Por Herbert Moraes
No domingo passado, dezenas de jovens, voluntários do mundo inteiro, se reuniram no centro cultural de Amara, em Suruc na Turquia, bem na divisa com a Síria, para discutir como ajudar na reconstrução da cidade de Kobani, a dez quilômetros dali. Kobani, que durante anos esteve sob controle Curdo, foi capturada temporariamente pelo Estado Islâmico em janeiro desse ano. Os jihadistas foram expulsos com a ajuda bombardeios de forças aliadas que são lideradas pelos Estado Unidos. Mas o custo foi muito alto. Toda cidade foi destruída. O centro cultural de Suruc, devido à proximidade com a fronteira síria, acabou virando também um ponto de apoio para jornalistas e delegações de voluntários e visitantes que buscam ali informações sobre a situação na guerra civil no país vizinho. Até que uma grande explosão mudou todo o cenário. Uma mulher-bomba se explodiiu dentro do auditório. Resultado da tragédia: 32 mortos, pelo menos 100 feridos. Na mesma hora, em Kobani, a dez minuos dali, outra explosão matou três pessoas. Segundo os serviços de inteligência turco, a ação do Estado Islâmico veio como mensagem de que a batalha por Kobani ainda não terminou, mesmo agora, com a presença de forças curdas que ocupam praticamente toda a cidade. E mais, com ataque o Estado Islâmico quis deixar bem claro que a Turquia não está imune de suas ações terroristas. A Turquia, que os Estados Unidos e países europeus aucsam de facilitar a passagem de radicais islamitas por suas fronteiras em direção à Siria, até a semana passada ainda não tinha sentido na carne o horror de um atentado terrorista de tal proporção. O país já passou momentos turbulentos regados a ataques explosivos, mas com um inimigo íntimo: o PKK, o partido trabalhista curdo que luta pela independência de seu território há anos. Se até a semana passada a maior preocupação da Turquia era o terrorismo curdo, agora tudo mudou. O país, que se achava intocável por facilitar a passagem de jihadistas por suas fronteiras para se juntarem à organização criminosa que ocupa parte da Síria e do Iraque, percebeu que também está se tornando uma área de combate para o Estado Islâmico e por isso terá que mudar sua estratégia. A coalizão dos turcos com os sauditas deverá ser fortalecida. E a cooperação com os Estados Unidos também deve aumentar. Os americanos querem permissão para instalação de uma base aérea em território turco que vai facilitar os ataques contra o ISIS. Pra complicar ainda mais, os turcos ainda não sabem se apoiam ou não o fortalecimento das milicias curdas, que lutam contra o Estado Islamico. O governo sabe que depois do ISIS, os curdos vão continuar a luta pela independência. só que muito mais fortes e organizados. A Turquia está de mãos atadas, não só militarmente mas também na política. A guerra na Síria e a luta contra o Estado Islâmico vai muito além da fronteira. O país está divido, mas o próximo governo sabe que assim que eleito terá que definir se a Turquia entra ou não pra valer na guerra contra o Estado Islâmico.

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