Protesto na Câmara Municipal foi contra os 14 vereadores da base aliada que rejeitaram pagamento da data base retroativa e integral

Os servidores da Saúde de Goiânia completaram nesta sexta-feira (17/4) o terceiro dia de greve com o enterro simbólico dos 14 vereadores que votaram pela rejeição do projeto de lei complementar que previa o pagamento integral e retroativo da data base de 2014 (veja vídeos abaixo).

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Os corredores da Câmara Municipal foram ocupados pelos trabalhadores grevistas, que também reclamam de pontos do projeto de reforma administrativa, que retiravam alguns benefícios trabalhistas. Na noite de ontem, o Paço Municipal enviou projeto substitutivo e recuou em alguns pontos, como no pagamento de 10% dos quinquênios. A redação anterior previa 5%.

Outro ponto questionado é a falta de condições de trabalho. Os profissionais também reivindicam o retorno de vantagens cortadas após decreto publicado pelo poder Executivo no ano passado, além do cumprimento do plano de cargos e salários.

Presidente do Sindicato dos Odontologistas do Estado (Soego), José Augusto Milhomem da Mota afirma que a pauta da categoria é única. “Queremos manter o nosso salário como estava no fim de 2013 e início de 2014.”  Segundo ele, servidores em greve estão sofrendo assédio moral por parte de diretores de unidades de atendimento, como a ameaça de corte nos pontos.

A presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Único de Saúde em Goiás (Sindsaúde), Flaviana Alves, afirma ter recebido denúncias de que profissionais comissionados estariam sendo contratados desde o início da semana para amenizar a falta de atendimento à população. “Vamos apurar esses casos”, adiantou.

A dirigente aproveitou para rebater as críticas do secretário de Finanças (Sefin), Jeovalter Correia. O auxiliar do prefeito Paulo Garcia (PT) disse à imprensa que os servidores estão sendo “oportunistas” ao deflagrarem greve em momento de epidemia de dengue na capital.

Ilegalidade

Na quinta-feira (16), a Procuradoria Geral do Município (PGM) protocolou na Justiça a ilegalidade da greve da Saúde. O processo de número 134964-79.2015.8.09.0000 não foi despachado e nem distribuído para os desembargadores.

No caso dos médicos, será protocolada ação em separado. “Já que os profissionais têm reivindicações diferentes”, disse a sub-procuradora judicial Anne Cristina Naves Godoi em entrevista ao Jornal Opção Online.

O Paço Municipal pretende, ainda nesta tarde, ingressar judicialmente contra paralisação da Educação.