Após cometer injúria racial contra a trabalhadora, o morador Vinícius Pereira teria defecado no elevador no caminho da portaria ao seu apartamento no 12º andar

Vinícius Pereira da Silva destratando a funcionária de um edifício no Jardim Goiás | Foto: Reprodução de imagem da TV Anhanguera

No domingo, 18, o morador Vinícius Pereira do edifício Residencial M Times, localizado no Setor Jardim Goiás, em Goiânia, chamou a porteira de um prédio de alto padrão do Jardim Goiás de “macaca” e “chimpanzé”. Segundo moradores do prédio,  Vinícius Pereira também teria defecado no elevador do edifício, logo após a briga.

O assunto foi pauta no grupo de WhatsApp dos moradores do Residencial M Times. “Não é vômito. São fezes do mesmo morador que praticou as agressões”, se lê nas mensagens do grupo. O zelador do prédio, conforme relatos publicados pelo jornal Metrópoles, precisou limpar o local assim que foi avisado por moradores que usaram o elevador. O homem, identificado como Vinícius Pereira da Silva, teria defecado após sair da portaria e subir para o seu apartamento, que fica no 12º andar.

Injúria Racial

A motivação do crime teria sido a demora da porteira para abrir o portão da garagem para o carro de Vinícius Pereira. A trabalhadora não identificou o morador em seu carro e impediu que o mesmo entrasse com o carro até que se identificasse. Após o episódio, Vinícius começou a destratá-la. Depois de adentrar ao condomínio, se dirigiu à portaria onde a trabalhadora estava e disparou: “Grava, macaca! Chimpanzé! Chipanga! Me escara, desgraça”, disse.

Em seguida, já no seu apartamento, Vinícius ligou na portaria e continuou a agredir e ameaçar a funcionária. Ao ser questionado sobre o porquê das ameaças, disparou: “Porque você não presta, desgraça. Você é uma merda, abaixo de zero”. Mesmo a funcionária não reagindo às grosserias, Vinícius Pereira continuou os ataques: “Vou meter minha arma na cintura e vou aí resolver”.

A defesa do homem, propôs ao delegado responsável pelo caso, Gil Fonseca Bathaus, que o interrogatório fosse feito por chamada de vídeo e adiantou que ele faria uso do seu direito de se manter em silêncio. Com isso, o investigador o liberou de depor.

O delegado informou que o inquérito será concluído em até 30 dias. O morador, Vinícius deve ser indiciado pelos crimes de injúria racial e ameaça contra a porteira do condomínio em que ele mora.

“Eu informei que não seria necessário interrogatório, bastava juntarem aos autos um documento em que eles informassem a decisão do investigado, assinado pelo investigado e advogados, entendo que não há problema nenhum, e o inquérito seria encerrado”, disse Gil Fonseca Bathaus.