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PAULA SALDANHA

Tive o privilégio de acompanhar o professor Altair Sales Barbosa por décadas, em suas expedições arqueológicas, com importantes achados sobre o homem primitivo brasileiro. Suas pesquisas e realizações foram tema de diversos documentários que fiz para a TV, para o programa “Fantástico” e para nossa série “Expedições”.

Na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), onde se destacou como profissional, fundou o Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA), o Instituto do Trópico Subúmido (ITS) e o Memorial do Cerrado. Criou, ainda, o Memorial Serra da Mesa. Não contente com essa valiosa contribuição para a universidade onde trabalhou por quatro décadas, plantou sementes em vários pontos do Brasil e influenciou educadores e jornalistas preocupados com nosso País, como eu.

Doutor em Arqueologia Pré-Histórica pela Smithsonian Ins­titution, Altair é também um atuante ambientalista, sempre alimentando a imprensa de nosso País com preciosas e fundamentadas informações sobre as ações do homem e as consequências para as áreas naturais — com destaque para o Cerrado.

A saída de Altair Sales Barbosa da PUC Goiás deixará uma grande lacuna nessa instituição, que dificilmente conseguirá dar continuidade aos recentes e eficientes projetos por ele criados. Mas esta foi, apenas, uma bela etapa de sua longa e produtiva vida acadêmica. Alguma importante instituição em nosso País poderá contar com seu conhecimento e contribuição. Altair, com seu trabalho incansável em defesa da pesquisa científica, da proteção dos recursos naturais e da cultura do Cerrado, continuará espalhando frutos e ideias por todo o Brasil, tenho certeza.

Paula Saldanha é jornalista, apresentadora de TV e escritora.

“Goiás avança, apesar da gravidade da crise econômica”

ANA CARLA ABRÃO COSTA

Parabenizo o jornalista Euler de França Belém pelo texto “Ao não fazer uma crítica qualitativa à secretária da Fazenda, Henrique Aran­tes travou o debate” (Jornal Op­ção, coluna “Imprensa”, edição 2095). Estou à disposição para fazer com Euler e sua competente equipe de jornalistas um debate no campo das ideias — inclusive é esse o único tipo de debate que faço. Gostaria de apresentar ao Jornal Opção todo o conjunto de ações que hoje visam à modernização da gestão fiscal de Goiás — e, consequentemente, ao estabelecimento de bases para a retomada do crescimento. São ações estruturantes e arrojadas, que caberá à sociedade legitimar ou não.
Acrescento ainda que, muito além da Sefaz [Secre­taria do Estado da Fazenda], o governo hoje lidera um conjunto de ações que têm permitido que Goiás esteja muito longe da paralisia. O Inova [programa Inova Goiás, que vai investir R$ 1,5 bilhão no Estado] é um deles, mas há mais do que isso. Ao contrário do País e de vários outros Estados, Goiás hoje avança — apesar da profundidade e gravidade da crise econômica atual.

Ana Carla Abrão Costa é secretária estadual da Fazenda.

“Caso Piquiras: despesa maior que receita”

LUIZ CHEIN

Lamentável. Uma marca como a do Piquiras, tida como sólida, enfrentar uma situação desconfortável como essa, é preocupante. E quando isso acontece não há outra explicação que não passe pela ideia de gestão equivocada. Daí, me reporto às palavras de um economista: “Quem tem e põe, faz um monte; quem não tem e tira, faz um buraco.” Simples assim: despesa maior que receita. (“Maior dívida do Piquiras é com duas instituições financeiras, Jornal Opção Online)

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“Professor alertou os brasileiros sobre a ameaça ao Cerrado”

ROBERTO WERNECK

Altair Sales Barbosa desenvolveu um trabalho fantástico de dedicação às terras e ao povo brasileiro — um trabalho de uma vida inteira! Estudando a fundo, divulgando e protegendo o Cerrado, Altair foi grande defensor desse bioma — talvez o mais ameaçado do Brasil. O País não conhecia a importância do Cerrado e, ao longo de décadas de batalha na área acadêmica, Altair alertou os brasileiros para a grande ameaça que é destruir o bioma que concentra a “caixa d’água” do Brasil. Fico agradecido por tudo que Altair me ensinou sobre o bioma Cerrado e a vida das populações tradicionais, que estão sendo afetadas pelo avanço do agronegócio, sobre áreas naturais e de preservação.

Roberto Werneck é documentarista e biólogo.

“Recuperação judicial do Piquiras, um belo negócio”

LUIS HECTOR SAN JUAN

Assim é fácil. O entrevistado jogou a culpa na crise do mercado. Grande problema! “O movimento vem caindo em 30% desde o ano passado, e não é só com a gente, mas com o mercado em geral”, ele disse. Ou seja: esse grupo não foi o único afetado pela situação econômica, mas, no entanto, os demais não pediram recuperação. Por que será?
Tem mais: “As coisas estavam ficando inadimplentes e tudo estava apertando”, ele disse, e nem falou por que a administração do grupo não tomou medidas para ajustar-se aos menores resultados. Faça o favor, uma entrevista assim chega a ser uma ofensa a outros empresários que amargaram prejuízos e “cortaram na carne”. Em casos semelhantes, a dívida é parcelada em prazos bastante longos e sem juros ou com juros “micro”. Assim, dá para tentar pagar a dívida só com os lucros futuros. Que belo negócio, não acham?

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“Novos cantores sertanejos estão sujando a imagem do gênero”

FÁBIO LUIZ

Parabéns a Ademir Luiz pela lista das 13 maiores duplas sertanejas da história (Jornal Opção 2089), muito bem definida. São duplas que cantam e cantavam o verdadeiro sertanejo. Hoje, infelizmente, novos cantores estão sujando a imagem de um dos gêneros musicais que marcou época de uma tal maneira, que só quem realmente sabe o que é o verdadeiro sertanejo sente que, a cada dia, ele vai ficando extinto.

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