Por Euler de França Belém
O PHS comemorou sua maioridade — 18 anos — com uma grande festa na sexta-feira, 20, em Brasília. Nas conversas com aliados, o presidente nacional do PHS, Eduardo Machado, frisou que o partido deve lançar candidato a prefeito nas capitais do país. Será sua política oficial. O ex-vereador Marcelo Augusto, que pretende disputar a Prefeitura de Goiânia, estava presente e não parou de rir.
Curiosidade: o PHS de São Paulo tem uma deputada federal, Clélia Gomes, que é umbandista. A parlamentar é apontada como atuante pela cúpula do PHS. “É uma ótima deputada”, garante o presidente nacional do partido, Eduardo Machado.
Leandro Sena deve deixar o PHS com o objetivo de criar um novo partido. Político articulado, o único problema de Leandro Sena é que não para em nenhum partido. Se continuar assim, não firma uma imagem de seriedade. Como não dará tempo de registrar o partido até setembro deste ano, Leandro Sena deve ser candidato a vereador, em Goiânia, pelo PHS.
Deputados federais goianos se reuniram, na semana passada, em Brasília, sem a presença do colega Giuseppe Vecci. Motivo alegado por um deputado: “Vecci se comporta não como colega, e sim como ‘patrão’ dos deputados”.
O deputado federal Daniel Vilela fez uma visita à senadora Lúcia Vânia e convidou-a se filiar ao PMDB. A tucana não respondeu positivamente. Mas admitiu aos seus interlocutores que vai mesmo deixar o PSDB — cuja cúpula nacional a boicota sistematicamente. Daniel Vilela confidenciou a um aliado que é amigo do deputado federal Marcos Abrão, sobrinho de Lúcia Vânia. Lúcia Vânia vai mesmo sair do PSDB. Só não sabe se vai para o PPS ou para o PSB
A senadora Lúcia Vânia (PSDB) não sabe ainda se vai se filiar ao PPS, partido liderado em Goiás por sobrinho, o deputado federal Marcos Abrão, ou ao PSB, liderado por Vanderlan Cardoso.
Vanderlan Cardoso teria dito que abre mão até da presidência do PSB para conquistar o apoio da senadora Lúcia Vânia. A senadora tem apreço pelo empresário, que avalia como sério. O líder do PSB também admira a tucana e acha que está mal aproveitada no PSDB.
O empresário Victor Priori (PSDB) confidenciou a um aliado do governador Marconi Perillo que, em 2016, se disputar a Prefeitura de Jataí, quer fazer campanha profissional, sem uma gota de amadorismo. Um bom sinal seria Victor Priori contratar um marqueteiro como Marcus Vinicius Queiroz, que derrotou o marketing de Duda Mendonça na Colômbia, ou Paulo de Tarso (o que fez a campanha do governador Marconi Perillo). Porém, se avaliar que basta ter dinheiro — usado sem criatividade é puro desperdício —, Victor Priori vai perder mais uma eleição. Leandro Vilela, o candidato do PMDB, se for vitorioso, aposenta o empresário politicamente.

Com Tancredo Neves internado em São Paulo, no Incor, Gastão Neves, seu sobrinho, foi convocado por Francisco Neves Dornelles para uma missão, digamos, do “além”. “Um monge exorcista do interior de Goiás, amigo de Antônia, a secretária de Tancredo, pretendia fazer orações no apartamento que Tancredo ocupara em Brasília durante a campanha, na quadra 206 Sul”, relata José Augusto Ribeiro na biografia “Tancredo Neves — A Noite do Destino” (Record, 866 páginas). O presidente e sua mulher, Risoleta, eram católicos e o religioso só teve autorização para o exorcismo porque pertencia à Igreja Católica.
Ribeiro conta que “o monge fez as orações, mas parecia obcecado com um dos quartos e uma das camas do apartamento. Afinal fixou-se num travesseiro, cujas costuras foram rompidas e do qual ele retirou um pequeno boneco de cera, menor que o tamanho da mão de uma pessoa adulta. O boneco estava todo espetado, não com alfinetes ou pregos, mas com lascas de bambu”. O religioso ficou perturbado com a descoberta. “Ele dizia que tinham preparado três bonecos desses contra Tancredo e agora seria preciso descobrir os outros dois.”
Alguns dias depois, o monge descobriu na casa da Granja do Riacho Fundo, “para onde Tancredo se mudara depois de eleito, um segundo boneco espetado de lascas de bambu”.
O monge avaliou que o terceiro boneco poderia estar na UTI onde Tancredo Neves estava internado. Porém, como havia outros “salvadores” mais renomados, o religioso católico não conseguiu acesso ao Incor. O boneco, espetado ou não, não foi descoberto. A busca do vudu acabou esquecida. “A UTI vivia assediada por pessoas que queriam salvar Tancredo por meios sobrenaturais — caso do místico Thomas Green Morton, que tornara famosa a saudação ou mantra ‘Rá!’, e do padre Quevedo, um especialista católico em questões de parapsicologia.”
Com o monge esquecido, e com Green Morton e o padre Quevedo afastados, surgiu a vidente Alberice Cruz dos Campos Braga. Ela teve a mesma intuição do monge de Goiás. O “Jornal do Brasil” relatou a história, anos mais tarde: “Abril de 1985. Tancredo vive sua dolorosa agonia. O país todo acompanha pelo rádio e pela TV, hora a hora, quase minuto a minuto, a evolução da doença. Grupos nervosos se formam em todas as cidades e discutem os aspectos mais diversos do caso. No Recife, num desses grupos, uma vidente explica a amigos que a doença de Tancredo é mais do que um fenômeno natural: é consequência de um caso de bruxaria — afirma com grave convicção.
“Como não se trata de uma vidente qualquer, mas de pessoa altamente conceituada entre os que acreditam em experiências místicas, sua convicção, sua certeza impressionam. Começa aí uma corrida que vai acabar no dia seguinte, a 2.724 quilômetros de distância, na Granja do Riacho Fundo, em Brasília, onde Tancredo morou, antes da posse que não houve. Corrida que, para se concretizar, envolveu um ministro de Estado (Fernando Lyra, da Justiça), seu chefe de gabinete e futuro reitor da Universidade de Brasília (Cristovam Buarque), o procurador-geral da República (Sepúlveda Pertence), o presidente da Fundação Petrônio Portella (D’Alembert Jaccoud), a Polícia Federal e o Exército. E terminou, nos jardins do Riacho Fundo, quando se achou — e isso é que impressiona — toda a parafernália da bruxaria em local indicado sem hesitação pela vidente que viajara de tão longe.”
O material da bruxaria “compunha-se de charutos, cabaças, velas amarelas, pretas, vermelhas e roxas, enxofre e cabelos de defuntos”. Alberice Cruz disse que era “uma coisa terrível”. Ribeiro conta que “a vidente, ao ver tudo desenterrado, sentiu ‘um frio na espinha e uma catinga de enxofre e chifre queimado’”.
Depois de contar a história da vidente, Ribeiro frisa que “um adepto verdadeiro da bruxaria ou da magia negra, que odiasse Tancredo Neves a esse ponto ou que tivesse sido contratado para tal trabalho, não teria acesso aos jardins do Riacho Fundo pelo tempo necessário para escavá-los, enterrar aquela coisa toda e refazer a superfície do gramado. Se tal raciocínio for aceito, a explicação que decorre imediatamente dele é que se tratava de uma falsa bruxaria, de uma falsa ação de magia negra — uma simulação produzida pelos mesmos agentes dos grupos radicais dos órgãos de segurança que antes haviam produzido episódios como o do pistoleiro boliviano de Goiânia, o caixote de cocos entregue na porta do avião de Tancredo em São Paulo, a tomada desplugada no avião em que viajaria o general Lêonidas e os bonequinhos espetados de lascas de bambu, um no apartamento onde Tancredo morara até a eleição e outro na Granja do Riacho Fundo, para onde ele se mudara depois de eleito”.
Qual era o objetivo? “Intimidar e chantagear, pela demonstração da vulnerabilidade, primeiro, do candidato e, depois, do próprio presidente eleito”, escreve Ribeiro.
Tancredo não foi assassinado. A Comissão de Sindicância do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo concluiu que Tancredo não foi envenenado. O presidente morreu provavelmente devido a erros médicos. No dia da primeira cirurgia, o principal cirurgião havia esquecidos os óculos em sua casa. Um grupo de médicos ficou no subsolo do Hospital de Base de Brasília e um grupo ficou noutra área, o que provocou discussão. Antes, fizeram um diagnóstico errado, avaliando que o político de 75 anos tinha apendicite, quando era um tumor benigno, um leiomioma. A cirurgia foi feita de maneira errada. O clima de mistério sobre a morte do político que “derrotou” a ditadura civil-militar beneficia sobretudo os médicos que o operaram. “O Caso Tancredo Neves — O Paciente” (Cultura, 381 páginas), de Luís Mir, historiador e especialista em atendimento médico do trauma, não contém uma linha de sensacionalismo, mas deixa muito mal os médicos que “cuidaram” do paciente.
Percebo jornalistas alvoroçados nas redes sociais porque o PSDB começa a ser citado por operadores da corrupção na Petrobrás. Diz-se, comumente: “O PT quer desviar o foco”. É um equívoco. É preciso verificar a corrupção de integrantes do PT, do PMDB, do PP, mas também a do PSDB.
Ao contrário dos outros três partidos, o PSDB é o sr. da pureza? Não é, possivelmente. Não é crível que o PT tenha inventado todo o processo de corrupção na Petrobrás. É provável que, antes, existia um esquema corrupto. Tudo indica que o PT, com seus aliados, apenas o potencializou, e de maneira “extraordinária”, é certo.
A Setal Engenharia e Construções e o executivo Augusto Mendonça, ex-dirigente da Toyo Setal, admitiram que o cartel para participar de licitações na Petrobrás funcionava “desde o final dos anos 1990” (segundo texto do “Estadão”).
Noutras palavras, o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso — o que não quer dizer que o tucano esteja envolvido — também é suspeito de participação nas falcatruas investigadas pela Operação Lavajato.

A colunista Dora Kramer, do “Estadão”, ficou conhecida por cobrar transparência de políticos. Recentemente, pediu licença do jornal, mas sem esclarecer seus motivos. Daí começaram as especulações. Há várias versões.
Primeiro, estaria enciumada com a chegada de Eliane Cantanhêde, que, de fato, tem feito análises precisas do quadro político nacional. Ressalve-se que os estilos são diferentes e o jornal poderia agasalhar as opiniões das duas colunistas sem nenhum problema. Segundo, estaria com problemas de saúde — o que ela nem o jornal confirmam. Terceiro, teria rejeitado uma proposta para escrever apenas nos fins de semana. Hipótese também não confirmada. Quarto, sua cabeça teria sido pedida pelo governo petista. Hipótese implausível, porque “O Estado de S. Paulo” tem se comportado de maneira crítica, em bloco, em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff, do PT.
O que está acontecendo de fato não se sabe, pois Dora Kramer, rainha da transparência, nada diz, contrariando seus notáveis comentários.
A repórter Carol Pires está escrevendo um perfil do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para a revista “Piauí”. Como o perfil não será laudatório, por isso não o ajudará no contencioso com o governo da presidente Dilma Rousseff e com a Procuradoria Geral da República, Eduardo Cunha não se interessou em conversar com a jornalista. Porém, como é uma repórter notável e, como Gay Talese, não desiste ante a primeira barreira, Carol Pires ouviu adversários e aliados de Eduardo Cunha e certamente escreverá um perfil preciso do Ulysses Guimarães da savana ou do deserto.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é uma espécie de trator político. Acossado, reage batendo. Entrevistado pelo jornalista Mario Sergio Conti, do programa “Diálogos”, na GloboNews, o peemedebista adotou um estilo agressivo, levemente ameaçador, mas não deu certo. Mario Sergio Conti, ex-editor da revista “Veja” e da revista “Piauí”, além de tradutor de Marcel Proust, comportou-se de maneira tranquila, sem nenhuma agressividade, e não permitiu que Eduardo Cunha se comportasse como se estivesse admoestando um deputado novato na Câmara dos Deputados. Fez as perguntas apropriadas e praticamente obrigou Eduardo Cunha a dizer mais do que estava disposto. Eduardo Cunha sustenta que não faz oposição à presidente Dilma Rousseff. De fato, não faz, pois não quer romper. O que o deputado e seus principais aliados, como o mais hábil Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros, querem é outra coisa: subordinar o frágil governo da petista-chefe. Não querem romper, porque não sabem sobreviver na oposição. São homens do poder, quer dizer, nasceram para viver grudados nos que estão no poder.
Alberto Dines Quatro circunstâncias foram decisivas para convencer a equipe do programa de TV do Observatório da Imprensa a pautar o Caso SwissLeaks na edição levada ao ar na terça-feira (10/3, remissão abaixo): [relacionadas artigos="31252, 31255 "] 1. O enorme interesse suscitado pelo megavazamento na imprensa internacional, sobretudo europeia, e a decisão do Comitê de Redação do prestigioso Le Monde de publicar a lista de todos os correntistas, a despeito do veto simbólico dos acionistas majoritários. 2. A visível hesitação da grande mídia brasileira em entrar com vontade no assunto apesar de sua evidente importância. 3. O ineditismo dos procedimentos adotados pelos detentores da lista (Le Monde) entregando-a ao Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), entidade formada por 185 repórteres investigativos em 65 países, desde que cada nome fosse previamente investigado pelas seções nacionais a fim de evitar equívocos e injustiças. A decisão contrariava frontalmente a práxis vigente em nossos jornais de reproduzir integralmente – sem qualquer averiguação preliminar – as denúncias secretas que chegavam às redações com dossiês, vídeos, cassetes e fitas. O fenômeno levou este observador, em fins dos anos 1990, a batizá-lo como “jornalismo fiteiro” – em que o repórter é apenas um intermediário passivo. 4. Ao saber que o jornalista Fernando Rodrigues, ex-colunista da Folha de S.Paulo, responsável por um blog no portal UOL e um dos mais empenhados criadores da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) fora escolhido pelo ICIJ para coordenar a operação brasileira, a produção do programa prontamente assegurou a sua participação e, logo em seguida, a da ombudsman da Folha, Vera Guimarães Martins, que já tratara do assunto em coluna recente (em 1/3, ver “Teoria conspiratória nº 8.667”). Garantidas as participações em Brasília (FR) e São Paulo (VGM), faltava ao time um debatedor carioca, vaga logo preenchida quando a produção foi informada que o repórter investigativo do Globo Chico Otávio, profissional premiado e participante habitual do programa, acabara de ser convidado pelo ICIJ para participar da rede de investigadores.
Primado da independência
O programa foi exibido na terça-feira (10/3) e tratou principalmente das questões centrais: o prudente procedimento adotado pelo consórcio detentor da megalista, contrariando a velha rotina do “jornalismo fiteiro” adotada arbitrariamente pelos porteiros de nossas redações ao publicar denúncias sem um mínimo de investigação prévia. A outra questão atendia às insistentes reclamações de outros profissionais independentes, principalmente blogueiros, que consideravam injusta a exclusividade concedida aos dois conhecidos jornalistas. Queriam a socialização do “furo”. Quatro dias depois (sábado, 14/3), o Globo publicou com grande destaque na capa e página inteira do primeiro caderno a lista dos 22 empresários de mídia, herdeiros e cônjuges que mantêm ou mantiveram contas numeradas no HSBC suíço, além de sete jornalistas. Entre estes, e apresentados como “Família Dines”, os quatro filhos deste observador residentes no exterior há três décadas (menos um), sem contas bancárias no país, sem rendimentos locais. Classificados honrosamente como “jornalistas independentes”, apenas dois são formados em jornalismo, porém afastados da profissão há pelo menos 15 anos. [Veja abaixo a íntegra da contestação deste observador publicada neste OIna noite do mesmo sábado.] Até o momento o Globo não se retratou, achou perfeitamente válido o seu aberrante código de ética e seus critérios editoriais exibidos com tanta desfaçatez. No entanto, passada uma semana do programa, seu editor-responsável e apresentador assume um grave erro: escapou do debate um dado crucial – o quadro de associados do ICIJ é restrito a JORNALISTAS, não está aberto a JORNAIS, empresas com seus interesses nem sempre os mais nobres. E o que aconteceu naquele sábado foi uma clara intervenção da direção do jornal O Globo no trabalho do seu veterano repórter Chico Otávio. Ele, sim, jornalista independente, sem aspas. A matéria foi editada e manipulada por ordem do “aquário”. Isto salta à vista quando se compara o estilo narrativo do repórter – incisivo, factual, claro – com a montagem infanto-juvenil no estilo de infográfico publicada no sábado. Chico Otávio é professor de jornalismo na PUC-Rio, repórter puro-sangue, seus chefes/editores não têm o direito de macular seu currículo utilizando um autêntico jornalismo marrom no estilo da revista Escândalo, denunciada pelo falecido Diário da Noite (Rio) e fechada pela polícia em 1963. Além da desobediência à cláusula pétrea do Consórcio Internacional de JORNALISTAS Investigativos, configura-se outra transgressão: o sistema de pool empresarial é antijornalístico, inconfundivelmente monopolista e corporativista. Os jornalistas associados ao ICIJ têm o direito de compartilhar informações, as empresas nas quais trabalham (ou das quais são parceiros), não podem fazer jogadas combinadas. Isso é lobismo. Prova: na sexta-feira (13/3), véspera da patifaria, o Globo revelou em manchete que o crime organizado e a contravenção tinham dinheiro na Suíça (págs. 3 e 4). A matéria é vintage Chico Otávio. A Folha não a reproduziu. Mas reproduziu secamente, à sua maneira, no dia seguinte, as informações sobre contas de empresários, cônjuges, herdeiros de grupos de comunicação e jornalistas (sem citá-los, caderno “Mercado”). Está evidente que houve uma combinação entre os jornais para explorar o mesmo tema simultaneamente. Embora Fernando Rodrigues tenha nomeado em seu blog os mesmos não-jornalistas, evitou inferências infames a respeito dos sobrenomes. O Brasil tem o dom de avacalhar tudo. Inclusive um magnifico exemplo de cooperação jornalística internacional. O ICIJ vai ser informado. Jornalismo investigativo deve ser obrigatoriamente independente. Se não é independente não pode ser plenamente investigativo.O UOL e “O Globo” publicaram os vazamentos do SwissLeaks sobre os brasileiros que têm ou tiveram contas no HSBC na Suíça (ressalve-se que ter contas no exterior não é crime, desde que estejam declaradas à Receita Federal e notificadas ao Banco Central). São pelo menos 22 empresários e sete jornalistas. Mona Dorff nega ter conta no HSBC. Alguns já morreram. [relacionadas artigos=" 31252, 31253 "] Alexandre Dines — Filho do jornalista Alberto Dines; Aloysio de Andrade Faria — Grupo Alfa (Rede Transamérica); Anna Bentes — Foi casada com Adolpho Bloch (1908-1995), fundador do antigo Grupo Manchete; Arnaldo Bloch — Jornalista de “O Globo”; Arnaldo Dines — Filho de Alberto Dines; Carlos Cadeira Filho (falecido em 1993) — Grupo Folha; Debora Dines — Filha de Alberto Dines; Dorival Masci de Abreu (morto em 2004) — Foi proprietário da Rede CBS de rádios (Scalla, Tupi, Kiss e outras); Edson Queiroz Filho (falecido em 2008) — Grupo Edson Queiroz; Fernando João Pereira dos Santos — Grupo João Santos (TV e Rádio Tribuna — no Espírito Santo e em Pernambuco — e o jornal “A Tribuna”); João Jorge Saad (morto em 1999) — Fundador da Rede Bandeirantes; João Lydio Seiler Bettega — dono das rádios Curitiba e Ouro Verde FM, no Paraná; José Roberto Guzzo — Jornalista, diretor editorial da Editora Abril e colunista da revista “Veja”; Lenise Queiroz Rocha — Grupo Edson Queiroz (TV Verdes Mares e “Diário do Nordeste”; Liana Dines — Filha de Alberto Dines; Lily de Carvalho (morreu em 2011) — Viúva de Horácio de Carvalho (“Diário Carioca”) e de Roberto Marinho (Organizações Globo); Luiz Fernando Ferreira Levy — Foi proprietário do jornal “Gazeta Mercantil”; Luiz Fernando Luiz Vieira de Mello (falecido em 2001) — Ex-Rádio Jovem Pan; Luiz Frias — Presidente da Folha e CEO do UOL (conta encerrada em 1998); Maria Helena Saad Barros (falecida em 1996) — TV Bandeirantes; Mona Dorff — jornalista; Octavio Frias de Oliveira (morto em 2007 — Grupo Folha (edita a Folha de S. Paulo, UOL e Valor Econômico); Paula Frota Queiroz — Grupo Edson Queiroz; Ratinho (Carlos Roberto Massa) — Dono da Rede Massa (afiliada ao SBT no Paraná); Ricardo Saad — Filho de João Jorge Saad; Silvia Saad Jafet — Sobrinha de João Jorge Saad; Solange Martinez Massa — Mulher de Ratinho; Yolanda Vidal Queiroz — Grupo Edson Queiroz.