A atriz Amanda Seyfried voltou a movimentar as redes ao compartilhar sua visão sobre solidariedade e organização social durante uma conversa com a Variety sobre seu novo filme, O Testamento de Ann Lee. Ao refletir sobre os temas presentes na produção, Seyfried afirmou considerar o socialismo “uma ideia linda”, destacando o princípio do cuidado coletivo como algo essencial, e frequentemente negligenciado, na sociedade atual.

A artista, conhecida por trabalhos como Meninas Malvadas e The Dropout, explicou que, embora reconheça as imperfeições do sistema e a confusão que o termo costuma gerar, o conceito, para ela, remete a um ideal simples: colocar o bem-estar das pessoas no centro das prioridades.

Durante sua participação no podcast Award Circuit, da Variety, a conversa acabou se voltando para os valores comunitários retratados no longa. Seyfried comentou que a cooperação e o apoio mútuo, pilares da narrativa, são atitudes que poderiam transformar a vida cotidiana, caso fossem mais cultivadas.

A atriz também mencionou que, em sua visão, quem possui mais recursos pode e deve contribuir mais com os outros, reforçando que a busca por riqueza individual não deveria ser o único objetivo. Ela lamentou ainda que gestos de solidariedade muitas vezes só apareçam diante de tragédias, quando, segundo ela, deveriam fazer parte da rotina humana.

Seyfried ampliou a reflexão ao falar sobre necessidades emocionais universais, como o desejo de ser reconhecido e valorizado. Para ela, fatores como ego e ambição podem dificultar a construção de relações mais cooperativas.

O filme que inspirou a discussão

O Testamento de Ann Lee, dirigido por Mona Fastvold, é um drama musical ambientado no século XVIII que acompanha a trajetória de Ann Lee, fundadora dos Shakers, uma comunidade religiosa marcada pela vida coletiva, igualdade e disciplina espiritual. O filme teve estreia em festivais internacionais, incluindo Veneza, e chega aos cinemas brasileiros em março de 2026.

No papel de Ann Lee, Seyfried interpreta uma líder que defendia a partilha e a convivência comunitária, valores que dialogam diretamente com as ideias mencionadas pela atriz na entrevista. A produção combina música tradicional com composições originais, recriando a atmosfera singular do movimento Shaker e reforçando os temas de união e cuidado que permeiam a história.

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