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De mal a pior

Que em 2016 a economia do Brasil vai continuar dando ré já está configurado. Falta definir o tamanho do novo tombo Afonso Lopes Em meados de 2011, com o real valorizado em relação ao dólar e com a economia europeia ain­da sofrendo os duríssimos feitos da cri­se de 2008, o Produto Interno Bru­to (PIB) do Brasil desbancou o Reino Unido, sob comando da Inglaterra, e fincou posição como sexta maior economia do planeta, atrás apenas de Estados Unidos, China, Japão, Ale­ma­nha e França. E as previsões mundiais eram de que os franceses também seriam ultrapassados em no má­ximo quatro anos, ou seja em 2015. Era um tempo de crescimento econômico moderado, sem ne­nhum exagero e dentro das perspectivas internas e externas. Aliás, a maior crítica era exatamente sobre o ritmo de crescimento, com alguns setores defendendo pé mais fundo no acelerador. Mas naquela época ninguém imaginava que estava em curso uma das maiores farsas da história do país. O crescimento do Brasil, embora real, passou a gerar gastos fora de controle nas máquinas administrativas federal e estaduais. Para manter as aparências, as autoridades econômicas abandonaram de vez a responsabilidade fiscal, e mantiveram um jogo de aparências onde se permitiu exageros de todas as formas possíveis. A guinada em direção ao abismo econômico foi iniciada em 2008, 2009 no segundo mandato do presidente Lula da Silva, e se acentuou ao extremo no primeiro mandato da presidente Dilma Roussef. A farsa econômica do crescimento irreal e sem lastro fiscal foi temporariamente ocultada em 2014, ano que terminou com o governo praticando as tais pedaladas fiscais. Em 2015, não teve mais jeito: a duríssima realidade dos gastos excessivos ao longo dos últimos anos bateu forte, fortíssimo. O PIB brasileiro mergulhou em recessão de quase 4%, e vai permanecer de ré também em 2016. Com muita boa vontade e otimismo, o Fundo Mo­netário Internacional (FMI), a mesma instituição que previa o PIB brasileiro como o quinto maior do mundo até 2015, já cravou seu palpite para este ano: recessão de 3%. Preços internacionais Entre as grandes economias do mundo, apenas Brasil e Rússia vivem reveses tão grandes e tão graves. A Rússia perdeu muito dinheiro com a crise política na Ucrânia, e ganhou como recompensa negativa a suspensão de muitos de seus negócios com seus parceiros europeus. Para completar, a economia russa tem como lastro vital o petróleo. Com o barril descendo de 100 dólares para os atuais 28 dólares, o baque é inevitável. O Brasil também sofreu um choque negativo para a sua economia em razão da queda dos preços das chamadas commodities, que for­mam a base de sua pauta ex­por­tadora, além de pagar um pre­ço extra por usar a diplomacia não co­mo um elo importante para o comércio, mas como um trampolim de quinta categoria para questões ideológicas. Assim, enquanto inú­meros países avançaram com acordos comerciais de interesse co­mum, a diplomacia brasileira se apequenou em acordos regionais com países governados por aliados dos governantes de Brasília. O que deveria ser uma política de partido se transformou em política de Estado. Para ajustar as contas do governo dentro de metas fiscais responsáveis, e inerentes e indispensáveis em qualquer economia nacional que se preze, o governo iniciou trajetória de correção dos desmandos iniciados em 2008/2009, mas talvez tenha errado na dose e até no remédio. Ao invés de cortar gastos na atividade meio, os cortes atingiram em cheio a atividade fim. A rede pública de saúde não consegue mais ao menos vacinar corretamente o público alvo, sejam crianças ou pessoas idosas. Ao mesmo tem­po em que se manteve praticamente intacta toda a mastodôntica máquina administrativa. Com muito custo, e muito mais como medida de marketing, diminuiu-se um pouco o número de ministérios. Do outro lado, como não conseguiu caber dentro da arrecadação, promoveu um arrocho nas alíquotas de impostos já escorchantes e elevou a taxa referencial de juros para segurar a inflação. Nada deu certo. Ao contrário. O aumento nas taxas de juros e a recomposição dos preços controlados, como energia elétrica e combustíveis, numa paulada só, brutalizou os efeitos da recessão, e nem o aumento das alíquotas dos impostos manteve a arrecadação em crescimento. A queda em 2015 foi superior a 5% em relação a 2014, o ano da Copa e seus estádios maravilhosamente caros. E o governo iniciou 2016 entoando um chororô pelo retorno da CPMF, a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, mas não fez qualquer citação de gastos da sua atividade meio que serão cortados. Sem o governo Dilma formular nenhuma solução, nenhuma meta, e diante de todas as previsões dos economistas, sabe-se que 2016 é, sim, mais um ano de muitas dificuldades. Resta saber somente se em 2017 vamos conseguir pelo menos empatar.

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