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No dia 23, o PMDB vai renovar ou criar simultaneamente 90 diretórios municipais. A legenda vai receber ainda este mês a filiação de vários prefeitos como o de Rio Sono, por exemplo, que já está com ida certa para a sigla. É uma tentativa de apaziguar os entreveros entre as duas alas divergentes no partido.
O governo do Estado deve encaminhar ao Legislativo, antes do recesso parlamentar, um pacote de medidas saneadoras, com cortes de despesas, entre ouras ações. Pelo menos é o que esperam os deputados estaduais. O deputado Elenil da Penha (PMDB), por exemplo, entende que o governador Marcelo Miranda está ciente da situação e que vai mandar para a Assembleia as medidas com cortes de despesas. “Vamos conseguir enfrentar as adversidades e concluir nosso mandato com a percepção clara de que parte dos problemas foi solucionada”, sustentou o parlamentar peemedebista ao garantir que esse ano ainda a proposta do Executivo estará pronta para a sociedade. Para o deputado Eli Borges (Pros), o momento é de se fazer, com urgência, um pacto federativo. E disse que há muitas pessoas no Estado ganhando mais que o teto constitucional. “O bolo no Tocantins tem que ser melhor dividido”, defendeu o parlamentar evangélico. Para ele, o debate tem que ser profundo, amplo e com visão em todos os setores da sociedade. Na avaliação de Borges, o Tocantins tem que ser pensado pela sociedade em geral. “A coisa ficou tão grave que agora é hora de sentar à mesa, não apenas para discutir o varejo da situação. O Tocantins está na UTI e a dose tem que ser cavalar para tirá-lo desse estado; a solução não está no remendo e pano velho”, discursou. O pacote de medidas do governo com as medidas de contenção e demais ações ainda não foi encaminhado para a Assembleia Legislativa e é aguardado pelos deputados estaduais. Eduardo Siqueira (PTB) propôs um debate sobre a estrutura da administração e que os deputados questionem o custo de cada órgão do governo e, ainda, os motivos para que cada secretaria tenha sua estrutura mantida ou não. E defendeu a redução de secretarias, extinção de pastas e redução de despesas públicas.

[caption id="attachment_44745" align="alignright" width="620"] Vereador Lúcio Campelo: “A redução dos gastos públicos chega tarde, uma vez que o orçamento em algumas áreas já está comprometido | Divulgação[/caption]
No mesmo ritmo do governador Marcelo Miranda (PMDB), o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), promete fazer um ajuste em sua gestão, cortando gastos e demitindo servidores comissionados, dentre outras medidas que ele considera “duras e amargas”.
Garante que a do Programa de Qualidade nos Gastos Públicos vai melhorar a gestão das despesas municipais e assim não prejudicar, em nenhuma hipótese, o andamento das principais ações da gestão municipal, incluindo todos serviços prestados ao cidadão.
Alega que o programa é para adequar a realidade financeira do município, após a queda de transferência dos repasses federais e estadual que Palmas está enfrentando neste ano, em especial nos últimos meses.
O Programa de Qualidade nos Gastos Públicos foi implantado em todas as Secretarias, com a demonstração aos dirigentes de cada pasta como o dinheiro público pode ser melhor gerido para alcançar maiores níveis de produtividade, além de ser determinada a redução das despesas fixas com manutenção de serviços administrativos, energia, telefone, combustíveis, cópias, locação de veículos, etc.
Além disso, cada dirigente dos órgãos municipais está fazendo o levantamento da possibilidade de melhor aproveitamento de seu pessoal, com o aumento da eficiência da mão de obra alocada, dispensando-se cargos em comissão, contratos temporários e estagiários cujos serviços possam ser executados por outros servidores do mesmo setor ou até por outros setores da administração.
Também faz parte do programa a redução da despesa com remuneração dos cargos comissionados e secretários. “A redução da despesa de pessoal torna-se necessária em razão da queda da receita, para que o município cumpra os limites estabelecidos de despesas com pessoal, previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, argumenta o prefeito.
Para Carlos Amastha, o programa está sendo implantado na hora certa. “Ainda não temos a dimensão exata de como será a arrecadação municipal para o final deste exercício e para 2016, mas temos que tomar medidas duras e amargas para garantir a sustentabilidade do município de Palmas nestes tempos. Não podemos deixar Palmas sucumbir no futuro, pois temos projetos brilhantes, como o nosso BRT e o Programa Palmas Sustentável, do BID, que dependem da saúde financeira estável do Município para que sejam tocados adiante, pois podemos alocar mais de um bilhão de reais só nesses dois projetos”, afirma o prefeito.
Amastha garante que as medidas serão adotadas sem o aumento de tributos municipais e sem que os serviços de atendimento ao cidadão palmense sejam prejudicados. “O país atravessa um momento delicado e temos que nos adequar. Optamos por reduzir e otimizar gastos, melhorando a eficiência dos nossos serviços, sem repassar a conta para o contribuinte, que não aguenta mais tantos aumentos. Não vamos aumentar taxas, nem impostos. Vamos manter a eficiência do serviço prestado ao cidadão, mesmo cortando despesas e pessoal”, acrescenta o prefeito.
Só que no ano passado, Amastha majorou vertiginosamente a Planta de Valores para efeito de cobrança do IPTU, entre outras taxas, além de implantar o estacionamento rotativo. A arrecadação da prefeitura de Palmas gira, hoje, em torno de R$ 1 bilhão.
Suspensão de férias dos servidores
Por determinação do prefeito Amastha, as férias dos servidores municipais foram suspensas até janeiro de 2016, sob a alegação de que a decisão foi tomada para adequar o município à nova realidade financeira. A decisão levou o Sindicato dos Profissionais de Agentes de Saúde e Combate às Endemias do Tocantins (Sindacem) a divulgar uma nota de repúdio ao ato do prefeito.
Por intermédio do setor de comunicação da prefeitura, a medida visa garantir o pagamento do décimo terceiro salário do funcionalismo em dia, sem ultrapassar o limite prudencial regulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Para o Sindicato dos Profissionais de Agentes de Saúde e Combate às Endemias do Tocantins, a medida é uma “afronta aos direitos dos trabalhadores” que teria sido “orquestrada” pelo chefe do Executivo, Carlos Amastha (PSB). “O Sindacen atribui tal medida a incompetência administrativa do prefeito”, diz um trecho da nota.
Polêmica na Câmara de vereadores
O programa anticrise anunciado pela Prefeitura de Palmas centralizou os debates na sessão de terça-feira, 1º, na Câmara Municipal de Palmas. Na opinião do vereador Lúcio Campelo (PR), a redução dos gastos públicos chega tardiamente, uma vez que o orçamento em algumas áreas já está comprometido.
Campelo lembrou a recente demissão de mais de 300 trabalhadores da Secretaria de Infraestrutrura e Serviços Públicos e citou o exemplo da Escola Municipal Caroline Campelo onde, de acordo com o parlamentar, os recursos para merenda escolar são suficientes para atender apenas 900 alunos, sendo que o estabelecimento possui 1.300 matriculados.
Para Lúcio Campelo, faltou planejamento da gestão desde o primeiro ano de governo “para não comprometer o futuro da cidade”.
A opinião foi compartilhada pelo vereador Júnior Geo (PROS) que destacou que a arrecadação de Palmas aumentou cerca de 60% para o exercício de 2015. “O que ocorreu foi ausência de planejamento adequado”, classificou. Júnior Geo também afirmou ter constatado falta de repasses para merenda em outras unidades de ensino.
O presidente da Câmara, Rogério Freitas (PMDB) explicou que a contagem de alunos para definir o repasse da merenda escolar é feita no mês de agosto, estipulando a cota para o ano seguinte, período no qual a quantidade de alunos pode aumentar em relação ao ano anterior, provocando o déficit.

[caption id="attachment_44742" align="alignright" width="620"] Ministro Carlos Gabas foi chamado a Palmas para jogar luz sobre a situação do Igeprev. Governo federal detectou irregularidades no órgão | Divulgação[/caption]
O ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, deve ir a Palmas, possivelmente neste mês, para esclarecer com maiores detalhes a situação atual do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igreprev). Matéria nesse sentido foi apresentada pelo deputado estadual Ricardo Ayres (PSB), na semana que passou, em regime de urgência.
No último mês foi divulgado o Relatório de Irregularidade do Ministério da Previdência Social (MPS), que avaliou os repasses nos meses de maio e junho deste ano. A informação é de que o Igeprev teria deixado de receber cerca de R$ 40,7 milhões em contribuições patronais.
No período, o Igeprev divulgou nota afirmando que ouve um erro no repasse das informações ao MPS e que o déficit no repasse representava R$ 803 mil. Este montante seria exclusivamente oriundo do não repasse das contribuições patronais da Defensoria Pública, esclareceu o Igeprev à época.
Com suas contas em situação irregular Instituto pode levar o governo a deixar de obter o Certificado de Regularidade Previdenciária. “O certificado é necessário para o recebimento de transferências voluntárias de recursos da União”, esclarece Ayres no requerimento.
O plenário da Assembleia Legislativa aprovou nessa terça-feira, dia 02, em segundo turno o projeto do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE) que institui o Programa de Aposentadoria Incentivada (PAI). A medida pretende beneficiar os integrantes do quadro de servidores efetivos do Tribunal e visa a valorizar os membros e servidores do TCE com maior tempo de serviço. De acordo com a matéria, o PAI “pretende obter, em curto prazo, redução da despesa com a folha de pagamento e alcançar o equilíbrio das contas públicas no órgão”.
A partir do próximo dia 10, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) inicia o manejo e o monitoramento do período da desova dos quelônios. A ação será executada pelos técnicos do órgão da Área de Preservação Permanente (APA) do Cantão. O Projeto Quelônios será implementado no Rio Araguaia, nas praias do município de Araguacema. O biólogo do Naturatins Deny Cesar Moreira explicou que os técnicos passaram por capacitação realizada pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). “Foi necessário, pois vamos trabalhar com coleta de dados que depois será analisada cientificamente. Os resultados serão importantes para direcionar as nossas ações futuras”, informou Deny Moreira. O biólogo destacou que o projeto tem o cunho conservacionista das tartarugas-da-amazônia e tracajás. “As espécies são consideradas em situação de vulnerabilidade, por ser uma presa fácil. Temos que monitorar sempre para acompanhar o aumento ou a redução populacional delas”.
[caption id="attachment_44045" align="aligncenter" width="620"] Juiz José Ribamar Mendes Júnior, do TRE do Tocantins: não ficou provado que dinheiro foi para campanha de Marcelo Miranda[/caption]
Por três votos a dois, o TRE-TO julgou improcedentes as representações da coligação A Mudança que a Gente Vê, do ex-governador Sandoval Cardoso (SD), e do Ministério Público Eleitoral (MPE), que pedem a cassação do governador Marcelo Miranda (PMDB) e de sua vice Cláudia Lelis (PV), por conta do episódio do avião apreendido com dinheiro em Pirancajuba (GO), na campanha eleitoral do ano passado. O MPE pode recorrer da decisão junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo o relator do caso, juiz José Ribamar Mendes Júnior, os mais de R$ 1 milhão transferidos da conta de Lucas Marinho Araújo, um dos detidos em flagrante pela Polícia Civil de Goiás, tiveram como destino uma namorada de Douglas Schimitt (R$ 310 mil), que comprou um automóvel de luxo, R$ 288 mil para a empresa de Jorge Schineder (que comprovou uso em atividades agrícolas e compra de tratores) e R$ 400 mil para a Triple Construtora, que tem entre as sócias a mãe de Douglas.
Assim, para o relator, não ficou provado que os recursos apurados na investigação ministerial, os R$ 504 mil apreendidos no avião e os mais de R$ 1 milhão rastreados pela quebra de sigilo bancário, foram aportados ou direcionados para a campanha de Marcelo Miranda.
O juiz ressaltou que a Justiça Eleitoral não pode cassar o diploma de candidato “apenas com ilações”. Segundo o juiz, as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em casos assim, exigem “provas robustas e incontestes” para cassar o diploma.
“Notícia boa a gente tem que dar na hora. Acabamos de conquistar mais uma vitória, o TRE negou pedido de cassação” , disse o governador Marcelo Miranda durante reunião com o seu secretariado, para discutir sobre o PPA. “Quero dizer aos nossos adversários que esta é a resposta para os que queriam nossa renúncia: fui eleito pelo voto popular. Vamos trabalhar.”
O movimento apartidário denominado Frente Cidadã Por Palmas protocolou no Dia do Soldado (25 de agosto), na Câmara de de Vereadores e no gabinete do prefeito da capital, Carlos Amastha, a pauta de reivindicações que pede, entre outros, a redução salarial do prefeito e dos vereadores da cidade. O movimento contou com a presença do coordenador Antônio da Silveira, do presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Antonildo Alexandre, e o empresário Kleber do Paraíba. Entre as reivindicações estão: a proibição de vereador licenciar-se, redução dos subsídios do prefeito de R$ 19 mil para R$ 9 mil, dos vereadores de R$ 10 mil para R$ 5 mil, redução nas verbas mensais de gabinetes; equiparação do piso salarial dos professores até 2018 aos subsídios de vereadores e prefeito e redução da planta de valores do IPTU 2016.
A 4ª Conferências Estadual de Segurança Alimentar, que acontece nesta quinta e sexta-feira, dias 3 e 4 de setembro, tem como tema a “Comida de Verdade no Campo e na Cidade: Por Direitos e Soberania Alimentar”, aguarda a participação de mais de 500 pessoas entre delegados e convidados, e contará com o ato de posse dos novos membros da Câmara Intersecretarias de Segurança Alimentar (Caisan) e a assinatura do termo de adesão ao Sistema Nacional de Segurança Alimentar (Sisan) pelos municípios do Estado. De acordo com o presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar (Consea), Iramar Cardoso, o tema expressa o momento que vive o país e explica: “O Brasil saiu do mapa da fome, mas hoje nossa preocupação se volta para a qualidade da alimentação da nossa população. Pesquisas revelam de 52% dos brasileiros sofrem de obesidade. Precisamos produzir alimentos de verdade sem tantos agrotóxicos e com mais qualidade nutricional. Tudo isso envolve investimento em uma agricultura familiar e agroecológica”, afirmou. Outro foco da conferência é o fortalecimento do Sisan, um sistema que a exemplo da Saúde e Assistência Social visam universalizar o direito a alimentação adequada e estabelecer as responsabilidades dos governos nacional, estadual e municipal nesse processo. O governo do Estado trabalha para fortalecer a cada dia as ações voltadas para a segurança alimentar não só nos municípios, mas também nas comunidades quilombolas e indígenas, segundo explica a secretária Patrícia Amaral. “As ações conjuntas e políticas de segurança alimentar garantem o acesso à alimentação e que produtos de qualidade cheguem à mesa das famílias tocantinenses. Na Conferência vamos discutir o tema com a sociedade civil e levar as propostas para a discussão nacional”, disse.
O juiz substituto da 4ª Vara de Fazenda Pública de Palmas, Vandré Marques e Silva, condenou a J. Câmara & Irmãos, empresa do Grupo Jaime Câmara, o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (PTB), ex-secretário do Planejamento e da Modernização da Gestão Pública (Seplan), e a ex-secretária executiva da Seplan Vanda Paiva, na ação civil pública por improbidade administrativa, movida pelo Ministério Público Estadual (MPE), por causa do programa Agenda Tocantins, realizado em 2011. O governo Siqueira Campos (PSDB) contratou por R$ 2,2 milhões o “Jornal do Tocantins”, sem licitação, para executar o programa para a elaboração do Plano Plurianual (PPA) 2012-2015. A denúncia ao MPE foi feita na época pelo diretor executivo do Portal CT, jornalista Cleber Toledo. Numa decisão de 42 páginas, o juiz condenou a J. Câmara & Irmãos à multa civil de R$ 2 milhões “e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos”. Eduardo Siqueira Campos foi condenado a pagar multa civil de R$ 800 mil, “suspensão dos direitos políticos por oito anos e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos”. Vanda Paiva foi multada em R$ 400 mil, “perda da função pública e proibição de contratar com o Poder Público, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos”. Além disso, os três foram condenados, solidariamente, ao ressarcimento integral do dano, no valor de R$ 2,2 milhões, “a ser revertido em favor do Estado do Tocantins, acrescido de juros de 1% ao mês, a partir da última citação (21.08.2014) e correção monetária, a partir do ajuizamento da ação (02/05/2012), nos termos do art. 1º, § 2º da Lei 6899/1981”. O juiz ainda decretou a indisponibilidade de bens dos requeridos. “Tudo até a satisfação do montante devido a título de ressarcimento do dano e pagamento da multa civil”, sentenciou o magistrado.

[caption id="attachment_43442" align="aligncenter" width="620"] Presidente da Fieto, Roberto Pires: “Canal aberto com o governo do Estado é importante para a indústria”[/caption]
Durante encontro com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), Roberto Pires, na quarta-feira, 19, o governador Marcelo Miranda anunciou a intenção de criar um conselho consultivo que englobe representantes de diferentes setores ligados ao desenvolvimento do Estado. A iniciativa contou com o apoio do comandante da instituição.
A ideia é firmar parcerias, perspectivas e projetos para o desenvolvimento do setor industrial do Tocantins. O encontro foi na sede da Fieto, e o presidente Roberto Pires falou sobre a importância deste canal aberto com o governo do Estado. “É de extrema importância para a indústria do Tocantins este diálogo que mantemos com o governo do Estado para que as potencialidades e até mesmo as dificuldades do segmento sejam compartilhadas e, assim, as soluções sejam desenvolvidas de forma conjunta e satisfatória”, sustentou ele.
Balança comercial
Levantamento realizado pela Federação das Indústrias mostra que a balança comercial do Tocantins vem apresentando resultados positivos nos últimos anos. No primeiro semestre deste ano, o saldo foi superior em 77% se comparado com o mesmo período de 2014. O que contribuiu para isso foi o aumento de 30% nas exportações, mas também a redução de -46% nas importações.
Confirmando a vocação agrícola do Estado, 98% das exportações são de produtos básicos e apenas 2% de produtos industrializados. Oleaginosas/grãos (81%) e carnes e miudezas comestíveis (17%) são os dois principais produtos, sendo que o primeiro teve um aumento de 46% no valor exportado se comparado com o mesmo período de 2014.
No primeiro semestre de 2015, os principais destinos dos produtos tocantinenses foram a China (43%), Espanha (16%), Arábia Saudita (6%) e Rússia (5%). Em termos de bloco econômico o maior parceiro é a Ásia (51%), seguido da União Europeia (28%).
Já nas importações ocorre o inverso das exportações, apenas 2% dos produtos são básicos, enquanto 98% são de produtos industrializados. Desses, 10% são produtos semimanufaturados e 90% manufaturados. Mais de 63% dos produtos importados pelo Tocantins são originários da China (34%) e dos EUA (29%). O restante das importações tem origem em países da União Europeia e da Ásia.
Comparando os dados de 2015 e 2014, o Tocantins reduziu as importações dos produtos oriundos dos EUA (-72%), China (-28%) e Israel (-27). Entretanto, aumentou a importação de produtos do Peru (472%), especialmente devido a importação de fosfato de cálcio.

[caption id="attachment_43440" align="alignright" width="345"] Governos estadual e federal selam parceria em prol da saúde no TO[/caption]
Ao assinar o Termo de Execução do Educa Sanear, na semana que passou, o governador Marcelo Miranda comparou a importância da iniciativa da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS) ao Programa Governo Mais Perto de Você, desenvolvido na sua gestão anterior. O comparativo ocorreu durante o discurso, na solenidade em que estavam prefeitos de todas as regiões do Tocantins, deputados, secretários de Estado e também os presidentes da ATS, Eder Fernandes, e da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), Henrique Pires.
“O Educa Sanear é a ação concreta da coisa que mais prezo, que instituí neste Estado, que é o Governo Mais Perto de Você, mais perto da população, de poder levar a esses 80 municípios a possibilidade de transformar os jovens e agentes multiplicadores das práticas de saneamento ambiental”, afirmou o governador, destacando que ações simples podem sim ajudar a resolver uma série de problemas, sobretudo quando as atividades têm relação com a educação e com a saúde pública.
O programa terá investimentos de R$ 902.500,00 oriundos da Funasa, mais contrapartida de R$ 90.250,00 da ATS, e levará uma extensa programação a nove cidades-polo da Agência Tocantinense, com foco na saúde e educação ambiental. Segundo a ATS, inicialmente serão 7 mil pessoas contempladas, entretanto, com a participação dos multiplicadores das 80 cidades atendidas, será possível chegar a um número muito maior e a um resultado bem melhor.
“Esse programa é o único motivo que temos de transformar nossas cidades e o ambiente em que vivemos em espaços mais saudáveis e de convivência social. Vamos mudar os paradigmas. Eu não estou atrás de partido B ou C. Eu estou atrás do bem-estar social de cada cidade”, frisou Marcelo Miranda.
A pedido do Ministério Público Estadual (MPE), um grupo de empresas fornecedoras de medicamentos e produtos hospitalares de Goiás foi proibido de participar de licitações e contratar com entes públicos no Tocantins. Os proprietários foram denunciados pelo MPE, por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Porto Nacional, por associação criminosa e fraude à licitação. Segundo a decisão do juiz Alessandro Hofmann Teixeira Mendes, as empresas Stock Comercial Hospitalar Ltda., Star Odontomédica Ltda., Dental Rezende Ltda., Dose Produtos e Medicamentos Hospitalares Eireli-Epp, Utildrogas Distribuidora de Produtos Farmacêuticos Ltda., Hospfar Indústria e Comércio de Produtos Hospitalares e Pharma Distribuidora Ltda. foram utilizadas, reiteradamente, para a prática de crimes, fraudando licitações em Porto Nacional e em vários municípios do Tocantins e Goiás, viciando certames licitatórios que totalizaram mais de R$ 2 milhões. Na ação penal, o MPE sustenta que os réus Edgar Luiz de Freitas, André Luiz de Freitas, Zanone Alves de Carvalho Júnior, Túlio da Cunha Alves, Terezinha Caetano de Freitas e Ricardo de Almeida Rosa criaram o grupo de empresas, cujos sócios eram parentes e conhecidos, para simular concorrências e fraudar o caráter competitivo das licitações, dentre elas um pregão presencial para aquisição de medicamentos em Porto Nacional. “O valor dos lotes do Pregão n° 009/2013 do Fundo Municipal de Saúde de Porto Nacional, em que o Ministério Público investigou e constatou fraude, somou mais de R$ 2 milhões”, explicou o Promotor de Justiça Vinícius de Oliveira e Silva, autor da denúncia. As investigações foram realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPE e pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública de Goiás. Com a decisão judicial, as empresas ficam proibidas de participar de qualquer tipo de licitação e de contratarem com entes públicos no Tocantins. A decisão determina que a Secretaria da Fazenda do Estado, o Tribunal de Contas e todos os gestores dos 139 municípios tocantinenses sejam comunicados para que a proibição seja observada pelos gestores estaduais e municipais.
A primeira etapa do Circuito Matopiba de Armazenagem será debatido nesta quarta-feira, 26, no município de Luis Eduardo Magalhães (BA). O evento é promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). O debate é motivado pela necessidade de se discutir alternativas estruturais à crescente produção agrícola nos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. “Estamos iniciando um processo importante de avaliação das perspectivas para o Matopiba”, ressalta o presidente da companhia, Rubens Rodrigues dos Santos. “A região representa a nova fronteira agrícola brasileira e seu desenvolvimento precisa estar acompanhado também de avanços no setor de armazenagem, para que a logística de estoque e escoamento funcione bem”, avalia. Podem participar do Circuito Matopiba de Armazenagem produtores, empresários do ramo e demais interessados. As inscrições e a programação estão disponíveis no site da Conab. Durante o evento, será apresentado a planta da nova unidade armazenadora que será construída pela Conab na cidade baiana. O novo armazém estará em uma localização estratégica, permitindo formação de estoques públicos, o que facilitará o abastecimento de milho para o Nordeste do país, reduzindo os custos de logísticas e possibilitando um atendimento mais rápido e de melhor qualidade aos produtores. “É importante e urgente a construção deste armazém no Oeste da Bahia. Ele será fundamental para o planejamento da safra e ganho de competitividade para a região”, destacou o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato.
[caption id="attachment_42801" align="alignleft" width="331"] Deputada Josi Nunes: “Problema é que quem chega quer ser dono do PMDB”[/caption]
Preocupada com as informações divulgadas de que o diretório regional do PMDB do Tocantins, presidido pelo ex-vice-prefeito de Palmas e peemedebista histórico Derval de Paiva teria uma semana para cumprir acordo firmado com o PMDB nacional, a deputada federal Josi Nunes(PMDB) procurou a executiva nacional da sigla na quarta-feira,12, para esclarecer tal informação.
De acordo com a deputada, o diretório nacional informou que não há nenhuma determinação direcionada ao PMDB regional, e sim apenas a reclamação do deputado federal Carlos Gaguim, que segundo ela, estaria tentando desestabilizar o partido no Tocantins.
“Todo o acordo com o grupo da senadora Kátia Abreu foi cumprido; 50 % do diretório, 50% delegados da Convenção Nacional e 50% da Executiva. Então, eu acredito que isso seja mesmo uma atitude pra desestabilizar o partido. O deputado Gaguim disse que rompeu com o governo, que não queria cargos na gestão, mas vive cobrando via imprensa”, relatou a parlamentar ao fazer o seguinte questionamento: “por que ele (Gaguim) não vai até o governador Marcelo Miranda e pede os cargos que ele quer?”
A deputada relembrou, ainda, que o deputado fez campanha contra a filiação da senadora Kátia Abreu ao PMDB e também contra a candidatura de Marcelo Miranda ao Governo do Estado. “Quando ele (Gaguim) viu que não tinha alternativa, teve que se aliar pra resgatar sua candidatura”, completou.
No que tange às comissões provisórias, Josi afirma que ficaram de ser analisadas pelo atual diretório, uma vez que existiam membros que não eram nem filiados ao partido, conforme divulgado pela imprensa. “Na época, eu questionei a presidente da comissão interventora (Kátia Abreu), mas não tive sequer uma resposta. Eu tinha a intenção de judicializar, mas fui convencida por membros do partido a não fazer”, afirmou.
Para Josi, o assunto do Tocantins na executiva nacional é realmente desagradável. A parlamentar adianta que seu interesse é lutar pelos ideais do partido. “A grande questão é que todo mundo que entra no PMDB já quer ser dono. Só esquecem que o PMDB tem caráter democrático, respeita seus membros e não é um partido de aluguel para ser colocado debaixo do braço”, desabafou.