Por Gustavo Soares

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A BaianaSystem acaba de lançar O Mundo Dá Voltas, seu quinto álbum de estúdio, consolidando ainda mais a sua identidade musical que mescla elementos da cultura africana, caribenha e lusófona com as raízes soteropolitanas. O disco, que chegou ao público em 16 de janeiro, foi produzido por Daniel Ganjaman e tem a direção musical do vocalista Russo Passapusso.
Durante os últimos três anos de trabalho, a banda mergulhou em questões sociais e culturais que envolvem os povos negros e indígenas do Brasil, do Caribe e da diáspora africana, sem perder sua conexão com Salvador, sua cidade natal, e o som pulsante que a define.
O álbum se destaca por uma sonoridade mais lenta em algumas faixas, mas sempre com a energia vibrante que caracteriza a BaianaSystem. A faixa de abertura, Batukerê, mistura samba e ijexá, reverberando a ancestralidade afro-brasileira, e traz as participações de Dino D'Santiago e Kalaf Epalanga.
Este é o ponto de partida para um álbum coeso, onde a banda segue explorando ritmos e melodias do Brasil e de outros países com uma forte carga de reflexão sobre a identidade e as dificuldades enfrentadas pelos povos marginalizados. A letra de Porta-retrato da família brasileira, por exemplo, faz referência ao termo Améfrica Ladina, que remete à luta diária pela sobrevivência, destacando a realidade de um povo que constantemente remonta a sua história por meio da resistência e da busca por melhores condições de vida.
Em termos de participações especiais, O Mundo Dá Voltas é um verdadeiro mosaico de colaborações. Em A Laje, a BaianaSystem se une ao rapper Emicida e à jovem Melly, trazendo um mix de rap e música popular brasileira, com uma forte pegada de protesto social.

A parceria com Emicida, que é um dos maiores nomes do rap brasileiro, dialoga com o conteúdo político do álbum, enquanto Melly, revelação baiana, acrescenta seu talento vocal, trazendo uma energia renovadora ao som da banda. Já em Magnata, a BaianaSystem se aprofunda no raggamuffin’, com participação do rapper Vandal, outro talento soteropolitano que imprime sua identidade na música.
A presença de Gilberto Gil e Lourimbau em Pote D’Água é uma homenagem à força da terra e à cultura baiana, unindo a sabedoria de Gil com a ancestralidade do berimbau tocado por Lourimbau. A música traz uma aura de celebração das raízes culturais de Salvador, fazendo o disco transitar entre a modernidade e a tradição.
Outro momento marcante é a colaboração com Anitta em Balacobaco, uma faixa com uma sonoridade pulsante e uma pegada mais eletrônica, que também conta com a atriz Alice Carvalho. Este encontro entre a BaianaSystem e Anitta, uma das artistas mais relevantes da música pop brasileira, mostra a versatilidade da banda em integrar diferentes estilos e artistas ao seu universo sonoro.
O álbum também se aprofunda na musicalidade amazônica com a faixa instrumental Palheiro, criada pelo guitarrista paraense Manoel Cordeiro em parceria com o guitarrista da BaianaSystem, Roberto Barreto. Esta faixa instrumental traz uma reflexão sobre a diversidade musical do Brasil, ampliando o horizonte sonoro da banda e evidenciando a riqueza cultural da região Norte do país.
Por fim, o álbum se encerra com Ogun Nilê, uma oração que dialoga com a ancestralidade e a fé de Salvador, tema recorrente na obra da BaianaSystem. A faixa também faz referência a orixás e à religiosidade afro-brasileira, destacando a força espiritual presente na cidade e no imaginário coletivo da população baiana. O trabalho finaliza o álbum de forma intensa, com uma conexão profunda com a terra, a cultura e a identidade da BaianaSystem.
Com O Mundo Dá Voltas, a BaianaSystem reafirma seu compromisso com a música como uma ferramenta de reflexão social e de celebração das culturas afro-brasileira, caribenha e africana, ao mesmo tempo em que se conecta com novas sonoridades e colaborações. O álbum não só mantém a essência da banda, como também expande seu alcance e diálogo com diferentes estilos e realidades, trazendo para o público uma obra rica, diversa e cheia de potência.
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