Por Ketllyn Fernandes
Discretamente, mas com um trabalho intenso e de qualidade, Lívio Luciano desponta como um dos favoritos do PMDB para deputado estadual. Não será surpresa se Lívio Luciano, contados os votos, figurar entre os mais bem votados. Além de simpático, de ter votos nas searas evangélica (a sua) e católica, de ter amplo envolvimento no meio esportivo, Lívio Luciano é uma espécie de xodó dos funcionários do Fisco. O vice-prefeito de Goiânia, Agenor Mariano, político atento e hábil, é um dos principais apoiadores de Lívio Luciano.
O prefeito de uma cidade do interior, depois de ouvir o candidato do PT a deputado federal Olavo Noleto, fez um comentário curioso, quiçá pertinente: “É o Daniel Vilela do PT”. O prefeito possivelmente quis dizer duas coisas. Primeiro, que Olavo Noleto tem a desenvoltura de Daniel Vilela na arte de fazer política. Quando estão conversando com os líderes do interior, os dois jovens parecem peixes dentro d’´água. Fica-se com a impressão de que nasceram fazendo política. São craques — Neymar e Messi. Segundo, há uma aposta de que o competente e inteligente Daniel Vilela deve ser um dos mais bem votados para deputado federal, superando até mesmo Iris Araújo (a política mais detestada por todos os peemedebistas; consta que o sonho da maioria é expulsá-la do partido), mas que Olavo Noleto também terá uma votação tão expressiva quanto surpreendente. Olavo Noleto tem um apoio relativamente silencioso, mas de grande proporção. Brincando, Olavo Noleto diz para os colegas: “O único problema é que, embora eu seja avaliado como ‘charmoso’, não sou apontado como tão bonito quanto Daniel Vilela”. Mas aí, Olavo, é querer demais. Daniel Vilela, ex-jogador de futebol, tem porte de modelo. No interior, quando aparece, é cercado pelo mulherio, mas sempre escapa de fininho. O garoto vai longe, muito longe.
Peemedebistas mexeram e remexarem num dossiê sobre o vice de Vanderlan Cardoso, o professor Alcides Ribeiro. Mas decidiram não divulgá-lo. Motivo alegado por um peemedebista: “Pra quer mexer com Vanderlan Cardoso e o Professor Alcides, se eles não fedem nem cheiram?” Tradução para a linguagem civilizada: Vanderlan, segundo o irista, não tem qualquer chance e ser eleito e não ameaça Iris Rezende.
Mesmo a distância, Júnior Friboi tem mantido certo apoio, menor do que o esperado, a alguns candidatos a deputado estadual e federal. Se nota o candidato muito empolgado com Iris Rezende, o empresário Friboi deixa de atender seus telefonemas.
Robledo Rezende, falando em nome de Júnior Friboi e no seu, declarou apoio à candidatura de Vilmar Rocha a senador por Goiás. Espécie de porta-voz informal de Friboi, a quem chama apenas de Júnior, Robleto afirma que Vilmar Rocha, além das altas qualidades técnicas — é professor de Direito Constitucional na Universidade Federal de Goiás —, é um político moderno, democrático e pacífico.
Do Colorado, em conversas telefônicas, Júnior Friboi tem dito que torce para o governador Marconi Perillo “enterrar” Iris Rezende politicamente já no primeiro turno. Aliados de Friboi diz que está “muito tranquilo” e acompanhando, “com raro prazer”, as agruras da campanha de Iris Rezende.
De um marqueteiro: “Conversei recentemente com Jorcelino Braga, coordenador do marketing do candidato do PSB a governador de Goiás, Vanderlan Cardoso, e percebi que parece mais animado com Marina Silva do que com a política local. Como Braga sabe das coisas, fiquei a imaginar ele que está percebendo que a vaca foi para o brejo”. Sabe-se que Braga tinha uma ligação forte com Eduardo Campos. Mas estaria se aproximando de Marina Silva.
Candidata a deputada federal, Magda Mofatto (PR) faz uma campanha tão cheia de dinheiro que assusta até seus aliados. Candidatos da base governista dizem que Magda Mofatto parece onipresente. Ela está em várias regiões do Estado e sempre com uma estrutura gigantesca. A aliados, a empresário do ramo hoteleiro que nunca mais quer ficar como suplente e dependendo da boa vontade dos aliados.
O único candidato do Solidariedade a deputado federal nas eleições deste ano, Lucas Vergílio promete defender na Câmara dos Deputados três importantes demandas da classe médica: a iniciativa popular “Saúde mais Dez”, a criação da carreira de Estado para médicos e a obrigatoriedade do revalida para profissionais da saúde formados no exterior em atuação no País. O jovem candidato, filho do candidato a vice-governador na chapa de Iris Rezende (PMDB), Armando Vergílio, promete lutar pela aprovação do Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PPL) 231 que assegura o repasse efetivo e integral de 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde pública. Segundo ele, esta seria uma saída prática para diminuir os gargalos que afligem os usuários da rede pública de saúde. Lucas Vergílio tem assumido o compromisso de lutar pela aprovação da PEC 454/2009 que estabelece diretrizes para a organização da carreira de médico de Estado. Atualmente, o projeto se encontra parado no Congresso Nacional por falta de apoio. Outro projeto que será alvo do candidato é a obrigatoriedade do exame Revalida para todos os médicos formados no exterior em atuação no Brasil. “Vou continuar na luta em apoio ao Revalida para todos os médicos, independentemente de sua origem de formação, pois o que está em jogo é a qualidade do serviço prestado.”
Tal como o deputado federal Armando Vergílio, o empresário Lucas Vergílio (SD), o candidato mais jovem destas eleições a deputado federal, promete atuar na Câmara no combate à alta carga tributária.
Armando Vergílio (SD) é reconhecido por ter sido um dos principais parlamentares que articularam para a aprovação do Supersimples, um projeto que beneficia cerca de 450 mil micro e pequenas empresas de 142 atividades diferentes.
O Supersimples é um pacote de políticas públicas integradas que envolvem desburocratização, redução de carga tributária e o cumprimento do dispositivo constitucional de tratamento diferenciado para as micro e pequenas empresas. Com a atualização da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, os empreendedores podem abrir e fechar empresas de forma simplificada, por meio de cadastro único de empreendedores, centralizado no CNPJ, com o fim das inscrições estaduais e municipais. A nova lei protege o Microempreendedor Individual (MEI) de cobranças indevidas realizadas por conselhos de classe.
Apoiado pelo prefeito Rogério Troncoso, o vereador Paulinho do Helenês tem chance de ser eleito deputado estadual. Seu problema é que trabalha pouco em outros municípios e Morrinhos está sendo invadida por políticos de outras cidades.
Marquinho do Privê (PSDB) é vice-prefeito de Caldas Novas, mas faz uma campanha muito forte em Morrinhos. Ele figura em todas as listas dos possíveis mais votados.
Chiquinho Oliveira pôs um pé em Morrinhos, assim como Afrêni Gonçalves.
Atacado por aliados, adversários e até jornalistas, o delegado Waldir Soares não desanima. Ele é um fenômeno. É conhecido como “rei do Facebook”, devido aos seus milhares de seguidores.
Waldir Soares é tucano, mas uma campanha solo, com escassos recursos. Mas pode ser a grande surpresa destas eleições. Não à toa alguns adversários começam a chamá-lo, numa referência ao deputado Tiririca, de “Waldirica”.
Rio Verde pode provocar uma das surpresas eleitorais deste ano. Pode eleger dois deputados federal, Heuler Cruvinel, do PSD, e Paulo Valle, do PMDB. Ou pode não eleger nenhum. O primeiro pode “derrotar” o segundo e vice-versa.
O município, um dos mais ricos e um dos mais mal administrados de Goiás, pode eleger quatro deputados estaduais — Karlos Cabral, do PT, Lissauer Vieira (apontado como o favorito), do PSD, Leonardo Veloso, do PRTB, e José Henrique, do PMDB —, mas também pode não eleger nenhum.
A tendência é que seja eleito aquele candidato (ou aqueles candidatos) que não concentrar seu trabalho eleitoral apenas em Rio Verde. Na eleição deste ano, o problema do município é a quantidade de candidatos. Curiosamente, os quatro nomes citados são da mais alta qualidade e, eleitos, contribuiriam para melhorar o Legislativo.
Candidata a presidente pelo PSB, Marina Silva quer abrir um canal de diálogo com o governador Marconi Perillo, possivelmente com a intermediação daquele que o alto clero socialista chama de “o golden boy de Goiás”, Eduardo Machado.
Em Goiás, Marina só não aceita aliança com Ronaldo Caiado e com o PT. Porém, como Iris Rezende se tornou aliado de Caiado, quase um agregado — porque o democrata está se tornando seu oxigênio político, uma espécie de agente renovador —, Marina certamente não quer contatos de primeiro grau com o peemedebista.
De um aliado do deputado federal Ronaldo Caiado: “Em Goiás não tem mais jeito, não. O governador Marconi Perillo, o político mais profissional do Estado, vai ser reeleito. Mas ainda bem que Caiado vai ser eleito senador”.