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Como presidenciáveis na época, Aécio Neves e Eduardo Campos tiveram a primazia de indicar os candidatos de seus partidos aos governos de Minas e Pernambuco. Mas os eleitores dos dois Estados, que ambos governaram, não parecem satisfeitos com os nomes que escolheram para governador.

Conforme a pesquisa do Datafolha publicada na sexta-feira, em Minas o tucano Pimenta da Veiga está atrás de Fernando Pimentel (PT), até recentemente primeiro-amigo da presidente Dilma desde a mocidade estudantil. Pimentel tem 29% das preferências dos eleitores. Pimenta está com 16% e Tarcísio Delgado (PSB) com quatro pontos. Pimenta vence na rejeição: 14% contra 10 de Pimentel.

Registre-se que Tarcísio Delgado, ex-deputado do grupo autêntico do velho MDB, está na corrida apenas para marcar presença. O objetivo era garantir um palanque a Campos em Minas, pois a então vice Marina Silva vetou a composição deles com o tucano Pimenta. Ele é pai do deputado Júlio Delgado, líder do PSB na Câmara.

Em Pernambuco, o empresário Armando Monteiro (PTB), com apoio do PT, está na frente com 47% contra 13 de Paulo Câmara (PSB), ex-secretário do governo de Eduardo Campos. Câmara vence Monteiro na rejeição, quase o dobro: 17% a 9. Não se pode dizer que a morte de Campos influiu. A pesquisa foi a campo nos dias 12 e 13, data do acidente com o avião.

Em São Paulo, os candidatos de Dilma e Lula perdem feio para a reeleição do governador tucano Geraldo Alkmin, que tem 55% e promete levar no primeiro turno. Há um mês, estava com 54%. Em segundo, o empresário Paulo Skaf (PMDB) manteve os 16%. Em terceiro, Alexandre Padilha (PT) subiu de quatro para cinco pontos.

Todos estão estáveis em suas posições, menos em matéria de rejeição, quesito que Padilha lidera com 28%. Alkmin é o menos rejeitado, com 19%. Skaf tem 20%. A margem de erros das pesquisas é de 2% para cima ou baixo.