  

“Os excessos, sejam do que for, são sempre prejudiciais”

Luiz Mauro Silva O que recomenda o bom senso é uma vida equilibrada em todos os sentidos, ingerindo apenas o necessário, falando o necessário. Os excessos sejam eles do que for, além de desnecessários são sempre prejudiciais. [“Obesidade é o grande mal da modernidade e ser uma das causas do câncer só torna isso mais claro”, Jornal Opção 2175] Luiz Mauro Silva é autônomo.  

“Michel Temer é como cerveja quente”

Alberto Nery Michel Temer está igual cerveja quente: já que não tem a gelada, vamos com a quente mesmo, não pode é ficar sem beber. A vantagem que Temer tem é que o TSE é lento. Pode ficar tranquilo que antes de 2020 não vão julgar esse processo que foi movido pela PSDB e que agora está mostrando que PT e PSDB são irmãos siameses. Apesar de algumas grandes empresas confirmarem investimentos no Brasil, podemos dizer que a recuperação não será em 2017, mas sim no fim de 2018. Se a gente for medir a crise brasileira pelo varejo estamos feitos. Basta dar uma olhada nas principais ruas de comércio de Goiânia – no Centro, no Setor Fama, na Avenida 85, na T-63, em Campinas – para ter o termômetro da economia. Inflação baixa não é mérito da equipe econômica; é que se subir o preço ninguém compra. Para sair dessa crise, com toda certeza teremos de fazer as três reformas – da Previdência, tributária e eleitoral –, porque se for só maquiagem essa crise vai continuar por mais 20 anos. Esperar que nosso crescimento viesse do agronegócio é complicado, porque as exportações são muito vulneráveis. E sabemos que nosso principal meio de transporte é o terrestre e nossas rodovias são uma lástima. Sou otimista e torço para que venha dá certo. Não votei no Temer, mais espero que ele tenha sucesso. E-mail: [email protected]

“Temos um tridente espetando o povo”

Everaldo Leite Existe uma diferença metodológica bastante evidente entre a gestão econômica do PT e a gestão econômica de Michel Temer, o que não quer dizer que um seja mais legítimo que o outro politicamente. Estavam na mesma chapa que ganhou a disputa eleitoral de 2014 e devem ser punidos juntos pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. Se isso não acontecer, que a Lava Jato deixe em pratos limpos a conduta de Temer. Se for probo, que permaneça no cargo; se não, que perca o mandato e se torne réu. Ademais, a economia não vai bem, não há investimento líquido (no nível macroeconômico), somente algumas iniciativas pontuais de recomposição da produção. A capacidade ociosa ainda é enorme e o desemprego de 12 milhões de brasileiros fala por si. As taxas de mercado são ofensivas e a inflação dos últimos três anos deixou um legado negativo nos preços ao consumidor. A inflação pode ter deixado de crescer, por causa da crise, mas ela não é neutra. Se alguém quiser experimentar, é só reduzir as taxas de juros de modo populista e verá a inflação crescer como um pé de bambu (a planta cresce um metro por dia). Se antes tínhamos um tripé que sustentava a economia, agora o que temos é um tridente (inflação, desemprego, baixo crescimento) espetando o povo. [“Instabilidade política pode travar recuperação econômica do Brasil”, Editorial, Jornal Opção 2173]

Everaldo Leite é economista e professor das Faculdades Alves Faria (Alfa).
 

“O talento e a perspicácia de John Mivaldo nos farão falta”

Alexandre Bittencourt Mivaldo tinha uma visão muito interessante sobre os problemas de Goiânia e como resolvê-los, periodicamente expressa em artigos n'O Po­pu­lar. Seu talento e perspicácia nos farão falta. [“Morre John Mival­do, ex-presidente do Con­se­lho de Arquitetura e Urbanismo”, Jornal Opção Online]
Alexandre Bittencourt é jornalista.
 

“Seu legado terá de ter continuidade”

José Carlos Marqui Sentiremos sua falta, John Mivaldo. Quando presidente do CAU-GO [Conselho de Arqui­te­tura e Urbanismo de Goiás], você e sua equipe percorreram todas as áreas edificadas em torno dos edifícios que atingiram a drenagem do lençol freático, em prejuízo dos espaços verdes de Goiânia. Seu legado terá de ser continuado, sob risco de os parques e bosques da capital ficarem desprovidos dos mananciais que os abastecem. À família de John, estaremos em orações de conforto no difícil momento sem o ente querido.
José Carlos Marqui é ambientalista.
 

“É o cúmulo blindar a corrupção do governo Temer”

Luiz Signates Deveriam ter pensado nisso antes de golpear o mandato legitimamente eleito. Acho o cúmulo querer blindar a corrupção do governo Michel Temer, sob o pretexto da instabilidade que eles mesmos contribuíram para criar.
Luiz Signates é professor da Universidade Federal de Goiás
 

“A chapa Dilma–Temer precisa ser cassada”

Luiz Mauro Silva Não existe diferença entre o vice que assumiu e a presidente que foi defenestrada legitimamente pela vontade popular, por ser conivente e participar da maior rede de corrupção da história e por incompetência absoluta, a não ser o fato de terem sido eleitos pelos mesmos eleitores para funções diferentes. Portanto, para que se faça justiça de forma completa, a chapa deve ser cassada pelo TSE, com todas as consequências.  

“Grande perda para a arquitetura e o ativismo político pelo verde”

Juracy da Silva Guimarães Que Deus conceda o consolo ne­cessário à família. Grande perda pa­ra a área da arquitetura e para o ativismo político em prol do verde e da natureza. Meus sentimentos à família.
Juracy da Silva Guimarães é professor da Universidade Federal de Goiás.

Cartas

“O concretismo só prolifera moscas e miasmas”

Wagner Schadeck O concretismo é um cadáver malsão em nossas universidades. Empalhado por teorias e políticas, só prolifera moscas e miasmas. [“Apesar de ainda ser supervalorizado, Con­cretismo não passou de um fiasco”, Opção Cultural, Jornal Opção 2171] Wagner Schadeck é tradutor, ensaísta, editor e poeta.  

“O que esperar de um movimento que aplaudiu o ‘plano piloto’ de Brasília?”

Fabrício Tavares de Moraes O que esperar de um movimento que aplaudiu e até utilizou em seu manifesto o “plano piloto” da arquitetura teratológica de Brasília? O concretismo é, em parte, a transposição para o domínio poético do reducionismo comunista e coubersiano de Brasília. Parabéns a Bernardo Souto, seu artigo ficou excelente. Fabrício Tavares de Moraes é acadêmico de Literatura na Universidade de Londres.  

“O concretismo é de uma época em que não há mais ilusões sobre a importância da arte”

Manoel Gustavo A coisa não é tão surpreendente assim. o concretismo nunca se quis eterno, nunca padeceu desse tipo de cacoete metafísico, nunca se entendeu como “arte autônoma”. O concretismo é um tipo de arte produzida numa época em que artistas não se iludem mais sobre a importância da arte. Sem megalomania, sem ímpeto de genialidade, um bocado de arranjos com palavras pode parecer bastante razoável. Os juízos sobre o concretismo, muitas vezes, dizem respeito a um conceito de arte com o qual os concretistas não tinham nenhum motivo para se comprometer. Não é tanto uma questão de estética, é quase uma questão de calendário, de temperamento, de velocidade. O concretismo é muito pouco metafísico, e se alguém entender a arte como um tipo de prática ou de saber cuja legitimidade tem a ver com determinados “pathos” etc. Com qualquer compromisso de esclarecimento ou de melhoramento da espécie, qualquer argumento humanista, o concretismo pode parecer pouco artístico. O fundamental é que isso não importa tanto. Manoel Gustavo é professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG).  

“Nosso romance deságua na aniquilação dos homens”

Valério Luiz O “reacionário” do Borges disse, certa vez, que a marca distintiva do romance moderno em relação à épica não é a prosa, mas a degeneração do caráter. A épica era, mais que a história de feitos, a história de um caráter extraordinário, de um humano que serviria de modelo para todos. Nosso romance, por outro lado, deságua sempre na aniquilação dos homens, os “anti-heróis”. [“A geração que é cínica e depressiva demais para escrever romances de verdade”, Opção Cultural, Jornal Opção 2135] Valério Luiz é advogado e escritor.  

“Bancada goiana tem de cobrar investimento na BR-153”

Jota Marcelo Um dos maiores sonhos de milhares de pessoas é a duplicação. Seria o fim da "máquina de matar". Praticamente todo dia morre alguém nesse trecho da Rodovia da Morte. Nossa bancada goiana no Congresso não pode esquecer esse assunto, cobrando sempre o investimento. [“Se TCU liberar acordo, a duplicação da BR-153 pode sair do papel”, Jornal Opção Online] Jota Marcelo é jornalista e editor do “Jornal Cidade”, de Uruaçu.  

“O recado está dado pelas Forças Armadas”

Gilberto Marinho O recado está dado: as Forças Armadas estão atentas ao cenário político-econômico nacional e, sem qualquer sombra de dúvida, vão cumprir a sua missão constitucional – quando for preciso e no momento que for preciso. Gilberto Marinho é jornalista  

“Uma nova rodoviária de Goiânia é obra desnecessária”

Carlos Augusto Silva Acho desnecessário. A Rodoviária de Goiânia é boa, dá conta do recado e tem o centro de compras como um diferencial. Goiânia está bem servida quanto ao transporte rodoviário, bem como quanto ao aéreo. O aeroporto ficou muito bom, adequado ao tamanho da cidade e ao montante de sua população, com espaço para expansão. [“Goiânia pode ganhar nova rodoviária. Atual shopping-rodoviária ficaria apenas como centro de compras”, Jornal Opção Online] Carlos Augusto Silva é professor.  

“Ideia brilhante, que sairá do papel em 200 anos”

Alberto Nery Até que é uma ideia brilhante. Apesar de pouco usar a rodoviária, ela virou um grande shopping, circundado por um dos maiores centros de vestuário do país e o pior trânsito do mundo. E, como sei que em Goiás tudo é rápido, daqui a uns 200 anos ela sairá do papel. Tenho até uma grande sugestão: construir um terminal rodoviário próximo ao Ceasa, e levar para lá também os atacadistas de Campinas – já têm 20 anos que vejo dizer que vão criar um polo atacadista e também isso nunca sai do papel. Se construir o terminal rodoviário nas proximidade do Ceasa, fica também perto do aeroporto Santa Genoveva e da estação do trem Goiânia–Brasília, que o governador promete construir todas as vezes que é candidato. E-mail: [email protected]

Cartas

“Qual língua nos aproxima mais do verdadeiro entendimento do universo?”

DURVAL ARAÚJO A tese lembrada por Anderson Fonseca em artigo para o “Opção Cultural” [“A realidade é uma criação da palavra”] tem a ver com uma linha de pensamento denominada “Realismo dependente do Modelo”. Hawking e Mlodinow dissertam sobre isso em “The Grand Design” (“O Grande Projeto”). Veja por exemplo, os dois principais modelos do universo: o geocêntrico e o heliocêntrico. Com o primeiro modelo, que fixa a Terra no centro, é possível descrever e prever as posições dos planetas no céu com boa precisão. Com o segundo modelo, que fixa o sol no centro, de igual modo justificamos e predizemos os fenômenos celestes. Ambos os modelos funcionam e concordam, cada qual a seu modo, com as observações astronômicas sobre planetas e astros. Se correto é aquilo que está de acordo com as observações, então não se pode dizer que nenhum dos modelos está errado. Mas qual é o que fornece a imagem real do universo? O que você escolher será o real. Não existe uma realidade independente de um modelo, como não existe uma realidade independente da linguagem. Basta dizer, que não existe realidade que independe da linguagem, pois um modelo matemático é uma linguagem. Não obstante, se adotarmos um postulado metafísico apresentado por Newton nos seus “Principia” que dita que “a natureza não faz nada em vão, ao passo que, com muitas coisas, faz-se em vão o que se pode fazer com poucas. A natureza ama a simplicidade e não superabunda em causas supérfluas”, poderemos a partir dele decidir qual modelo constitui a realidade da natureza. Compare os dois modelos, seus desenhos, ambos são compatíveis com as observações, mas o geocêntrico é extravagante (encerra muitas hipóteses), ao passo que o heliocêntrico é sucinto (encerra bem menos hipóteses). Tendo em vista o postulado metafísico citado, diremos que o modelo heliocêntrico corresponde à verdadeira imagem do universo, pois “a natureza é simples”, e como tal, deve ser descrita por um princípio igualmente simples. Podemos, então, nos perguntar – considerando as várias línguas diferentes, umas mais complexas que outras: será que a língua mais sucinta e econômica seria também aquela que nos aproximasse do verdadeiro entendimento do universo? [“A realidade é uma criação da palavra”, Opção Cultural, Jornal Opção Online]

“O filme ‘A Chegada’ é mais desafiador que ‘Interestelar’”

PHILIPPE SARTIN “Interestelar” pode ser mais impressionante de um ponto de vista narrativo, mas as pequenas explicações (como – e é só um exemplo – num momento em que duas personagens com um razoável conhecimento de Física descrevem um para outro os elementos da explicação da relatividade) tornam a trama um tanto didática. Pelo menos nesse ponto, acredito que “A Chegada” seja um pouco mais cru e, em certo sentido, mais desafiador. [“A Chegada só é interessante do ponto de vista linguístico”, Opção Cultural, Jornal Opção 2168]

“Uma intromissão menor do Estado nas liberdades individuais”

JOÃO PAULO LOPES TITO Disciplina é liberdade. E liberdade é responsabilidade. Isso daí denota uma intromissão menor do Estado nas liberdades individuais. Talvez a cultura, educação e senso crítico dos franceses possibilite esse tipo de medida. Por aqui, as discussões geralmente se estagnam nas redes sociais, infelizmente. [“França autoriza exibição de filmes com cenas de sexo explícito para menores de 18 anos”, Opção Cultural, Jornal Opção 2169] João Paulo Lopes Tito é advogado, servidor do TJ-GO e estudante de Cinema.

“Na expectativa pela volta de um jornal independente”

EDUARDO DAVID Fui leitor e assinante do JB durante muitos anos. Estou na expectativa pela volta impressa de um jornal independente como sempre foi.

“Retorno que é um bem à alma brasileira”

IVAN CARNEIRO GOMES Eu também fui repórter e redator do JB na sucursal de Porto Alegre. Um grande jornal com uma fantástica história. Seu retorno fará bem à alma brasileira!

“Bela reportagem com um ex-oficial da FEB”

DURVAL JUNIOR Bela reportagem com um entrevistado raro: um ex-oficial da FEB, ainda vivo e lúcido. Apenas uma observação: o U-507 jamais recebeu “ordem de atacar os navios brasileiros”. Tal iniciativa coube a seu capitão, Harro Schacht. O U-507 era um “lobo solitário”, pois os outros dez submarinos a que se refere o entrevistado faziam parte da “Operação Brasil”, abortada dias depois de desencadeada, em julho de 1942. [“Waldyr O’Dwyer: o relato de um oficial do Exército sobre a participação brasileira na 2ª Guerra Mundial”, Jornal Opção 2168]

“Não acredito em golpe militar, mas o cenário é preocupante”

TALMON PINHEIRO LIMA Raul Jungmann [ministro da Defesa] é um dos grandes quadros políticos brasileiros. Pessoa certa no lugar certo. Se ele externa tal preocupação com um cenário de futuro institucional incerto é algo a se preocupar, principalmente considerando o que estamos presenciando Brasil afora (Amazonas, Roraima, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Espírito Santo), onde as Forças Armadas foram convocadas para garantir a lei e evitar uma comoção pública. O recado foi dado. Mas não acredito em golpe, intervenção militar ou algo similar. Já passamos desse tempo. [“‘Militares temem que a irresolução da crise e seu agravamento os tire dos quartéis’, diz ministro”, Jornal Opção Online] Talmon Pinheiro Lima é advogado.

“A maioria favorável à intervenção militar não viveu aquela época”

LUIZ AUGUSTO PARANHOS SAMPAIO Sofri muito em 1963 e 1964. Há muita gente dando palpite e ainda estava “mamando” naquela época. São passados mais de 50 anos de minha prisão e sei o que é um período de exceção. Muitos há que falam besteiras sem que saibam o que vem a ser uma ditadura. A maioria, tenho certeza, dos que opinam não viveram, não sabem nada e dizem algo por ouvir dizer. Não sabem, por exemplo, o que é ficar se escondendo em chácara fora de Goiânia para não ser preso, mesmo não sendo comunista. Apenas, respondendo a inquérito militar (os IPMS) porque tinha e proferia conferências, discursos e dava aulas abordando problemas nacionais. Esses “babacas” que opinam favoravelmente ao intervencionismo não viveram aquela época. Não sabem de nada, nada mesmo. Daí, não entrar nessas discussões com pessoas que nasceram após o golpe ou, então, que estavam ainda mamando ou fazendo xixi na cama. Temos, sim, de apoiar essa limpeza na política. Diferente, no entanto, é ficar desejando, sem conhecimento, uma intervenção militar. Luiz Augusto Paranhos Sampaio é escritor e advogado.

“O recado está dado pelas Forças Armadas”

GILBERTO MARINHO O recado está dado: as Forças Armadas estão atentas ao cenário político-econômico nacional e, sem qualquer sombra de dúvida, vão cumprir a sua missão constitucional – quando for preciso e no momento que for preciso. Gilberto Marinho é jornalista

Cartas

“Por que ‘A Chegada’ é meu favorito”

[caption id="attachment_86912" align="alignnone" width="620"] “A Chegada” mostra como linguagens diferentes podem afetar nossa percepção do espaço-tempo | Foto: Divulgação[/caption] Anderson Fonseca “A Chegada” é meu filme favorito. Imagine você como funciona nossa percepção do tempo. Bem, já há provas de que nossa percepção do tempo é influenciada por nossa linguagem. Além disso, o tempo é efeito da termodinâmica no cérebro. O tempo segue uma seta do passado para o futuro e você observa isso na expansão do universo ou numa casa em desordem, mas a linguagem afeta nossa percepção do tempo e do espaço. Uma cultura que veja o tempo como um movimento cíclico construirá uma linguagem em que isso seja representado. O verbo, neste caso que se refere aos estados transitórios, seria diferente. Na Bíblia, em Eclesiastes 3: 9, o tempo é descrito como cíclico. Deus, por exemplo, é chamado de “É” ou de “Já”, em várias passagens bíblicas, porque Ele não participa da transitoriedade a qual os homens estão sujeitos. Por isso, para Deus é usado o verbo ser na terceira pessoa (“É”) e nenhum hebreu pode usá-la. Imagine então uma sociedade criada em um planeta cujo movimento rotativo seja menor que 24 horas, ou, orbitando um quasar. A percepção do tempo não apenas seria diferente, mas a linguagem que representa esta percepção também. Agora, imagine uma sociedade formada em um satélite artificial orbitando um buraco negro. Nesta, a percepção do tempo é afetada pelo movimento translativo, rotativo, gravidade, entropia etc. Imagine, então, que um membro desta sociedade entre em contato conosco. Quando aprendermos sua linguagem, nossa percepção do espaço-tempo será afetada. Uma comunidade que não usa substantivos para orientação espacial como direita e esquerda, estranharia nossa descrição do espaço, mas, depois de estar conosco e aprender, passaria a usar em seu próprio habitat. Há uma tribo aborígene que não enxerga a cor azul. Uma experiência feita com eles, em que em um desenho hexagonal há quadrados de cores verdes e apenas um azul, esta cor só foi percebida após ter sido indicada pelos cientistas. Por que eles não percebiam? Porque em seu vocabulário há diversos nomes para a cor verde, mais não há o azul. Nossa percepção da cor é afetada pela linguagem e só percebemos algo depois que nomeamos. Bem, então é assim: a língua afeta nossa percepção do espaço e do tempo, logo, se aprendemos outra língua esta percepção é modificada. [“A Chegada só é interessante do ponto de vista linguístico”, Jornal Opção Online, Opção Cultural] Anderson Fonseca é escritor.  

“Até hoje os italianos homenageiam os ‘pracinhas’ brasileiros”

Gilberto Marinho As cidades italianas, onde os soldados brasileiros combateram, até hoje homenageiam os nossos “pracinhas”. Um dos horrores da guerra é a fome – que atinge, principalmente, crianças, mulheres e idosos. O soldado brasileiro era o único que dividia sua ração com eles. Todos os anos, as crianças das escolas “primárias” dessas cidades italianas se reúnem para homenagear a FEB [Força Expedicionária Brasileira], cantando em português o “Hino do Expedicionário” – hino que, aliás, a maioria dos nossos professores de história e dos brasileiros desconhece. A banda sueca Sabaton compôs uma música para homenagear ato de heroísmo de três pracinhas brasileiros. [“Waldyr O’Dwyer: o relato de um oficial do Exército sobre a participação brasileira na 2ª Guerra Mundial”, Jornal Opção 2169] Gilberto Marinho é jornalista.  

“Um ‘estudioso’ deveria interpretar melhor a mensagem de J. R. R. Tolkien”

Ivan Vieira No Brasil não existe interpretação textual, por isso a molecada acha plausível ser fã de “Star Wars” e apoiar o golpista Michel Temer (PMDB); acha normal curtir “X-Men” e defender Jair Bolsonaro [deputado federal pelo PSC-RJ]. Como um católico nascido em fins do século 19, John Tolkien era muito conservador em sua mundividência e isso se torna explícito nas cartas. Mas o seu legado é uma apologia à diversidade e um manifesto pelas diferenças, talvez porque ele buscasse restaurar a mensagem crística em sua essência por meio da sua obra. Um leitor de “O Senhor dos Anéis” não pode ignorar a pulsante mensagem de tolerância e empatia, já que Gandalf defende a vida do próprio Sméagol quando Frodo “Bolsomínion” questiona por que Bilbo não o matou quando teve chance. Um “estudioso” deveria ser mais cauteloso e interpretar melhor a mensagem de amor e empatia de J. R. R. Tolkien. Ivan Vieira é professor assistente na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).  

“O governo tem a obrigação de investir nos presídios”

Patrícia Valéria Ferreira Concordo com o jornalista Elder Dias. Vejo opiniões contrárias, pessoas querendo a volta da lei de talião. Como já disse alguém, assim vamos acabar um país de mutilados. Assim como em áreas como saúde e educação, o governo tem a obrigação de investir nos presídios que faz parte da Segurança. Não podemos nos comportar como bárbaros, simplesmente virar as costas pra esse horror não o fará menos terrível. Esse preso um dia retornará para a sociedade. A pergunta é: em que condições? Presos de menor periculosidade saem do presídio verdadeiros assassinos porque em locais como esse funciona uma escola do crime. Não dá para governantes jogarem a sujeira embaixo do tapete. Vejo soluções paliativas em andamento mas ninguém mencionou a construção de novos presídios e cadeias. [“A prisão é o esgoto da sociedade. Mas mesmo os “dejetos” devem ser tratados”, Jornal Opção 2167]  

“Vamos querer que os presidiários saiam pior do entraram?”

Itamar Oliveira As pessoas não param para pensar. Não estamos preocupados com o bem-estar dos internos, como picham por aí: estamos preocupados com a maneira com a qual vão sair de lá, pois eles voltarão pra sociedade. Então, vamos querer eles pior do que quando entraram lá? [“A prisão é o esgoto da sociedade. Mas mesmo os “dejetos” devem ser tratados”, Jornal Opção 2167] Itamar Oliveira é engenheiro ambiental.  

“Olavo de Castro mereceria ser estudado como empresário”

Alberto Nery Quando ouvimos dizer que um empresário construiu no Brasil qualquer empreendimento com recursos próprios, é obrigação que ele seja estudado. Porque aqui ninguém constrói nem casa de joão-de-barro sem ajuda bancária, principalmente de banco estatal. [“Morre Olavo de Castro, o empresário que construiu o Castro’s Hotel com recursos próprios”, Jornal Opção Online]   Durval Junior Bela reportagem com um entrevistado raro: um ex-oficial da FEB, ainda vivo e lúcido. Apenas uma observação: o U-507 jamais recebeu "ordem de atacar os navios brasileiros". Tal iniciativa coube ao seu capitão, Harro Schacht. O U-507 era um "lobo solitário", pois os outros dez submarinos a que se refere o entrevistado faziam parte da "Operação Brasil", abortada dias depois de desencadeada, em julho de 1942.

“Apontem um político da safra atual por quem se possa pôr a mão no fogo”

Roberto Brandão Deixo meus cumprimentos e meus parabéns ao sr. Euler de França Belém pelo excelente Editorial “Brasil precisa mais de instituições sólidas do que de Teori Zavasckis” (Jornal Opção 2167) — inteligente, sagaz, de profundo conhecimento da história do Brasil e do mundo. Como saudosista que sou, já na ‘melhor idade’ (72), agradeço-lhe ter mencionado com tamanha precisão os perfis dos dois maiores estadistas brasileiros, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Quanto ao “movimento atual” (Ope­ração Lava Jato), altamente necessário para se tentar melhorar o nível dos polí­ticos/empresários/chefes e servidores públicos, tenho apenas uma ressalva a fazer: para que se torne 100% confiável e com a eficiência no combate à corrupção tão desejada, a investigação teria de ser menos seletiva, investigando e combatendo todas as suspeitas e delações e não deixando margens à dúvida sobre sua imparcialidade com o propalado e famoso “não vem ao caso”. Ora, apontem-me, por favor, um único político dessa safra atual por quem possamos pôr a mão no fogo (sem se queimar) dizendo: “Esse é honesto e incorruptível”, mesmo sendo do ‘PSDB’ (o partido da elite, grande mídia, empresariados e banqueiros). Tenho um sonho, que é uma utopia, eu sei, mas, quem sabe, daqui a uns 100 ou 200 anos o mesmo possa se realizar: ver nosso querido Brasil, tão grande e tão rico, ser governado, no geral — esferas federal, estadual e municipal — por políticos e legisladores íntegros e honestos, que trabalhassem pensando no Brasil e em seu povo. Em 20 ou 30 anos não existiria país ne­nhum igual. E-mail: [email protected]  

“Um best-seller tipo John Green”

Luana Alvez Luterman Estou desapontada com o filme. É um repeteco estilístico de “Moulin Rouge” e “Chicago”. Sinceramente, não faz meu tipo. Fora que é piegas, e mamão papaya já tem açúcar, não precisava de mais. Não é de tudo ruim, mas também não é bom. Dou no máximo 8,5 (sempre acho que há modos melhores que o estilo hollywoodiano de narrar). Há best-sellers e há clássicos. Eu hoje vi na telona um best-seller tipo John Green. [“La La Land iguala recorde de Titanic em indicações ao Oscar”, Opção Cultural] Luana Alves Luterman é doutora em Linguística e professora da UEG.  

“Estamos ainda no estágio de ‘deitados’ em berço esplêndido”

Adalberto de Queiroz Até a beleza merece comentário. A diferença é de superestrutura. A Holanda pode se dar ao luxo de fazer isso, como Goiânia até tentou, mas é civilizatório o que faz o alcaide paulistano [o prefeito João Doria (PSDB)]. A questão entre nós é um buraco mais fundo. Vejam o Itego [Instituto Tecnológico de Goiás], no alto do Setor Universitário. Mandem fotografar para comparar ao “clean” espaço urbano holandês. Não há base para isso – ou até há: comparem os banheiros públicos com as “toilletes” públicas de Amsterdam e entenderão. Estamos ainda naquele estágio de “deitado(s) em berço esplêndido”, para usar a expressão de J. O. de Meira Penna [escritor e diplomata liberal brasileiro]. [“Enquanto Doria enche São Paulo de tinta cinza, cidade holandesa espalha poesia por seus muros”, Opção Cultural] Adalberto de Queiroz é escritor e empresário.

“Tenho enormes dúvidas de que o substituto seja independente como foi Teori Zavascki”

Fabrício Valle Tem que ser um cidadão corajoso – ou muito safado, dependendo do ponto de vista. Se a morte de Teori Zavascki não foi acidente, os responsáveis já possuem um nome para entrar no lugar dele e brecar a Operação Lava Jato. Quem dá um golpe do jeito que foi dado é capaz de tudo. Tenho enormes dúvidas que o escolhido seja independente como foi Teori. Provavelmente, teremos alguém como Gilmar Mendes ou pior. Mas vamos aguardar. [“Lista dos juristas que são mais cotados para substituir Teori Zavascki”, Jornal Opção Online] Fabrício Valle é empresário.

“Todas as minhas fichas vão para Herman Benjamin”

Talmon Pinheiro Lima Todas as minhas fichas para substituir Teori Zavascki vão para o ministro Herman Ben­ja­min, do STJ [Superior Tribunal de Justiça]. Jurista completo, re­digiu várias leis (por exemplo, o Código do Consu­midor), foi promotor e procurador de justiça, ou seja, tem um perfil bem próximo do de Zavascki - que era oriundo do STJ. Outras apostas seriam Heleno Torres, de São Paulo, que era o favorito quando da escolha de Luís Roberto Barroso [ministro do STF desde 2013]. Devido à premência, acredito que o presidente Michel Temer (PMDB) escolherá al­guém que já está em Brasília e que é ministro de tribunal superior. Nesse caso, têm chance os seguintes ministros do STJ: Nancy Andrighi (excelente jurista), Laurita Vaz (goiana e presidente do STJ) e Humberto Martins (vice-presidente do STJ). [“Presidente Michel Te­mer vai indicar imediatamente mi­nistro pra substituir Teori Zavascki”, Jornal Opção Online] Talmon Pinheiro Lima é advogado.

“Vamos fazer uma vaquinha para Galvão Bueno”

Carlos César Higa Vamos fazer uma vaquinha. Galvão Bueno é uma instituição nacional e merece nossa ajuda neste momento de dificuldade. Acho importante também uma manifestação na porta do referido banco que não se cansa de lucrar. Estou contigo, Galvão! [“Galvão Bueno deve 30 milhões a um banco. É o que diz a revista Veja”, Jornal Opção 2166, coluna “Imprensa”] Carlos César Higa é historiador, pedagogo e mestre em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

“Uma reportagem de utilidade pública”

Paulo César Veiga Jardim Acho que a matéria ficou ótima, de utilidade pública. O jornalista Marcos Nunes Carreiro foi cuidadoso. Parabéns ao Jornal Opção pela pauta. [“Pré-diabetes, condição clínica que esconde um sério risco de saúde pública sobre o qual pouco se fala”, Jornal Opção 2167] Paulo César Veiga Jardim é médico cardiologista.

“Com o salário que ganha da Globo, ele ainda deve?”

Luiz Augusto Sampaio Que coisa horrível. Com o salário enorme que ele ganha da Rede Globo ainda deve tal quantia? Absurdo! Cansei-me dele e, quando o vejo na tela, mudo logo de canal. Não. Não vou contribuir. Anti­gamente eu ainda acompanhava suas locuções. Atualmente, não o suporto, pois fala outras bobagens, querendo se mostrar erudito perto de dois ou três palermas que todos sabem seus nomes – tirante o comentarista dos árbitros. Quem militou com proficiência e sabedoria nas rádios sabe o quanto é difícil acompanhar Galvão em suas transmissões plurais: futebol, motociclismo, basquetebol, ciclismo etc. Horrível! Luiz Augusto Paranhos Sampaio é advogado e escritor.

“Clínicas populares já são alternativa ao SUS”

Rafael Macedo Mustafé Acho uma ótima iniciativa. Mas temos de lembrar que o custo para o paciente acaba sendo maior, tendo que arcar com exames complementares e medicações. De qualquer forma, já é uma alternativa ao SUS. Aqui em São Paulo, houve uma grande proliferação dessas clínicas populares. O administrador Thomás Srougi, filho do professor de Urologia da USP [Universidade de São Paulo], dr. Miguel Srougi, montou uma rede de clínicas populares com o nome de “Dr. Consulta” e parece que está tendo sucesso, pois houve grande expansão do número de clínicas. [“Clínica de Goiânia oferece consultas médicas a R$ 100, com pagamento em até dez vezes”, Jornal Opção Online] Rafael Macedo Mustafé é médico.

“Uma tendência, face ao péssimo atendimento da rede pública”

Antônio Macedo Essa é uma tendência atual, face ao péssimo atendimento oferecido pelo SUS. A rede pública não funciona, por causa de má gestão, recursos insuficientes e corrupção. O grande problema para a implantação das clínicas populares são os exames complementares, internação e cirurgia. [“Clínica de Goiânia oferece consultas médicas a R$ 100, com pagamento em até dez vezes”, Jornal Opção Online] Antônio Macedo é médico dermatologista.

“A ocupação da cidade pelos ciclistas é real”

[caption id="attachment_84757" align="alignright" width="620"] Professor aponta a necessidade de se garantir espaço aos ciclistas[/caption] Jeblin Antônio Abraão Um projeto de ciclovias foi incluído, em 2000, no plano de gestão do então candidato — e eleito prefeito de Goiânia — Pedro Wilson (PT), mas não vingou. As ideias boas têm força e acabam ganhando espaço e realidade. A realidade do uso das bicicletas mudou significativamente em Goiânia. Em 1991, comprei uma bicicleta Caloi 10 e com ela passei a fazer diariamente o trajeto Catedral Metropolitana– Campus Samambaia. Isso era um absurdo, pois eu, professor universitário e na época diretor do então Instituto de Matemática e Física (IMF) da UFG, não poderia baixar meu “status” me locomovendo de bicicleta de casa para o trabalho. Após incessantes criticas de meu colega de Departamento de Física do IMF professor Antonio Fornes — “hermano” argentino, goiano de coração e apaixonado pelas “magrelas” — em 1992 comprei, pelo valor de 500 dólares, uma recuperada bicicleta em quadro Peugeot, se não me engano também da marca Caloi. Uma peça rara. Importação era praticamente impossível naqueles anos. O vendedor foi um rapaz que trabalhava em uma oficina de recuperação de armações de óculos situada na Avenida Anhanguera, cujo apelido, Shimano [indústria de peças para bicicletas], expressava sua paixão pelo veículo. Com essa bicicleta fiz milhares de quilômetros pelas ruas e trilhas da região metropolitana de Goiânia. O grupo começou a crescer: Fornes, Willer Fleury, Guido, Coronel Cavalcante… Hoje vejo centenas de ciclistas pedalando pelas trilhas e ruas de Goiânia. A ocupação da cidade pelos ciclistas é real, a ampliação do contingente dos que usam a bicicleta para lazer já é muito grande, vai contaminar e tomar conta da cidade como meio de transporte. A população goianiense, até os anos 60, fazia o uso sistemático deste meio de transporte. O modelo de desenvolvimento, centrado na indústria automobilística, estagnou tudo que não tivesse o uso de carros. Até caminhar ficou em desuso. Vejam o projeto do BRT em implantação: totalmente contaminado pelo modelo do uso de veículos automotores, sem contemplar nem o pedestre nem o ciclista. A inauguração do novo sistema de bicicletas públicas, com todas as limitações, é um passo significativo. Não posso deixar de cumprimentar o professor Paulo Garcia (PT) pela implantação deste projeto, embora seja crítico de muitas ações do que se fez em sua administração como prefeito. [“Prefeitura de Goiânia inaugura serviço de bicicletas compartilhadas”, Jornal Opção Online]

Jeblin Antonio Abraão é professor aposentado da Universidade Federal de Goiás (UFG) e morador da Região Norte de Goiânia.
 

“Esperamos que o novo governo municipal dê continuidade à bike compartilhada”

Luiz Ebbsen Martins de Menezes Neto Inicialmente são 15 estações, com a possibilidade de mais estações nos próximos anos. Só esperamos que o governo que assumirá em 1° de janeiro de 2017 dê continuidade. Infelizmente os motoristas de Goiânia ainda acham que os ciclistas estão na rua para atrapalhar o trânsito e que lugar de bicicleta é na calçada. Faltam respeito e conhecimento do código de trânsito por parte dos motoristas. [“Prefeitura de Goiânia inaugura serviço de bicicletas compartilhadas”, Jornal Opção Online]  

“Parabéns aos envolvidos no projeto cicloviário”

Divino Carlos Já utilizei o serviço e fiz questão de compartilhar esse projeto. Parabéns aos envolvidos. Só achei a rota pesadíssima para mim, que há anos não pedalava - da Praça Tamandaré até o Parque Vaca Brava. [“Prefeitura de Goiânia inaugura serviço de bicicletas compartilhadas”, Jornal Opção Online]  

“O Brasil está se tornando uma piada sem graça”

Luciano Henrique Almeida de Oliveira A piada do dia: “O nosso objetivo é beneficiar o usuário. O Ministério trabalha pra que o usuário seja cada vez melhor beneficiado com melhores serviços. O governo vai estar sempre ao lado do usuário.”. Tudo bem, valeu. O Brasil a cada dia se tornando uma piada, e pior, uma piada sem graça. [“Ministro anuncia limitação de dados da internet fixa: ‘Beneficiará usuários’”, Jornal Opção Online]  

“Lamento o ‘Programa Aplauso’ sair do ar”

Kika Oliveira Sou fã de carteirinha do “Programa Aplauso”, de Arthur Rezende Filho. Lamento muito que o programa, único do colunismo social que ainda estava no ar, não tenha sobrevivido aos altos custos de veiculação e produção que inviabilizam a manutenção do mesmo no ar. Felizmente, ainda temos os canais fechados e as redes sociais. [“Programa Aplauso, apresentado por Arthur Rezende, deixa a TV Brasil Central”, Jornal Opção Online]
Kika Oliveira é jornalista.
 

“Se não chamar os concursados, por que fazer concurso público?”

Eloisa Helena Policena É claro que tem de chamar os concursados, chega de contratos nesta Prefeitura, vamos todos ser da mesma categoria. Se não, por que fazer concurso público? Sou efetiva da Prefeitura de Goiânia há mais de 35 anos e sempre fui a favor dos concursados, porque a pessoa estuda, enfrenta uma concorrência grande por uma vaga e, quando consegue, ainda se arrisca a perdê-la para esses contratos, que na verdade são, na maioria, de apadrinhamentos políticos. Isso tem que acabar na administração pública. [“Comissão de aprovados da Educação pede auxílio à Câmara para resolver impasse”, Jornal Opção Online]
Eloisa Helena Policena é servidora municipal.
 

“Poucos de fato conhecem a palavra de Deus”

J. L. Gonçalves Matéria mais do que certeira. Em uma página, sintetiza o Evangelho verdadeiro, o que muitas igrejas não conseguem em toda sua história de existência. Poucos de fato conhecem a palavra de Deus. Relacionam coisas sem nem ao menos entenderem o que é. Misturam o Antigo Testamento com o Novo e, mesmo trazendo antigos registros, ainda mudam conforme sua vontade (só pra citar: dízimo não era em dinheiro, ocorria a cada três anos e era apenas uma vez naquele ano e sim, na época já existia dinheiro e, não, hoje não vale mais – conforme está na Carta aos Hebreus, 7). Deturpam, exploram, ofendem as Escrituras. Hones­tamente não sei o que pensar sobre quem é pior: se são os seguidores ou os seguidos, porque quem anda em alcateia é lobo; cordeiro apenas se junta ao reconhecer seu (verdadeiro) pastor. [“Não reclamem do Valdemiro. Ele só promete entregar o que de fato as pessoas querem de Deus”, Jornal Opção Online]

Cartas

“Não tenho simpatia pela ‘biliarquia’ como governo”

ARNALDO B. S. NETO Ponho sempre um pé atrás quando vejo meus compatriotas esperançosos na candidatura de algum potentado dos negócios na política brasileira, como a recente conjectura em torno do nome de um famoso apresentador e proprietário de um canal de televisão (por quem tenho grande simpatia, entretanto) para postular a Presidência da República em 2018. As razões estão postas num texto de Michael Walzer [filósofo político norte-americano, professor do Instituto de Estudos Avançados de Princeton], intitulado “O liberalismo como arte da separação”. Antes de prosseguirmos com Walzer, temos de recordar que, muito antes de ter uma dimensão econômica, o liberalismo foi uma forma de inteligência institucional, voltada para a compreensão do político. O cerne do liberalismo político encontra-se em sua visão das formas de Estado e nos perigos da concentração de poder. O liberalismo é, mais do que tudo, uma reflexão sobre o despotismo, em todas as suas formas. Walzer nos lembra de um outro aspecto: o liberalismo se construiu como um rompimento com a ideia de sociedade orgânica, unificada por alguma síntese superior, como o Estado absolutista. Nesse rompimento, promoveu múltiplas separações. Separou Igreja e Estado; distinguiu Estado e Igreja, por um lado, e Universidade, por outro; colocou em campos distintos uma sociedade civil autônoma e o poder político; aprofundou a linha divisória entre o universo do público e a vida privada. E, ao construir essas “muralhas” entre esferas da sociedade (Walzer é famoso por sua teoria das esferas de justiça), foi criando, em cada uma, uma liberdade: liberdade religiosa, liberdade acadêmica, liberdade civil, liberdade privada etc. Todavia, não podemos nos esquecer de outra separação fundamental, tão ausente no Brasil, qual seja aquela que separa a política do mundo dos negócios. A fusão entre o poder econômico e o poder político possui um poder corruptor e dissolutor para as instituições democráticas tão poderoso quanto o fim da clássica separação dos poderes. Antes de dialogar com o liberalismo ou com qualquer corrente de pensamento, eu tenho sempre em conta as lições do realismo, que nos previne contra as ilusões de cada momento, contra a busca de soluções mágicas. Por isso, não tenho simpatias por um governo dos bilionários — uma “biliarquia”, se preferirem. Prefiro que a esfera da política seja cuidadosamente blindada do mundo dos negócios, algo incomum na república patrimonialista brasileira. Que tal poder se confunda com o potencial de uma grande rede televisiva me parece tanto mais perigoso. Por mais que tenha simpatias pelo personagem em questão, como afirmei antes, que tanto animou as tardes de domingo de nossa televisão aberta, com seu senso peculiar de humor — onde um observador pode encontrar traços da cultura sefaradi [palavra de origem hebraica para designar a Península Ibérica e termo para fazer referência aos descendentes de judeus originários de Portugal e Espanha] —, não recomendo tal candidatura. Espero que as classes dirigentes da política nacional reconheçam o abismo que se abre sobre nosso sistema político e produzam a renovação necessária. Prefiro isso ao risco dos atalhos que podem nos conduzir aos piores desastres. [“Silvio Santos planeja disputar a Presidência da República pelo PP”, Jornal Opção Online] Arnaldo B. S. Neto é professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás e doutor em Direito Público pela Universidade Vale dos Sinos (Unisinos).

“Merecida homenagem a um cicloativista”

JACI FIGUEIREDO Merecida homenagem a esse querido amigo e cicloativista Sávio Afonso, que tem feito muito por Goiânia e por todos nós ciclistas. Vale lembrar, que o Sávio participa ativamente de vários grupos de pedal, ouve as necessidades dos ciclistas e fez um trabalho extraordinário. O Nosso Salve a esse querido amigo pelo Legado a nós deixado. [“Bi­cicleta compartilhada chega para confirmar que espaço para ciclistas em Goiânia é conquista definitiva”, Jornal Opção 2160]. Jaci Figueiredo é master coach.

“Desde quando a Câmara de Goiânia é ‘terreiro’ de alguém?”

ABEL LIMA RIVERO Não morro de amores por Jorge Kajuru [radialista e vereador eleito de Goiânia pelo PRP], não moro em Goiânia, mas fica evidenciada sua má educação. E é lamentável o comportamento desse tal Anselmo Pereira (PSDB) dizendo que o outro “não vai cantar de galo no seu terreiro”. Desde quando a Câmara Municipal é “terreiro” de alguém? Faltam conceitos e atitudes dignas. Abel Lima Rivero é fiscal do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP).

“Jornal Opção, o melhor de Goiás”

TALMON PINHEIRO LIMA Parabéns ao Jornal Opção, o melhor jornal de Goiás. Talmon Pinheiro Lima é advogado.  

“Brilhante trabalho na comunicação”

NORTON LUIZ FERREIRA Parabéns! Vocês fazem um brilhante trabalho na área de comunicação. Todo o sucesso do mundo! Norton Luiz Ferreira é delegado de Polícia e jornalista.  

“Jornalismo moderno e inteligente”

HERIVELTO NUNES Parabéns ao Jornal Opção. Jornalismo moderno e inteligente. Herivelto Nunes é jornalista.

“Corpinho de 18 e maturidade de 60”

RICARDO TRICK O Jornal Opção tem corpinho de 18 e maturidade de 60 anos. Parabéns especial ao jornalista Euler de França Belém. Ricardo Trick é consultor.

“Jornal Opção faz bom jornalismo há 41 anos em Goiás”

ARTHUR OTTO Parabéns ao Jornal Opção pelos 41 anos de bom jornalismo e a Euler de França Belém por ser um dos pilares dessa qualidade do jornal. Arthur Otto é físico nuclear.

“Fiz parte dessa história no tempo da censura”

PAULO MENEGAZZO Eu fiz parte dessa história, na época em que nossos textos e reportagens, antes de serem publicados, passavam pela Censura Federal. Os tempos mudaram e o Jornal Opção continua firme na sua trajetória. Parabéns, Euler de França Belém, você é a alma deste jornal! Paulo Menegazzo é diretor e editor-geral da revista “Auto Club News”.  

“Um superfã desse jornal”

RICARDO TAVARES Parabéns ao Jornal Opção por estar há 41 anos nos trazendo boas análises sobre a política local e nacional. Sou um superfã desse jornal. Ricardo Tavares é historiador, professor, analista político e assessor na Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima).

Cartas

opcao-41

“O Jornal Opção se tornou referência por sua responsabilidade”

Eduardo Machado Parabenizo o Jornal Opção pelos 41 anos atuando com competência, dinamismo e imparcialidade. O Opção se tornou referência por sua responsabilidade e seu compromisso. A credibilidade adquirida junto a seus leitores foi garantida com uma equipe de profissionais qualificados e o empenho de seus proprietários, que nunca esmoreceram frente às dificuldades. Por isso, o jornal merece nosso carinho, nossa admiração, nosso respeito e nossos parabéns, com votos de que muitos anos mais possam ser comemorados com sucesso. [“Jornal Opção completa 41 anos nesta quarta-feira (21/12)”, Jornal Opção Online] Eduardo Machado é presidente nacional do PHS.  

“Que venham mais 41 anos!”

Rodrigo Zani Vida longa ao Jornal Opção! Que venham os próximos 41 anos! Rodrigo Zani é chefe de gabinete da presidência da Fundação de Amparo à Pesquisa de Goiás (Fapeg)  

“Pela equipe do presente e do passado”

Orley José da Silva Parabéns ao jornal e toda a equipe do presente e do passado. Orley José da Silva é professor em Goiânia, mestre em letras e linguística (UFG) e mestrando em estudos teológicos (SPRBC).  

“A Herbert de Moraes, in memoriam”

Adalberto Queiroz Parabéns ao Jornal Opção, a toda a equipe e a seu fundador sr. Herbert de Moraes, in memoriam. Adalberto de Queiroz é empresário e escritor.  

“Vocês merecem esse sucesso”

Júlio Nasser Custódio Parabéns! Os jornalistas Euler de França Belém [diretor editor-chefe] e Patrícia Moraes Machado [diretora-executiva] merecem este sucesso. Júlio Nasser Custódio é diretor-presidente do jornal “Diário da Manhã”.  

“Um abraço coletivo em todos do Jornal Opção”

Luiz Augusto Paranhos Sampaio “Parabéns a todos os que fazem este grande periódico. Um abraço coletivo. Vocês merecem.” Luiz Augusto Paranhos Sampaio é advogado e escritor.  

“Que tenha sempre corpinho de 18”

Greice Guerra Parabéns ao Jornal Opção! Aos 41 anos, que tenha sempre um corpinho de 18! Abraços a toda a competente equipe! Greice Guerra é economista.  

“O Jornal Opção é uma força da natureza”

Roberto Carlos Jr. Ouso dizer que o Jornal Opção é uma força da natureza. Sou leitor de vários jornais pelo mundo, como “The Guardian” e “O Estado de S. Paulo”, que são muito bem escritos. O JO é bem escrito, mas não só. É um dos poucos jornais que se posicionam criticamente, não receando criticar vacas sagradas do Brasil e do mundo, como Paul Krugman, economista que, apesar de ostentar um Prêmio Nobel de Economia, escreve muito mais como ideólogo do que como cientista. Apreciei o texto do sr. Euler de França Belém a respeito de Krugman, no qual exibe insuficiências intelectuais do economista americano a respeito de Donald Trump, recém-eleito presidente dos Estados Unidos. Ele está absolutamente certo: preocupante, para os Estados Unidos, não é a Rússia, país de segunda categoria. O adversário preocupante é mesmo a China. Deste modo, o JO acerta quanto afirma que “é a China, estúpido!” A economia chinesa representa um risco para as economias industrializadas. Tanto porque está melhorando seus produtos, tornando-os mais competitivos com produtos de média qualidade de alguns países, quanto porque, como sua mão de obra abundante e barata, pode oferecer preços menos elevados, o que está devastando as economias de outros países, notadamente nas áreas de confecções e calçados. Leio que o JO está completando 41 anos, idade pós-balzaquiana. O que posso desejar é vida longa para o jornal e que não perca, jamais, sua capacidade de analisar os fatos de maneira tão competente e muito bem escrita. Jornalistas como os do Jornal Opção enriquecem o jornalismo brasileiro. Roberto Carlos Jr. mora em Montevidéu.  

“O melhor jornal de Goiás”

Talmon Pinheiro Lima Parabéns ao Jornal Opção, o melhor jornal de Goiás. Talmon Pinheiro Lima é advogado.  

“Brilhante trabalho na comunicação”

Norton Luiz Ferreira Parabéns! Vocês fazem um brilhante trabalho na área de comunicação. Todo o sucesso do mundo! Norton Luiz Ferreira é delegado de Polícia e jornalista.  

“Jornalismo moderno e inteligente”

Herivelto Nunes Parabéns ao Jornal Opção. Jornalismo moderno e inteligente. Herivelto Nunes é jornalista.  

“Corpinho de 18 e maturidade de 60”

Ricardo Trick O Jornal Opção tem corpinho de 18 e maturidade de 60 anos. Parabéns especial ao jornalista Euler de França Belém. Ricardo Trick é consultor.  

“Euler Belém é um dos pilares da qualidade do jornal”

Arthur Otto Parabéns ao Jornal Opção pelos 41 anos de bom jornalismo e a Euler de França Belém por ser um dos pilares dessa qualidade do jornal. Arthur Otto é físico nuclear.  

“Fiz parte dessa história no tempo da censura”

Paulo Menegazzo Eu fiz parte dessa história, na época em que nossos textos e reportagens, antes de serem publicados, passavam pela Censura Federal. Os tempos mudaram e o Jornal Opção continua firme na sua trajetória. Parabéns, Euler de França Belém, você é a alma deste jornal! Paulo Menegazzo é diretor e editor-geral da revista “Auto Club News”.  

“Um superfã desse jornal”

Ricardo Tavares Parabéns ao Jornal Opção por estar há 41 anos nos trazendo boas análises sobre a política local e nacional. Sou um superfã desse jornal. Ricardo Tavares é historiador, professor, analista político e assessor na Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima).