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DaiaPlam conta com 1,7 milhão de metros quadrados para receber empresas com condições facilitadas em região estratégica do país

Codego tem por obrigação legal fornecer água e esgoto para empresas que estão dentro dos limites do Daia

Investidores podem obter descontos de até 75% nas áreas destinadas a indústrias

Goiás receberá a primeira indústria de oxigênio do Centro-Oeste. A indústria ficará localizada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) e será um ponto estratégico para a distribuição do gás não só para Goiás mas para outros estados da região.
Ao Jornal Opção, o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel Sant’Anna Braga, informou que a importação de equipamentos já começou. "Os equipamentos importados já chegaram no Porto de Santos. Essa é a primeira fábrica no Centro-Oeste. Em Goiás temos a distribuição em Aparecida de Goiânia e, agora, uma fábrica está lotada no Daia onde a construção já foi aprovada pelo governador Ronaldo Caiado", disse.
Segundo o secretário, a contratação de empresas para realizar a construção já estão sendo feitas e devem começar pelos serviços de terraplanagem no local. "Fizemos orçamentos para contratar a empresa para fazer a terraplanagem. Além disso, para a construção de os equipamentos que estão vindo do exterior", explica.
Em julho, a empresa assinou uma indicação de área no Daia junto à Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego). A indústria buscava terreno com mais de 10 mil metros quadrados para se instalar em Anápolis. A área já foi oficialmente designada pela Codego e pelos representantes da empresa. A expectativa é a criação de mais de 40 empregos diretos com a chegada da IBG ao município.
Para o titular da SIC, a importância da construção não é apenas a geração de empregos, que não deve ser tanta, mas o ponto estratégico. "Tanto o nitrogênio quanto o oxigênio produzido sai de caminhão da região sudeste para abastecer hospitais de Goiás. Com a indústria, esses gases saíram de Anápolis que é muito mais próximo para atender mais de 30 hospitais entre Brasília e Goiânia", disse.
"Esses caminhões rodando traz poluição, custo operacional e custam tempo. Com isso você paga mais pelo metro cúbico de oxigênio por conta da distância do frete. Com a fábrica, o custo vai reduzir, empregos e impostos serão gerados. E essa fábrica conseguirá atender a demanda tanto de Goiás quanto de Brasília pois, caso haja aumento de demanda, essa indústria irá se expandindo com o tempo. Foi por isso que foi escolhida uma área maior", completou.
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De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta quinta-feira, 9, que o setor industrial goiano registrou um crescimento acumulado de 10,9% no primeiro trimestre deste ano. Esse índice é significativamente superior ao nacional para o mesmo período, que teve uma alta de apenas 1,9%. Em relação a março de 2023, o setor industrial goiano apresentou uma variação positiva de 7%, enquanto no Brasil houve um recuo de 2,8%.
Amaury M. Esberard, empresário em Anápolis e presidente do Conselho Empresarial para o DAIA (Consedaia), destaca o significativo crescimento da indústria goiana em 2024, conforme relatado pelo IBGE. As perspectivas para os próximos anos são positivas, com previsão de o PIB industrial do estado atingir R$ 18 bilhões em 2024. "A diversificação produtiva da indústria goiana é impulsionada por investimentos e programas governamentais, e a localização estratégica do estado no Centro-Oeste do Brasil a torna uma importante plataforma logística para o país", observa.
No entanto, Amaury pondera que a indústria goiana enfrenta desafios significativos que afetam diretamente seu crescimento e sustentabilidade no mercado global. "A necessidade crucial de inovação se destaca, com o objetivo de aumentar a eficiência e a qualidade dos produtos, mantendo a competitividade frente a concorrentes nacionais e internacionais", frisa.
Um desafio primordial, pontua o empresário, está na necessidade de infraestrutura moderna e na adoção de tecnologia de ponta, essenciais para o aprimoramento dos processos industriais. "Além disso, as empresas do estado precisam estabelecer parcerias estratégicas com outras empresas e o governo, acessando recursos e suporte técnico necessários para avanços significativos."
Para Amaury Esberard, além da transformação interna, a competitividade no cenário externo está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento sustentável e à adoção de práticas ambientais e socialmente responsáveis, garantindo conformidade com normativas internacionais e agregando valor aos produtos goianos no mercado externo.
Amaury destaca que, com o término programado dos incentivos fiscais nos próximos anos, espera-se que as empresas intensifiquem a busca por regiões que ofereçam não apenas infraestrutura robusta, mas também uma localização estratégica para facilitar o acesso aos principais mercados. Neste contexto, o estado de Goiás se destaca como uma opção promissora. "O estado já é reconhecido pelo contínuo crescimento de sua infraestrutura e pela posição geográfica vantajosa, que permite um alcance eficiente tanto no mercado interno quanto nos mercados internacionais adjacentes, já que tem acesso direto à Ferrovia Norte-Sul", destaca.
O empresário ressalta que a expansão do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIAPLAM) exemplifica o esforço do governo estadual em atrair novas empresas e promover o desenvolvimento industrial na região. "Essa iniciativa, juntamente com o moderno programa PRO-Goiás, reforçam a estratégia do estado em fortalecer sua posição como um polo industrial de destaque no Brasil, demonstrando um compromisso contínuo com a expansão e modernização do setor industrial goiano", reforça.
"As perspectivas para a indústria goiana nos próximos anos são otimistas, caracterizadas por um cenário de recuperação e expansão impulsionado por elementos estruturais e conjunturais. A expectativa para o período de 2023 a 2025 sugere que a indústria do estado passará por um processo de diversificação e expansão, com um crescimento econômico gradativo."
De acordo com o empresário, este cenário, aliado às estratégias estaduais e à localização estratégica do estado, promete consolidar Goiás como um importante centro industrial e logístico no Brasil, liderando em produção e inovação nacional. "O futuro da indústria goiana parece promissor, marcado por um crescimento sólido e sustentável, abrindo portas para investimentos e progresso industrial contínuo", conclui.
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O governo está comprometido em ampliar, modernizar e regularizar os terrenos no Distrito Agroindustrial de Anápolis, com o objetivo de acomodar cerca de 100 empresas novas e gerar 20 mil novas vagas de emprego

Pedro Sales é secretário de Estado da Infraestrutura de Goiás

Propósito é atender demandas, otimizar procedimentos e prestar suporte aos empresários e trabalhadores das indústrias locais. A ação inclui ainda a fiscalização das atividades no parque industrial

O objetivo é dar mais celeridade e eficiência ao trabalho da companhia no maior polo industrial de Goiás