Wolney Siqueira se defende de acusações publicadas pela revista Época
08 abril 2016 às 15h02
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Matéria da semanal baseada em documentos da Ditadura Militar afirma que ex-deputado federal recebeu 500 milhões em propina da Odebrecht
O ex-deputado federal Wolney Siqueira (PMDB) respondeu, em nota, as acusações, publicadas pela revista Época, de que teria recebido 500 milhões de cruzeiros em propina da Odebrecht. Wolney declarou que desconhece inteiramente a denúncia e negou também ter cometido atos de improbidade administrativa, como alega a matéria da semanal.
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Segundo a denúncia publicada pela Época, a propina foi usada para financiar sua campanha à deputado federal. Além disso, os documentos do Serviço Nacional de Informação (SNI) da Ditadura Militar, consultados pela revista, acusam Wolney de cometer atos de corrupção quando era secretário de Minas e Energia do Estado de Goiás.
Wolney destacou que sua função na Secretaria não tinha função executiva e que não era da competência do órgão executar obras e fazer licitações. Por fim, o ex-deputado afirma que seu patrimônio é o mesmo que foi declarado antes de ele assumir o cargo em 1982 e é fruto de seu trabalho como engenheiro civil, tabelião do Cartório do 2º Ofício de São Miguel do Araguaia (GO) e agropecuarista.
Confira a nota de Wolney Siqueira na íntegra:
A acusação é de que, no ano de 1982, teria recebido uma ajuda da Odebrecht no valor de Cr$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de cruzeiros) para a campanha eleitoral, quando pleiteei uma vaga na Câmara dos Deputados, em cujo sufrágio fui vencedor.
Primeiro, deixo claro que nunca houve qualquer ajuda pela referida empresa, tal como exposta na acusação noticiada pela imprensa.
Em minha trajetória política, na primeira campanha, fui eleito Deputado Estadual, sendo colocado em último lugar na contagem de votos dos eleitos.
A segunda campanha para Deputado Estadual, devido ao meu trabalho junto às bases eleitorais, fui o Deputado mais votado do partido.
Como candidato natural pleiteei uma vaga no Congresso Nacional, quando, no ano de 1982, fui eleito Deputado Federal.
Todas as campanhas eleitorais, alcançando sucesso, foi em razão do trabalho parlamentar e assistência às bases.
No ano de 1980 ocupei a Secretaria de Minas e Energia do Estado de Goiás, secretaria esta responsável pelo planejamento da política energética e mineral do Estado de Goiás. Esta secretaria não tinha função executiva. Não executava obras e nem fazia licitações.
Em relação a Usina de Corumbá, a minha participação na Secretaria de Minas e Energia, se atende à definição sobre a concessão da Usina (Goiás ou Furnas). A mesma foi concedida para Goiás, graças ao empenho e dedicação do então Governador junto ao Governo Federal. Assim, nesta fase, encerrou-se a participação da Secretaria neste processo.
Exposto os fatos acima, desconheço por inteiro a acusação noticiada na Revista Época.
Informo ainda, que o patrimônio que hoje possuo é o mesmo declarado antes de 1982, patrimônio este adquirido como Engenheiro Civil, Tabelião do Cartório do 2º Ofício de São Miguel do Araguaia-GO e Agropecuarista.