Por Jorge Wilson Simeira Jacob

Entre as manipulações usadas pelos autoritários para constranger a liberdade individual está a dicotomia entre a obediência à Lei ou às autoridades constituídas

Esta é uma leitura para combater a ignorância existente sobre as vantagens de um ideário que se preocupa com a liberdade individual e a importância de um governo mínimo

A salvo só estará um processo que não será alterado nesse mundo novo — o amor. O amor continuará a prevalecer. Esta é a única certeza

“A próxima escolha do presidente será entre o risco de, com Trump, perder meu negócio e, com Kamala, perder os valores da cultura que escolhi pra criar minha família”

Autor de “1984”, George Orwell não ficaria surpreso: a nova ordem global está nos empurrando para o mundo indesejável do totalitarismo
A literatura é rica em textos de ficção. Alguns autores se notabilizaram com os seus livros de ficção. Há delas para todos os gostos: científica, histórica, especulativa e outras.
Em geral, os historiadores localizam o início da ficção científica em 1818, com "Frankenstein", se Mary Shelley, ou com Júlio Verne e H. G. Wells no final do século 19. Mais recentemente (1949 ), George Orwell escreveu o romance distópico “1984”, que era uma incrível sátira , mas que está cada vez mais se tornando uma realidade.
O Big Brother de Orwell que parecia algo impossível mostrou-se de corpo inteiro. Os governos, com o uso da tecnologia, hoje controlam as nossas vidas. A China, com o reconhecimento facial, localiza quem quer no meio de uma multidão. Os cartões de crédito, o Pix, os e-mails, WhatsApp e o celular rastreiam cada passo que damos. Estas inovações, a título de facilitar as nossas vidas, aumentam o controle sobre nós. Não chegamos ainda, como no texto de “1984”, a ter as nossas atividades sexuais controladas, mas não falta muito. Perdemos a privacidade.

Orwell viu como ninguém o perigo dos governos totalitários. O assustador é que o processo de controle do cidadão, abafando a individualidade, continua a sua marcha. Uma nova ideologia está sendo infiltrada no inconsciente coletivo — o globalismo.
O globalismo (não confundir com globalização), segundo Alexandre Costa, em capítulo do livro “As Novas Faces da Nova Ordem Mundial”, é “o conjunto de iniciativas e fenômeno, que visam criar um ambiente de governança global, que tende a se sobrepor às soberanias nacionais e aos direitos naturais dos indivíduos, e de maneira geral à livre determinação dos povos”. (O livro foi organizado por Alexandre Costa e contém ensaios de vários autores.)
Um poder total sobre o indivíduo será a Nova Ordem Mundial. Ainda este desejo não seja uma novidade universal, pois muitos políticos-guerreiros tentaram subjugar a humanidade, ele hoje se torna mais factível diante dos novos instrumentos de dominação.
Em outro capítulo do livro, “A era da manipulação”, Fábio Blanco trata exatamente dos instrumentos que já estão disponíveis para um líder mundial autoritário. Não só elementos físicos como a internet , o rádio e a televisão, mas dos meios humanos: a linguagem, a retórica e mesmo a hipnose coletiva.
Hélio Angotti Neto, num dos capítulos do livro, aborda a utopia transumanista ou o pós-humanismo, que ele define como: “Um tipo de cosmovisão escatológica cientificista , ou seja, uma filosofia de vida que busca o dia no qual o ser humano contemporâneo será substituído por um ser biologicamente e tecnologicamente superior, uma nova criatura melhorada e alçada à perfeição, à transcendência do que é hoje”.
Ele diz mais: “Um aspecto que aproxima o transumanismo das religiões…é a adoção de premissas não questionadas e muitas vezes não percebidas, ou até mesmo impostas como verdades absolutas imunes a perguntas. Uma dessas premissas é a crença na capacidade de uma tecnocracia …eleger quais as características que nossa raça deve ter e quais devem ser abandonadas”.
Esses comentários de três dos capítulos do livro “As Várias Faces da Nova Ordem Mundial” (Vide, 246 páginas) pretendem provocar interesse no livro, que é uma obra coletiva de nove intelectuais.
Em face da importância de se ter consciência de que uma nova ordem mundial está nos empurrando para o mundo indesejável do totalitarismo, vale pena ler os textos. A nova ordem mundial que se nos apresentam é, em outras palavras, a realização do sonho marxista de reformar o homem, criando um novo ser perfeito necessário para viabilizar o comunismo.
Este livro pode ser encarado como um devaneio, mas sem perder de vista que muitas das nossas realidades foram antes apresentadas como ficção.

Donald Trump poderá desencadear um retrocesso nas relações internacionais e a candidata democrata pode aumentar a influência do socialismo no mundo

A longevidade saudável depende de muitos fatores: genética, alimentação, exercício físico e mental, e, muito importante, manter-se sexualmente ativo

O presidente Emílio Garrastazu Médici (1905-1985), entrevistado no auge da popularidade, saiu-se com o seguinte brocardo: “O Brasil vai bem, mas o povo vai mal”. Esta situação continua válida, mesmo depois de passados tantos decênios desde que foi enunciada.
Quem olha o país em perspectiva tem certeza do quanto avançamos em termos econômicos. Não há comparação do Brasil de hoje com o dos anos 1970. O progresso é inegável. Somos um outro país. A evolução tecnológica trouxe modernidade material.
Se houve tanto progresso por que então o povo vai mal? Em primeiro lugar progresso não é desenvolvimento. Desenvolvimento exige a melhoria da civilidade, dos serviços públicos, da ordem e da segurança jurídica. Enfim é de qualidade de vida que se trata. A deficiente qualidade dos nossos serviços públicos e a nossa precária civilidade são as causas nosso subdesenvolvimento.
Nos últimos 40 anos a economia cresceu o equivalente ao crescimento populacional — coisa de 2% ao ano cada um. Não houve ganho substantivo. O que significa estagnação. Cresceu o PIB nacional tanto quanto a população, não houve, portanto, ganho da renda per capita . O Brasil está entre os dez maiores PIBs do mundo, mas está no 76 lugar no ranking da renda per capita.
Na corrida pela melhoria da renda per capita estamos atrás até da sofrida Argentina. Perdemos feio para os países asiáticos, que estão eliminando a pobreza. Segundo o presidente do Banco de Desenvolvimento da Ásia, Takehiko Nakao, os quatro fatores que determinaram o sucesso asiático foram: 1 — a igualdade de oportunidades por princípio; 2 — a educação por base; 3 — o livre mercado por meio; e 4 — o progresso social por fim.
Por que o Brasil está estagnado?
Ninguém responde melhor a essa pergunta do que o professor Marcos Mendes em seus livros, artigos e entrevistas. É tal a competência dele que causa surpresa ter notícia de alguém ligado ao governo brasileiro com uma visão tão lúcida das razões do nosso atraso. Ainda mais quando a lucidez vem acompanhada de um profundo conhecimento de causa. De tanto ver a mediocridade grassar entre os dirigentes ( ou pretendentes a dirigir o país), ouvir uma palestra do ex-consultor do Senado é melodia aos nossos ouvidos.
A entrevista no YouTube — “Como ideias dos anos 40 empobrecem o Brasil “ — do professor Marcos Mendes é imperdível para quem não quer perder-se entre tantas ideias equivocadas que circulam no nosso meio intelectual e político. O entrevistado com a serenidade dos sábios, sem a mínima empáfia, discorre sobre os nossos desafios ao desenvolvimento: o governo hipertrofiado, a burocracia irracional, as distorções de toda ordem — que criam subsídios que exigem outros subsídios para corrigir as disfunções…que pedem outros subsídios sem fim.
País é viciado em subsídios
Autor de inúmeros artigos e alguns livros, professor do Insper e consultor licenciado do Senado, o economista Marcos Mendes é um estudioso. É daqueles que vai ao âmago das questões para tirar as melhores conclusões. Ler e ouvir o professor Marcos, principalmente sabendo que ele é ouvido por políticos, é motivo de esperança. Esperança de que em algum momento (talvez em uma crise ) as suas ideias serão praticadas para tirar o país do triste caminho que vem trilhando.
Entre as suas boas conclusões está a de considerar o país viciado em subsídios e de que a seguir na atual trajetória de acreditar que “ gasto é vida” , prevê Marcos, estarmos caminhando novamente para uma aceleração inflacionária.
Melhor do que palavras é assistir, no YouTube — Como ideias dos anos 40 ainda empobrecem o Brasil e outras entrevistas do professor Marcos Mendes. Certamente ouvir uma voz tão abalizada vai servir como vacina contra o discurso populista dos atuais governantes.

Quando a propriedade privada for sagrada e os bens tiverem donos inquestionáveis, não seremos como os países socialistas — uma espécie em extinção

Parte do petróleo já vem sendo pago com moeda russa e chinesa. O yuan chinês já é hoje a terceira força monetária

A aposta de que as exuberantes reservas cambiais do Tesouro são uma âncora a assegurar a confiança dos mercados é uma quimera

Um policial me parou, exercitando a sua autoridade. Então, mansamente, fiz o que ele mandou — mesmo na condição de idoso que oferece qualquer perigo

Humanidade superou a estagnação ao melhorar a produtividade, o que permitiu transferir trabalhadores da agricultura e do trabalho braçal repetitivo para outras

Que tal apostar num mundo menor? O decréscimo populacional pode exorcizar os demais fantasmas? “Smal is beautiful”

Ignorar o livro “Alerta Vermelho”, de Bill Browder, é desconhecer a história dos primeiros anos do capitalismo russo e a negativa cultura que ficou após o final do comunismo