Homem confessa assassinato de jovem gay em Inhumas, mas nega homofobia
12 setembro 2014 às 17h38

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Após relação sexual, os dois teriam se desentendido e entrado em luta corporal

A Polícia Militar (PM) prendeu na tarde desta sexta-feira (12/9) o suspeito de assassinar João Antonio Donati, de 18 anos, no município de Inhumas, Região Metropolitana de Goiânia. O lavrador Andrie Ferreira da Silva, de 20 anos, confessou o crime e contou que manteve relação sexual com a vítima no mesmo terreno onde o corpo de João foi encontrado.
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Alegando não ser homossexual, Andrie afirmou que a motivação para o crime não teria sido homofobia. Após relação sexual, os dois teriam se desentendido e entrado em luta corporal. Em depoimento, o suspeito alegou ter usado apenas as próprias mãos para matar João, sem a utilização de nenhum objeto.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Humberto Teófilo, Andrie esqueceu os documentos pessoais no local do crime, levando a polícia ao seu paradeiro. O suspeito foi detido em uma plantação de tomates, onde trabalhava, e não resistiu à prisão.
De acordo com Humberto Teófilo, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a vítima lutou com o agressor antes de morrer. João morreu asfixiado e, ao contrário do foi informado inicialmente, não houve nenhuma fratura em seu corpo. O exame também apontou que a vítima foi encontrada com papéis de picolé e sacolas plásticas na boca, o que causou o sufocamento.
Homossexual assumido, João Antônio Pereira Barbosa, ou João Donati, como gostava de ser chamado, foi encontrado morto na última quarta-feira (10) em um terreno baldio no município de Inhumas. O jovem foi sepultado na quinta-feira (11) e sua morte ganhou destaque na imprensa nacional devido à suspeita de homofobia no caso.