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Adiante, Bruno Peixoto e Agenor Mariano vão terçar forças; eles querem disputar a Prefeitura de Goiânia

[caption id="attachment_24636" align="alignleft" width="620"]Untitled-1 Agenor Mariano (à esquerda) e Bruno Peixoto querem disputar o Paço Municipal | Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption] O PMDB de Goiás, se fosse um indivíduo, teria de consultar um analista. Há uma crise de identidade. Há quem acredite que é preciso “matar”, simbolicamente, o “pai”, representado pela figura de Iris Rezende. Há quem admita que o conflito com o PT é uma maneira de escamotear a própria crise. A intelligentsia do partido avalia que o partido perdeu a capacidade de pensar de maneira inteligente e estratégica, tão-somente reagindo aos ventos das circunstâncias. Discute-se: “Quem vai presidir o partido em Goiânia?” O deputado Bruno Peixoto, cuja estratégia é não ter estratégia, quer ser o presidente por dois anos, não apenas da comissão provisória por 90 dias. Porém, pelo menos dois peemedebistas receberam a recomendação de que não deve ser o escolhido. O irismo quer Agenor Mariano no comando em Goiânia. O motivo da preferência por Agenor Mariano? “Lealdade, confiabilidade”, afirma um irista. “Bruno Peixoto é ‘lá’ e ‘cá’”, afiança o mesmo irista. “Bruno pode ficar no comando por 90 dias, mas depois não vai dirigir o partido. Ele tem mania de colocar até o pessoal de seu gabinete no diretório. Não pega bem.” O que há por trás de algumas intrigas? O fato de que tanto Agenor Mariano quanto Bruno Peixoto têm o mesmo projeto: querem disputar a Prefeitura de Goiânia, em 2016. O deputado está se tentando se aproximar de Iris Rezende, mas este desconfia de sua lealdade. Até pouco tempo, era um dos que estavam mesmerizados pelo canto de sereia de Júnior Friboi. Tanto Agenor Mariano quanto Bruno Peixoto sabem que, se quiser, Iris Rezende será o candidato do PMDB a prefeito de Goiânia. A diferença é que, se o peemedebista-chefe postular, Agenor Mariano não hesita um minuto e retira seu time de campo e passa a apoiá-lo. Bruno Peixoto, se conseguir o apoio de um empresário como Júnior Friboi, “enfrenta” Iris Rezende e tenta disputar a prefeitura.

Iris Rezende deve disputar a Prefeitura de Goiânia com Adriana Accorsi como vice

[caption id="attachment_15820" align="alignleft" width="300"]Iris Rezende e Adriana Accorsi: a verdadeira chapa dos sonhos  | Foto: Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção do petista Paulo Garcia para a Prefeitura de Goiânia em 2016 Iris Rezende e Adriana Accorsi: a verdadeira chapa dos sonhos | Foto: Fotos: Fernando Leite/Jornal Opção
do petista Paulo Garcia para a Prefeitura de Goiânia em 2016[/caption] Como quase todos os políticos, o peemedebista Iris Rezende disputa uma eleição pensando na seguinte. Para fins eleitorais, como de praxe, agora está sugerindo que a de 5 de outubro deste ano será sua última eleição. O objetivo é comover o eleitorado, com o indicativo de que vale dar-lhe um mandato, pois será o último. Em­bora inverossímil, não é um marketing político de má qualidade. Na política, como na guerra, a primeira coisa que se sacrifica é a verdade. Nos bastidores do PMDB, entre os “iretes” (tietes de Iris), começa-se a dizer, por enquanto discretamente, que, se perder a eleição para governador, o decano peemedebista disputará a Prefeitura de Goiânia, em 2016, aos 83 anos de idade. “Iris vai disputar eleições, quer queiram ou não os jovens do partido, enquanto estiver conseguindo andar e conversar”, admite um irista. “A única coisa que Iris sabe fazer é política”, acrescenta. A tese do irismo está praticamente estabelecida. Os iristas vão dizer, para “convocar” o decano, que, depois da gestão problemática de Paulo Garcia, “só ele tem condições de derrotar o candidato do governador Marconi Perillo”. Desgastado em Goiânia, o PT dificilmente terá condições de lançar candidato a prefeito com chance de ganhar as eleições. Portanto, o prefeito Paulo Garcia, do PT irista — Iris é uma espécie de chefe informal da Articulação em Goiás —, não deve lançar candidato em 2016. É provável que Paulo Garcia force o PT a negociar, mais uma vez, com o PMDB irista e banque o candidato a vice. Especula-se que, para conter o grupo do deputado federal Rubens Otoni e do ex-prefeito de Anápolis Antônio Gomide — que pretende lançar o deputado estadual Humberto Aidar para prefeito de Goiânia —, Paulo Garcia vai tentar emplacar a delegada de polícia A­driana Accorsi, se for eleita deputada estadual, na vice de Iris. Trata-se de uma “chapa” consistente: o “velho” e experiente, Iris, alimentado pelo “novo”, Adriana Accorsi.