Resultados do marcador: Mudanças Climáticas

Encontramos 53 resultados
Mudanças climáticas
Quantidade total de gelo no planeta atingiu o menor nível, vídeo mostra comparação

De acordo com o estudo, a cobertura de gelo em fevereiro deste ano diminuiu mais de 2,5 milhões de quilômetros quadrados em relação à média antes de 2010

Faltou Dizer
O aumento das ondas de calor, as mudanças climáticas e a concentração de renda

Estudos indicam que o número de dias com ondas de calor no Brasil aumentou significativamente nos últimos 60 anos. Entre 1961 e 1990, registrava-se uma média de sete dias por ano com temperaturas extremas, enquanto no período de 2011 a 2020 esse número subiu para 52 dias. Outra pesquisa recente confirma essa tendência, apontando um crescimento progressivo na quantidade e intensidade das ondas de calor na região central da América do Sul. Em 2023, o Brasil enfrentou nove episódios, seguido de oito em 2024, e já nos dois primeiros meses de 2025, foram contabilizados três eventos, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A pesquisadora Renata Libonati, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, destaca que o calor é um desastre frequentemente negligenciado no Brasil e em outras regiões tropicais. Segundo ela, ao contrário de deslizamentos de terra e inundações, que possuem um impacto visual imediato, as ondas de calor não são percebidas como um desastre, apesar de seus efeitos devastadores na saúde pública. Libonati também alerta para a falsa crença de que habitantes de regiões tropicais estão acostumados ao calor e, portanto, imunes a seus efeitos adversos. Ela enfatiza a necessidade de ampliar a conscientização sobre os riscos associados a esse fenômeno.

A Europa começou a tratar o tema com mais seriedade a partir de 2003, quando uma onda de calor causou aproximadamente 70 mil mortes. Desde então, países europeus implementaram protocolos de enfrentamento, adaptações urbanas, medidas preventivas e alertas para a população. Em contrapartida, o Brasil ainda está atrasado na adoção de estratégias de mitigação, mesmo diante do impacto significativo das ondas de calor em termos de mortalidade e internações hospitalares.

Libonati é coautora de um estudo que analisou a relação entre ondas de calor e mortalidade em 14 das principais regiões metropolitanas do Brasil entre 2000 e 2018, abrangendo 35% da população do país. A pesquisa examinou mais de sete milhões de óbitos e identificou as principais causas de morte associadas às altas temperaturas, bem como os grupos mais vulneráveis.

O pesquisador Djacinto dos Santos, primeiro autor do estudo, explica que foram atribuídas aproximadamente 48 mil mortes à exposição prolongada ao calor excessivo nesse período. No entanto, esses óbitos não são oficialmente classificados como relacionados ao calor, pois as mortes geralmente decorrem de doenças cardiovasculares, respiratórias, renais e outras condições preexistentes agravadas pelo calor intenso. O número de mortes associadas às ondas de calor é 20 vezes maior do que o de óbitos causados por deslizamentos de terra no mesmo período.

A subnotificação é um dos grandes desafios quando se trata das ondas de calor como emergência de saúde pública. O sistema de saúde brasileiro possui um código internacional de doença (CID) específico para calor excessivo (X30 - Exposição a calor natural excessivo), mas apenas 50 óbitos foram oficialmente registrados com essa classificação em todo o país.

As consequências das altas temperaturas prolongadas incluem o agravamento de doenças cardiovasculares e respiratórias, além do aumento de casos de câncer de pele, doenças do sistema nervoso e geniturinário, transtornos mentais e metabólicos. Há também um risco maior de nascimentos prematuros. Além disso, a exposição prolongada ao calor pode levar à exaustão térmica, insolação, desidratação e queimaduras. Há ainda uma relação entre calor extremo e aumento da irritabilidade, o que pode resultar em maior incidência de acidentes de trânsito e violência.

Vulnerabilidade socioeconômica

O estudo também revelou que certos grupos populacionais são mais vulneráveis aos impactos das ondas de calor. Mulheres, idosos, pessoas negras e pardas, e aqueles com baixa escolaridade foram os mais afetados. Segundo Libonati, a maior vulnerabilidade desses grupos não se deve a fatores fisiológicos, mas sim a determinantes socioeconômicos.

Djacinto dos Santos destaca que, embora as ondas de calor atinjam todas as regiões do Brasil, seus impactos não são distribuídos de maneira equitativa. A capacidade de adaptação desempenha um papel crucial na proteção contra as temperaturas extremas.

Fatores como acesso a ar-condicionado, infraestrutura urbana adequada, áreas arborizadas e ventilação adequada são determinantes para mitigar os impactos das ondas de calor. Regiões marginalizadas, que possuem menos vegetação e condições precárias de habitação, sofrem mais com as temperaturas elevadas. Além disso, trabalhadores expostos ao ar livre, como garis e operários da construção civil, bem como aqueles que passam longas horas em transportes públicos sem climatização, estão entre os mais vulneráveis.

O reconhecimento das ondas de calor como um desastre climático e a adoção de medidas preventivas são essenciais para minimizar seus impactos na saúde pública e na sociedade como um todo.

Chuva forte derruba árvores e causa transtornos em Goiânia, veja vídeo

De acordo com informações do Cimehgo, existia a expectativa de chuvas de 10mm para a capital nesta quarta-feira, 5

Restrito
Saiba locais para não visitar em 2025, de acordo com guia

Alguns dos lugares mais visitados do mundo tem fechado suas portas para turistas por conta do impacto de sua presença. O guia de viagem Fodor divulgou, oficialmente, sua tradicional lista anual de destinos que turistas devem "evitar" em 2025.

Bali - Indonésia

Bali tem crescido de forma acelerada por se tratar de um destino turístico popular. Mas, esse crescimento, que causou a construção de grandes hotéis e megaestruturas turísticas, fez com que a paisagem natural do local fosse destruída.

Com uma economia dependente do turismo, autoridades tem dificuldades em manter o equilíbrio da ilha que, hoje, recebe cinco milhões de visitantes ao ano. Por conta disso, lixo em excesso que não é propriamente descartado, qualidade da água costeira caindo, aumento da poluição e do custo de vida tem se tornado um problema.

Barcelona - Espanha

As principais cidades turísticas da Espanha sofrem com a má vontade de seus residentes em relação a turistas. O excesso de pessoas visitando esses locais fez com que a população houvesse que conviver com transtornos em locais históricos.

Muitas pessoas nas ruas, aumento do custo de vida, infraestrutura incapaz de atender a todos e recursos naturais em escassez e risco de homogeneizar a cultura local são os principais motivos. Além de Barcelona, Maiorca e Ilhas Canárias integram a lista.

Veneza - Itália

A cidade, que é uma das mais icónicas da Itália, está sempre hiperlotada e, por conta disso, passou a cobrar uma espécie de pedágio de turistas e impos um limite ao número de novos visitantes diários. Mesmo com as medidas, moradores protestaram contra a presença de muitos visitantes.

Lisboa - Portugal

O custo de moradia insustentável para os moradores fez com que a população se revoltasse com o turismo. Segundo estimativa, 60% de todas as casas de Lisboa tenham sido utilizadas para aluguel por temporada, o que diminui a oferta de moradias permanentes e eleva o preço. A capital portuguesa perde 30% de seus moradores desde 2013. Por conta disso, turistas não são bem vistos na cidade.

Tóquio - Japão

Tóquio também sofre com os efeitos do excesso de turistas, que causou o aumento de preços de serviços para residentes, além da degradação de espaços tradicionais. Além da capital japonesa, Kyoto já tenta proteger seu patrimônio histórico. As cidades também sofrem com a falta de funcionários em serviços básicos como enfermagem, serviços de alimentação e construção civil.

Koh Samui - Tailândia

A ilha no Golfo da Tailândia atrai turistas aos seus resorts e villas de luxo. Porém, o interesse na ilha aumentou, ainda mais, após a série The White Lotus, que foi filmada na ilha. O aumento do tráfego causou o aumento de lixo, que já está além do limite do aterro local. Além disso, potenciais novas construções não regulamentadas para atender o fluxo de visitantes deve impor um impacto ambiental na ilha.

Leia também

Deportação: uma viagem indesejada

Meio Ambiente
5ª Conferência do Meio Ambiente de Goiânia discute soluções para enfrentar a crise climática na capital

A programação inclui uma dinâmica: após as discussões em grupo, os participantes apresentam até duas propostas por eixo temático na plenária final

Meio ambiente
Aquecimento global de 1,5°C em 2024 atinge limite crítico

Temperatura média global subiu 1,6°C em comparação aos níveis pré-industriais

Mudanças Climáticas
Alerta climático: 2024 se torna o ano mais quente da história do Brasil

Para efeito de comparação, o desvio médio de temperatura foi de 0,79°C, superando o recorde anterior de 2023, que registrou 0,69°C

temporal
Goiás pode ter tempestade com ventos de até 50 km/h nesta segunda-feira, diz previsão

CIMEHGO alerta para chuvas intensas e ventos fortes, com destaque para o centro-norte do estado

Levantamento
Estudo aponta que 85% dos clubes da Série A do Brasileirão enfrentam alto risco climático

Estudo identificou que todas as cidades-sede dos clubes da Série A possuem algum nível de risco de queimadas

Joe Biden chega ao Brasil para visita inédita à Amazônia

Biden fica cerca de quatro horas na capital amazonense. Assim que chegou, foi recebido pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (UB) e pelo cientista brasileiro, Carlos Nobre

Faltou Dizer
A redução do desmatamento na Mata Atlântica: progresso real ou um pequeno alívio temporário?

Fragmentada e vulnerável, a Mata Atlântica precisa mais de ações do que de promessas

MEIO AMBIENTE
COP29 começa nesta segunda-feira, 11, em Baku, Azerbaijão

COP29 foca em financiamento climático em meio a crises internacionais

Caos climático
Enchente deixa 72 mortos e rastro de destruição na Espanha; veja vídeos

O local mais impactado foi na região de Valência

Eventos climáticos
Nomes de furacões já foram escolhidos até 2029; veja a lista

Os nomes são criados com base nas línguas mais faladas nas regiões afetadas com maios frequência

O site do Jornal Opção usa cookies e tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência de navegação, assim como providenciar alguns recursos essenciais. Ao continuar em nosso site, você concorda com a nossa Política de Cookies, Privacidade e Termos de Uso.

Utilizamos cookies de acordo com nossas Políticas de Privacidade, ao continuar, você concorda com estas condições.