COMPARTILHAR

Vice-presidente Gercyley Batista diz que uma sigla da base está insatisfeita com os nomes para 2018 e pretende entrar no pleito em 2016 a fim de negociar com o governador Marconi Perillo

Foto: divulgação/ vídeo Esporte Interativo
Ex-candidato a deputado federal nas eleições de 2014 Jorge Kajuru, que já pretende disputar Prefeitura de Goiânia em 2016 / Foto: vídeo Esporte Interativo

Mal acabaram as eleições de 2014 e as conversas e articulações para o pleito de 2016 já começaram. Um nome já anunciado é Jorge Kajuru (PRP). E conforme o vice-presidente do PRP, Gercyley Batista, legendas já foram buscar diálogo com o partido de Kajuru — que se candidatou para deputado federal nas últimas eleições e obteve 86 mil votos em Goiânia.

Gercyley Batista garante que o PRP já foi procurado por três partidos, sendo um deles o PMDB. Os outros dois o político não quis dizer quais são, sustentando que um é da base do governador Marconi Perillo (PSDB).

O vice-presidente, que diz que Kajuru é o principal projeto da legenda, explica que o PRP terá várias reuniões a partir do próximo mês. Sobre as alianças, o político disse: “Queremos aliados e estamos dispostos a abrir mão do cargo para prefeito, ficando com o de vice.” De acordo com ele, a questão do cabeça de chapa será decidida após pesquisas próximas do pleito.

[relacionadas artigos=”27065,27043″]

Conforme disse Gercyley ao Jornal Opção Online, o motivo de uma legenda da base ter procurado o PRP é devido a uma insatisfação quanto aos nome dos PSDB para o governo de Goiás em 2016, além de não concordar com as nomeações nas supersecretarias. “O que foi conversado é que eles têm uma certa resistência ao nome de [Jayme] Rincón e não querem de jeito nenhum o [Giuseppe] Vecci”, disse.

Segundo informou o vice-presidente do PRP, integrantes desse partido se reuniram com a legenda de Jorcelino Braga e se mostraram revoltados com as nomeações nas secretarias, que segundo eles, foram políticas, e não conforme experiência na área. “O que disseram é que Vecci coordena a Segplan, encabeçada por Thiago Peixoto, e tem influência com todos os superientendentes da pasta de Educação”, explicou.

Gercyley afirma que esse partido da base informou que tudo isso é uma preparação de Vecci, caso José Eliton não consiga render como candidato (o que, segundo o vice do PRP, já é algo esperado) e nem Jayme Rincón. “Isso tudo é para fortalecer o nome do Vecci para 2018. Eles falam que o governador não acha que o José Eliton vai decolar politicamente. O Vecci é experiente, tem conhecimento técnico e conversa melhor”, disse Gercyley.

De acordo com o vice do PRP, o partido da base acredita que participando ativamente das eleições para prefeitura, poderão negociar com o governo. “Eles estão com medo dos benefícios não chegarem, mesmo após o Estado se equilibrar. Estar nessa disputa é para ele um ponto de equilíbrio para negociação”, explicou.

E a aliança PRP-PSB?

Mostrando que Kajuru é a grande preferência deles, Gercyley Batista afirmou que, se por um acaso o radialista não quiser se alinhar a partido algum, a legenda está disposta a ficar sozinha, em uma chapa puro sangue. “Ele saiu para candidato após um pedido nosso; fez um sacrifício por nós. Estamos dispostos a fazer o mesmo por ele”, disse.

Questionado sobre como fica a aliança entre PSB e PRP caso Vanderlan resolva ser candidato ao mesmo cargo que Kajuru já anunciou, o vice do PRP Goiás respondeu: “Vanderlan é uma pessoa que respeitamos muito, mas mesmo se ele falar que é candidato, nós já temos o nosso nome”, afirmou.

A declaração assinala que não pode ser descartada a possibilidade de rompimento das legendas que estiveram juntas nas eleições de 2014, quando Vanderlan foi candidato ao governo de Goiás. “Nós queremos ser protagonitas nas eleições de 2016. Não por aventura. Fazemos pesquisas constantemente e vemos que é viável”, disse Gercyley.

Em entrevista ao Jornal Opção Online, Kajuru já afirmou que não aceita ser vice de Vanderlan. “Eu não vou trabalhar para viabilizar candidatura dele”, afirmou o jornalista que, em contrapartida, aceita ser vice de Iris Rezende (PMDB).

Conforme disse à reportagem, Kajuru estava “chateado” com Vanderlan após uma entrevista à rádio 730 concedida há um mês. Na ocasião, segundo o jornalista, o ex-prefeito de Senador Canedo disse que não abria mão da cabeça de chapa. “Ele foi lá e disse isso, sem conversar comigo. Fiquei chateado”, afirmou.

O radialista se retratou com o Jornal Opção Online mais tarde, informando que não estava ciente da entrevista concedida por Vanderlan a mesma rádio nesta segunda-feira (26). Na ocasião, Vanderlan falou diferente, tendo sinalizado que é possível participar de uma coligação que apoie a candidatura de Kajuru