Apesar de se posicionar publicamente como defensor da liberdade de expressão, o senador Wilder Morais (PL), presidente estadual do partido, entrou com ações judiciais contra 13 veículos de comunicação após reportagens citarem seu nome em decisão do ministro do STF Flávio Dino, que determinou ao TCU investigar emendas parlamentares sem plano de trabalho, com envio das informações à Polícia Federal. O parlamentar pede indenização por danos morais, retirada dos textos e direito de resposta.

Entre os veículos processados estão jornais e sites que apenas reproduziram informações oficiais sobre fiscalização de emendas apresentadas por Wilder e outros parlamentares goianos. Especialistas apontam que a medida judicial pode representar um risco ao ambiente democrático, ao transformar o Judiciário em ferramenta de blindagem política.

O senador adota uma estratégia de judicialização contra veículos que reportaram fatos públicos, sem envolver fake news ou ataques pessoais. O caso levanta questionamentos sobre a contradição entre o discurso em defesa da imprensa e ações que buscam silenciar críticas jornalísticas.

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