O ator Vin Diesel, da franquia cinematográfica Velozes e Furiosos, está sendo processado por agressão sexual contra uma ex-assistente. Asta Jonasson alega que trabalhava para o ator em Atlanta, onde ele filmava Velozes e Furiosos 5: Operação Rio, quando ele a levou para sua suíte e a estuprou. O caso aconteceu em 2010, mas somente este ano ela decidiu fazer a denúncia.

No processo, Jonasson diz que pediu que o ator parasse e foi em direção à porta, mas “ele se aproximou dela e começou a apalpar seus seios e beijar seu peito. Em seguida, Diesel tentou puxar a calcinha dela para baixo, quando ela gritou e correu em direção ao banheiro”. Segundo a vítima, o ator teria a pressionado contra a parede, forçado ela a tocá-lo e se masturbado na frente dela.

Ainda segundo a acusação, horas depois, Samantha Vincent, irmã de Diesel e presidente de sua empresa, ligou para Jonasson e a demitiu. “Ficou claro para ela que estava sendo demitida porque não era mais útil – Vin Diesel a usou para satisfazer seus desejos sexuais e ela resistiu às suas agressões sexuais”, alega o processo.

Ela explicou que teve medo da influência do artista em Hollywood e, por isso, se manteve calada até agora, mas que se sentiu fortalecida pelo movimento #MeToo.

Movimento #MeToo

O movimento “#MeToo” ganhou notoriedade em 2017, impulsionado pela iniciativa da atriz Alyssa Milano, que utilizou seu Twitter para convocar todas as pessoas que já haviam enfrentado assédio sexual a compartilharem suas experiências por meio da hashtag #MeToo. A partir desse momento, o termo não apenas se disseminou em Hollywood, mas também alcançou repercussão global, levando homens e mulheres a compartilharem inúmeras histórias de abusos e assédios sexuais.

O engajamento massivo gerado pelo movimento demonstra que o “#MeToo” serviu como inspiração para milhares de pessoas romperem o silêncio e se unirem na luta contra o assédio sexual. Um exemplo emblemático desse impacto foi a repercussão internacional do caso envolvendo um dos homens mais poderosos de Hollywood, Harvey Weinstein. Este foi acusado de assediar dezenas de mulheres, incluindo atrizes renomadas e ex-funcionárias. Ao longo dos anos, Weinstein conseguiu evitar processos ao realizar acordos de confidencialidade com as vítimas, pagando para que permanecessem em silêncio e ameaçando destruir suas carreiras.

Entretanto, o jornal The New York Times conduziu um levantamento que revelou um impacto significativo do movimento: mais de 200 homens influentes perderam seus cargos após serem publicamente acusados de assédio sexual. Esse resultado evidencia a transformação cultural impulsionada pelo “#MeToo”, destacando a necessidade de enfrentar e responsabilizar casos de assédio sexual em diversas esferas da sociedade.