Presidente estadual do partido afirmou que é preciso discutir se aceitam ministra, que não quis seguir orientação do PMDB e decidiu seguir na Agricultura

Foto: Elza Fiuza (Kátia) e Fernando Leite (Vilmar)
“Vir para continuar ministra, aí é outra coisa, o partido tem que analisar”, declarou Vilmar | Foto: Elza Fiuza (Kátia) e Fernando Leite (Vilmar)

Na última terça-feira (29/3), o PMDB oficializou sua saída da base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT). Antes mesmo do anúncio, Henrique Eduardo Alves, um dos, até então, sete ministros peemedebistas, renunciou ao cargo que ocupada no Ministério do Turismo. Os outros seis ministérios comandados pela sigla seriam, então, colocados à disposição da petista.

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No entanto, a maioria dos ministros não quis seguir a opção partidária e declarou que permaneceria nas pastas caso a presidente optasse por não dispensá-los. Uma delas foi a ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), que defende a presidente e já declarou abertamente que permanecerá no cargo.

Desde que ela fez o anúncio, começaram as especulações sobre uma possível troca de partido, Uma das possibilidades é que Kátia voltasse à sua sigla de origem, o PSD. A ministra já estaria conversando com o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, para tratar de uma filiação. Ela também teria recebido convites do PR de Magda Mofatto.

Apesar de Kátia ser filiada ao PMDB, sua família ainda é ligada ao PSD. Seu filho, o deputado federal Irajá Abreu, inclusive, comanda o PSD tocantinense. Comentando a possibilidade da volta de Kátia ao partido, o presidente estadual da legenda em Goiás, Vilmar Rocha, disse que não vê problemas na filiação, a menos que seja apenas para manter sua posição de ministra.

“Do ponto de vista partidário, é confortável para a senadora voltar para o PSD”, afirmou ele, ressaltando inclusive a posição de Irajá na sigla. “O problema é o seguinte: vir para o PSD, ok. Agora vir para continuar ministra, aí é outra coisa, o partido tem que analisar”, defendeu Vilmar.