Contra o Uber, vereador diz que taxistas escolheram “o lado certo” ao apoiarem Iris Rezende

16 novembro 2016 às 11h11

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Paulo Magalhães afirmou que o prefeito eleito “dá valor” ao trabalho dos permissionários de táxi de Goiânia

O vereador Paulo Magalhães (PSD) subiu à tribuna da Câmara Municipal de Goiânia para reafirmar seu apoio ao projeto que, na prática, proíbe o funcionamento do Uber na capital. Ele foi ovacionado pelos motoristas de táxi presentes na Casa — que realizam manifestações contrárias ao serviço de transporte individual por aplicativos.
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“Nunca deixei de apoiar os taxistas, pessoas veem as pingas que vocês bebem mas não veem os tombos que levam. Então, conte com meu voto, sempre. Uber para funcionar tem que ter responsabilidade e pagar impostos”, discursou.
Segundo o parlamentar, apenas ele e Pedro Azulão Jr. (PSD) se posicionaram a favor da matéria de autoria do petista Carlos Soares. “Muitos que apoiaram o Uber aqui na Câmara acharam que iam ganhar votos com isso e acabaram não reeleitos”, alfinetou.
O projeto — que já foi aprovado na CCJ e aguarda apreciação do plenário — define que o transporte individual fique restrito a veículos cadastrados e autorizados com profissionais credenciados junto ao órgão competente que rege o serviço de táxi da capital. A matéria caracteriza como clandestino todo transporte individual e remunerado de passageiros em veículo não autorizado. Também estipula multas e outras medidas administrativas previstas em lei.
O vereador reeleito Felisberto Tavares (PR) engrossou o coro do pessedista e se declarou a favor dos táxis: “Não podemos permitir que a categoria seja tratada desta maneira, pois estão há muitos anos prestando serviço na capital. Têm meu apoio.”
Durante seu discurso, Paulo Magalhães fez questão de “parabenizar” os taxistas por terem apoiado Iris Rezende (PMDB) — eleito em segundo turno — para prefeito e Goiânia. “Escolheram o lado certo, é a pessoa que dá valor no trabalho de vocês”, afirmou aos manifestantes presentes.
Em entrevistas durante a campanha, Iris não se posicionou sobre o Uber de forma clara e apenas disse que “não se pode ignorar o avanço tecnológico”. Contudo, defendeu ferrenhamente as “duas mil famílias de taxistas” que estão sendo prejudicadas pelo serviço.