Para Marina Sant’Anna, 2015 é o ano de “arrumar a casa” em Goiânia
22 janeiro 2015 às 11h12

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Ex-parlamentar defende Paulo Garcia, explicando que “muita gente não compreende o que está acontecendo” na capital. Segundo ela, 2015 vai ser um “bom” ano

Após as eleições de 2014, em que disputou vaga ao Senado, Marina Sant’Anna (PT) diz estar reavaliando os próximos passos que dará e pode, ou não, assumir função pública, visto que recebeu convites para retornar à advocacia tanto em escritórios de Goiás quanto de Brasília. “Sempre deixo esse espaço para possibilidades”. Por enquanto, a petista afirma que suas atividades têm girado em torno da militância de seu partido.
Em relação a isso, Marina relata que tem acompanhado as gestões em todas as cidades em que o PT está à frente. “Temos a tarefa de tratar das nossas gestões”, diz ela, que tem percorrido o Estado para conversas com os prefeitos.
“Estive na Cidade de Goiás, em Ceres e Valparaíso, mas também tenho acompanhado as outras cidades. Estou vendo uma expansão de serviços públicos, como Cmeis [Centros Municipais de Educação Infantil], Centros de Valorização à Mulher e núcleos jurídicos. Neste ano trataremos das gestões”, garante ela.
E é com esse foco que ela responde às questões relativas à capital do Estado, cuja administração petista tem sofrido duras críticas até mesmo de companheiros de partido e aliados políticos.
A ex-parlamentar classifica as dificuldades sofridas pelo prefeito Paulo Garcia como naturais, visto que “uma cidade como Goiânia tem desafios especiais, principalmente pelo fato de que, segundo estudos que temos em mãos, é um local que deverá apresentar um crescimento rápido até 2020”.
Marina lamenta que Goiânia esteja passando por dificuldades na gestão, mas ameniza os problemas. “Muita gente não compreende o que está acontecendo na cidade, mas Goiânia tem uma restrição de receita muito significativa e quem está investindo na cidade é a prefeitura e o governo federal, que tem um timing diferente. Por isso, os recursos demoraram a chegar”, relata.
Os principais desafios, segundo ela, seriam na área de sustentabilidade — bandeira de campanha de Paulo Garcia em 2012 e um dos focos de trabalho de Marina na Câmara Federal.
Ela ressalta que, em 2014, várias propostas foram apresentadas à União, principalmente em relação à mobilidade urbana: BRT e corredores exclusivos, uma vez que “os planos diretores de mobilidade exigem que a cidade priorize três áreas estratégicas: o pedestre, os ciclistas e o transporte público”.
Dessa forma otimista, para Marina, este será um ano de grandes realizações, principalmente devido aos recursos que estão chegando.
“O Paulo gostaria que isso tivesse acontecido antes, mas, infelizmente, essa é a debilidade da máquina; não é desejo de nenhum gestor. O Paulo, por exemplo, já está discutindo a reforma administrativa com os segmentos e com a Câmara Municipal. 2015 vai ser bom e chegaremos em 2016 competitivos para vencer novamente não apenas em Goiânia, mas em todos os municípios.”
A incógnita PMDB
Uma das principais dúvidas para 2016 trata da aliança PT-PMDB, que tem sofrido ataques internos nos últimos dias.
Sobre isso, Marina é sucinta: “Não tenho conhecimento de algum governo que não seja feito de composição. E a de Goiânia, formada por PT, PMDB e vários outros partidos, sofre o movimento natural de discussões pré-eleições municipais, pois todos os partidos já começam a se preparar para disputar as prefeituras”, declara, acrescentando que, este ano não haverá novidades em relação ao assunto; apenas especulações: “Agora, no ano que vem, poderemos estar juntos ou não”.