Paulo Malhães havia confessado a participação em mortes e torturas: “Eu acho que cumpri meu serviço” / Foto: Reprodução Youtube
Paulo Malhães havia confessado a participação em mortes e torturas: “Eu acho que cumpri meu serviço” / Foto: Reprodução Youtube

O ex-coronel do Exército, Paulo Malhães, que confessou participação em mortes e torturas, durante a ditadura militar, foi encontrado morto na manhã da sexta-feira, 25, em seu sítio na zona rural de No­va Iguaçu (RJ).

Conforme informações da polícia, o corpo de Paulo Malhães foi encontrado com sinais de asfixia. Ainda informaram que três homens teriam invadido a casa do militar na tarde do dia anterior. Os suspeitos teriam amarrado a esposa de Malhães e o caseiro do sítio, além de procurar armas e munições. Durante a ação, o ex-coronel foi morto. Um rifle e uma garrucha antiga foram apreendidas. Impressões digitais foram colhidas no local para serem analisadas.

De acordo com o presidente da Comissão Estadual da Ver­dade do Rio de Janeiro, Wadih Damous, a morte precisa ser investigada rigorosamente. No dia 25 fazia exatamente um mês que Malhães tinha admitido as ações durante a ditadura militar, enquanto era agente do Centro de Informações do Exército. “Eu acho que cumpri o meu serviço”, havia dito o militar, que ainda afirmou não ter se arrependido.

O ex-coronel foi um agente importante da repressão política durante o regime ditatorial e possuía muitas informações sobre o período em que os militares comandaram o Brasil. O local não tinha câmeras de segurança, informou o delegado Fábio Salvadoretti. A mu­lher de Malhães e o caseiro não conseguiram reconhecer os criminosos, e afirmam não terem sofrido agressões.

PF revela ligação de Padilha com doleiro preso

De acordo com novo relatório da Polícia Federal, o ministro da saúde e pré-candidato ao governo do Estado de São Paulo, Alexan­dre Padilha (PT), teria indicado, em no­vembro de 2013, um ex-assessor para dirigir o laboratório fantasma Labogen, do doleiro preso Alberto Yous­sef. Pelo número do telefone, o “indicado” identificado pela polícia seria Marcus Cezar Ferreira da Silva. A indicação está em mensagens de texto enviadas pelo ex-vice-presidente da Câ­mara André Vargas (PT-PR) ao doleiro. “Falei com Pad agora e ele vai marcar uma agenda comigo” escreveu o deputado ao do­leiro. O executivo indicado por Alexandre Pa­di­lha, Marcus Cezar, trabalhou co­mo assessor parlamentar de um fundo de pensão controlado pelo PT.

Após 23 anos, Collor é absolvido

O ex-presidente da República e senador pelo PTB, Fernando Collor de Melo, foi absolvido, pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), na quinta-feira, 24. Collor era réu em processo com acusações de ter cometido peculato, corrupção passiva e falsidade ideológica ainda enquanto presidente, entre 1990 e 1992. O impeachment justifica o curto mandato, devido à impopularidade causada pelo confisco do saldo das poupanças bancárias para tentar frear a inflação e suspeitas de corrupção. O julgamento foi realizado 23 anos após as supostas práticas criminosas e 7 anos após a denúncia, feita em 2000. Por ter sido eleito senador, o processo subiu da Justiça comum para o STF.

Prestes à falência, Celg GT é salva pela Aneel

A Celg Geração & Transmissão (Celg GT) foi salva por meio de uma resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A geradora estava prestes a entrar em situação de falência por não conseguir cumprir as devidas obrigações na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A dívida acumulada estava na faixa de R$ 9 milhões relativa à fal­ta de lastro e não aporte de garantias nas liquidações referentes aos me­ses de fevereiro e março. Em 2006, a Celg GT comercializou o to­tal de 9MW, em um leilão de energia, porém o trâmite, com um suprimento iniciado em 2007 até 2014, não considerou as hidrelétricas de São Domingos e Sinceridade, das quais as concessões teriam fim em 2011 e 2008, respectivamente. As concessões não foram renovadas e as usinas passaram a atuar em regime de cotas, porém os contratos não foram reduzidos ou retirados pela Celg GT.

Exército reconhece união homoafetiva

O Exército reconheceu, após mais de dois anos em batalha judicial, a primeira união homossexual da Força Ar­mada Brasileira. A medida garante, por meio da carteira de identidade mi­litar, direitos como dependente. A decisão da Justiça Federal de Per­nam­buco suscitou a retirada do documento que prova que um estudante de 21 anos é dependente de seu parceiro, um sargento, de 40 anos de idade. Além disso, a medida as­segura, ao dependente, o direito de moradia e cadastramento previdenciário. O Exército informou que há outro pedido de cadastro ho­moafetivo, por militar, em análise, em outro Estado. A Força Aérea Bra­sileira reconheceu, em 2013, o casamento homoafetivo de um sargento controlador de voo em Recife.

Schumacher recupera consciência

De acordo com a porta-voz Sabine Kehm, o piloto heptacampeão de Fórmula 1 Michael Schumacher teria despertado, na sexta-feira, 25, do coma em que se encontra há quase quatro meses. Segundo a televisão alemã RTL, Schumacher recuperou a consciência e reconheceu a esposa, Corinna. “Há pequenos progressos que logicamente nos alegram muito e nos dão também muitas esperanças”, afirmou Sabine. Ela informou que os momentos de consciência ainda são breves, e em seguida ele volta a dormir. Desde o início de abril as me­lhorias estão sendo constatadas. O piloto está em coma desde o dia 29 de dezembro do ano passado, após sofrer um grave acidente enquanto es­quiava no Leste da França.

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