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Decreto no Diário Oficial determina que funcionários da prefeitura indicados para participar do colegiado receberão gratificação mensal 

Jorge Kajuru apresentou requerimento em plenário | Foto: Alberto Maia / Câmara Municipal

O vereador Jorge Kajuru (PRP) apresentou na manhã desta terça-feira (22/8) um requerimento pedindo explicações do prefeito Iris Rezende (PMDB), em relação à nomeação de 45 servidores da Prefeitura de Goiânia para integrarem a comissão que vai elaborar a revisão do Plano Diretor.

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Em decreto publicado no último dia 15 de agosto no Diário Oficial do Município, o prefeito Iris Rezende nomeou 45 funcionários da prefeitura, especialmente da Secretaria Mu­nicipal de Planejamento Urbano e Habitação.

O vereador criticou, especialmente, as gratificações que serão dadas a esses funcionários que, segundo ele, representam uma despesa de R$ 95 mil a mais por mês para os cofres da prefeitura. “Essas pessoas já recebem salário da prefeitura. E eles vão cuidar do Plano Diretor no horário de expediente, não é um trabalho a mais. E em uma situação em que postos de saúde não têm materiais básicos de curativos, esse gasto é desnecessário”, avaliou o parlamentar.

Além disso, ele critica que alguns nomes indicados não teriam qualificação técnica para participar da comissão. Também assinaram o requerimento as vereadoras Cristina Lopes (PSDB), Priscilla Tejota (PSD) e o vereador Elias Vaz (PSB).

A Revisão

A Lei Complementar nú­me­ro 171, de 29 de maio de 2007 (LC 171/07), mais conhecida como Plano Diretor de Goiânia, completou dez anos há quase três meses. De acordo com o Estatuto das Cidades, o Executivo de cada cidade fica obrigado a apresentar um projeto de revisão do Plano Diretor a cada dez anos de vigor da legislação municipal.

A Secretaria Mu­nicipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) criou no dia 16 de janeiro um grupo de trabalho de revisão do Plano Diretor, coordenado pelo superintendente de Planejamento Urbano e Gestão Sustentável da pasta, Henrique Alves.

O objetivo do Plano é criar um mecanismo legal que visa orientar a ocupação do solo urbano, tomando por base por um lado interesses coletivos e difusos tais como a preservação da natureza e da memória, e de outro os interesses particulares de seus moradores.