Wilder Morais, do PL, assume mandato de senador em 2023 e ficará no Senado, se quiser, até 2030. São oito anos. Porém, cacifado pela vitória de 2022, o empresário pode tentar alçar voos executivos em 2026.

Se for candidato a governador em 2026 e ganhar, tudo bem, deixa o Senado e vai morar no Palácio das Esmeraldas. Porém, se perder, continuará no Senado por mais quatro anos. Noutras palavras, não perderá nada. Ou quase nada.

Marconi Perillo era cotado para ser o grande rival de Daniel Vilela, do MDB (eleito vice-governador de Goiás), em 2026. Entretanto, com a derrota de 2022, ficou, politicamente, fragilizado. Então, a tendência é que seu espaço seja preenchido por Wilder Morais ou pelo senador Vanderlan Cardoso, do PSD (dizem que, se o presidente Jair Bolsonaro for reeleito, ira para o PL).

Ressalve-se que o mandato de Vanderlan acaba em 2026, portanto, se disputar o governo e perder, ficará sem mandato. Correrá o risco? Muito difícil. O mais provável é que dispute a reeleição.

Daniel Vilela, sem Perillo no páreo, ficou ainda mais forte para a disputa de 2026. Porque agora não tem um candidato “natural” para enfrentá-lo. Terá de ser fabricado.