Por Ketllyn Fernandes

Candidato a deputado estadual, Lívio Luciano (PMDB) diz que o candidato a governador pelo PMDB, Iris Rezende, “está muito bem humorado, com alto astral”. O peemedebista diz que “o clima é bem diferente do de 2010. Agora, há mais confiança, e é preciso considerar que o governador Marconi Perillo pela primeira vez tem desgaste forte, talvez insuperável, inclusive junto ao funcionalismo público. Feita a convenção, vamos cair na estrada, visitando todos os municípios”.
Lívio Luciano diz que a fase inicial era de “articulação, de montagem de uma chapa consistente. A segunda fase é a campanha, com articulação direta com os líderes do interior e contato com os eleitores. Iris está preparado e vai fazer uma campanha planejada, com um marketing inteligente e profissional”.
O peemedebista frisa que Ronaldo Caiado, do DEM, e Armando Vergílio, do Solidariedade, contribuem para o otimismo de Iris. “Não vamos para a disputa com chapa pura e os dois novos aliados são consistentes e têm forte presença no Estado. Nós vamos fazer uma campanha crítica e, ao mesmo tempo, propositiva.”
Antônio Gomide é um político de rara obstinação. Mesmo aparecendo em quarto lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do governador Marconi Perillo, do ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende e do empresário Vanderlan Cardoso, o petista afirma que será eleito governador de Goiás em 5 de outubro deste ano. Petistas dizem que, ao final, Gomide será apontado como a revelação política do pleito deste ano. Eles sustentam que nenhum outro candidato representa tanto quanto o petista a ideia de mudança e renovação. Afirmam também que, quando a campanha começar, o ex-prefeito de Anápolis vai deslanchar e será “assimilado” pelo eleitorado.
O candidato a senador da base governista, Vilmar Rocha (PSD), afirma que o governador Marconi Perillo (PSDB), para reduzir custos e tornar a comunicação entre as pessoas e os políticos mais eficiente e produtiva, vai priorizar grandes e médias reuniões. Os comícios não estão inteiramente descartados, dependendo do andamento da campanha, mas, ao menos inicialmente, não serão prioridade — assim como as carreatas. O tucano-chefe avalia, em conversas com os aliados, que as reuniões possibilitam um contato direto e próximo com as lideranças locais e com os eleitores. Agora, dependendo da campanha, pode ser que as táticas sejam repensadas. Se a campanha não for bem, o tucanato e seus aliados voltarão às táticas antigas — com comícios e carreatas, que passam a imagem de que a campanha está nas ruas.
Não procede que Iris Rezende tenha vetado o nome de Renato Monteiro para marqueteiro de sua campanha.
O publicitário Renato Monteiro foi levado a Iris Rezende pelo prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, há pouco tempo. Isto não significa que o petista vai bancá-lo, financeiramente, para fazer a campanha do peemedebista.
O problema é que o PMDB não tem estrutura para pagar um marqueteiro “caro”. Fala-se em Renato Monteiro como “marqueteiro voluntário”, o que não combina muito com o perfil do profissional. Afinal, não se trata de um neófito na área. Pelo contrário, é competente e experimentado.
Peemedebistas e caiadistas querem arrancar Iris Rezende de seu escritório. Eles dizem que Iris precisa sentir o cheiro do povo e visitar os municípios goianos. E sugerem que não se faz política com eficiência a distância das lideranças e dos eleitores e garantem que há um clamor para que o peemedebista apareça.

[caption id="attachment_8410" align="alignleft" width="300"] Rodrigo Rollemberg e José Roberto Arruda: os dois devem atropelar Agnelo Queiroz | Fotos: Geraldo Magela/veja.abril.com.br[/caption]
Em Brasília comenta-se que só há duas certezas. Primeira: o governador Agnelo Queiroz não será reeleito. O petista trabalha, tem obras para mostrar à sociedade, mas sua rejeição é muito alta em praticamente todas as classes sociais.
Segunda: o próximo governador do Distrito Federal terá o nome iniciado com consoante: José Roberto Arruda, do PR, ou Rodrigo Rollemberg, do PSB.
Arruda tem desgastes, tentaram derrubá-lo no tapetão, mas é o favorito. O experiente Gil Argello, do PTB, é o candidato a senador na sua chapa.
Entretanto, se o discurso ético predominar, dificilmente outro candidato, inclusive Arruda, vai derrotar o senador Rollemberg. Outro trunfo é o seu candidato a senador, o pedetista José Antônio Reguffe — espécie de xodó da classe média brasiliense. Geraldo Magela, do PT, terá um páreo duro pela frente.
Em Brasília, cidade em que quase todos os políticos parecem “sujos”, Rollemberg e Reguffe são vistos como “ainda não contaminados”.
Arruda, embora visto como “contaminado”, é apontado como gestor eficiente. A tendência é que ele e Rollemberg disputem o segundo turno.
Bancado pela senadora Lúcia Vânia (PSDB), o candidato a deputado federal Marcos Abrão (PPS) conta com o apoio de mais de 30 candidatos a deputado estadual (como Iso Moreira) e trabalha em todas as regiões de Goiás. Sua agenda, sempre pesada — dada a dimensão territorial do Estado — começa às 7 e só termina às 22 horas, às vezes alongando-se um pouco mais. Com uma folha de serviços prestados nos 246 municípios goianos, desde quando passou pelo comando da Goiás-Industrial, Marcos Abrão trabalhou pela expansão do Distrito Industrial de Anápolis (Daia) e pela criação do Polo Moveleiro de Senador Canedo e do Polo Calcadista de Goianira, além da construção de 28 galpões para incrementar a indústria da confecção em vários municípios. Os prefeitos de Palmeiras de Goiás, Alberane Marques (PSDB), e de Santo Antônio do Descoberto, Itamar Lemes (PDT), vão entrar de sola na campanha de Marcos Abrão. Mais de 30 prefeitos vão trabalhar para o jovem líder do PPS.
O publicitário Marcus Vinicius Queiroz disse ao Jornal Opção que não foi convidado para articular o marketing da campanha de Iris Rezende.
Marcus Vinicius será o responsável pela campanha do candidato do PMDB a governador do Tocantins, Marcelo Miranda.
Ele sugere que uma campanha interessante, dado o fato de ser um político novo na política estadual e ter uma imagem positiva como gestor, é a de Antônio Gomide.
Se o tucano Aécio Neves for eleito presidente da República, o governador de Goiás, Marconi Perillo, vai compor o seu ministério, possivelmente ao lado de Ronaldo Caiado (cotado para o Ministério da Agricultura). Neste caso, se o tucano-chefe for reeleito, o vice, José Eliton, assume o governo. Mas o fato é que Marconi não quer discutir o assunto agora. Outra hipótese é José Eliton, que apoia a candidatura de Aécio, assumir o Ministério da Justiça.

Eurípedes Júnior é a grande aposta do Pros para deputado federal em Goiás. O goiano é presidente nacional do partido. Eurípedes saiu praticamente do nada, do Entorno de Brasília, e hoje é um líder político nacional. O Pros tem forte presença no governo federal.
As três principais tendências do PT foram contempladas na chapa majoritária. O grupo de Rubens Otoni, PT Pra Vencer, emplacou Antônio Gomide para governador. O grupo de Pedro Wilson e Olavo Noleto, Movimento Cerrado, bancou Marina Sant’Anna para o Senado. A tendência Articulação, do prefeito Paulo Garcia, Osmar Magalhães e Neyde Aparecida, lançou Tayrone di Martino para vice de Gomide.
Iristas negam que Iris Rezende tenha vetado Iram Saraiva Júnior para vice de Gomide. Mas gomidistas acreditam na possibilidade de veto. Como Iram Saraiva foi do PMDB, o irismo, supostamente, não quis que um candidato do PT fosse identificado ao peemedebismo. Mas os iristas insistem que, se está no PT, Iranzinho não é um problema do problema do PMDB e de Iris. Por outro lado, há quem acredite que setores do petismo querem ver Iranzinho fora da prefeitura — daí terem tentando empurrá-lo para a vice de Gomide.
O ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira esteve na bica para ser vice de Antônio Gomide. Mas acabou decidindo pela disputa de deputado federal. Edward Madureira está trabalhando muito, mas não foi inteiramente assimilado pelo PT, que ainda o ver como um estranho no ninho, dada sua independência.
O líder de um partido nanico contou a um deputado que a cúpula nacional exige que ele lhe repasse 260 mil reais por ano. Como não tem o dinheiro, precisa sair pedindo dinheiro aos candidatos para remeter para os líderes nacionais. Ele diz que sua situação é dramática.