Durante sessão na Câmara Municipal ficou acertada a criação de um “Comitê Permanente” para discutir proposta de revitalização da Praça do Trabalhador

O arquiteto Jesus Cheregati apresentou, na manhã desta terça-feira (27/10), durante sessão na Câmara Municipal, a proposta de revitalização da Praça do Trabalhador, onde acontece a Feira Hippie aos domingos. O projeto feito a pedido do empresariado local foi alvo de reclamações e questionamentos por vereadores e feirantes que acompanharam a sessão.

Na ocasião, ficou acertada a criação de um “Comitê Permanente” para discutir a proposta. O grupo deverá ser formado por representantes dos trabalhadores da Feira Hippie, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Ciência e Tecnologia (Sedetec) e por vereadores.

A proposta de Cheregati foi muito criticada pelos feirantes que lotaram a galeria do plenário. A categoria reconhece a necessidade de melhorias na praça, mas discordam de algumas mudanças previstas, como a diminuição das bancas e a redução do número de feirantes.

Segundo o presidente da associação dos feirantes, Manoel da Abadia, existem hoje cerca de 7.500 expositores e o projeto prevê apenas 6.592 módulos. Manoel da Abadia criticou ainda a proposta de se iniciar a reforma da praça no final do ano, próximo das vendas de Natal e também do período chuvoso, o que atrasaria as obras e poderia estendê-las por todo o ano.

Em resposta, o arquiteto responsável pelo projeto afirmou aos vereadores e feirantes que sua iniciativa se tratava apenas de uma proposta de revitalização da praça, encomendada pelos empresários da região do entorno da praça do Trabalhador e da rua 44 como “um presente” para o poder público.

De acordo com o projeto apresentado, serão criadas vagas nas três laterais da praça, com calçadas de três metros de largura em todo o contorno interno. Também serão instalados sanitários e criado espaço para a sede da associação dos feirantes. A proposta prevê também maior arborização no local, com plantio de 300 novas mudas.

Um dos alvos de maior insatisfação por parte dos feirantes e vereadores é a proposta de criação de um estacionamento no local, com cerca 1.330 vagas e que pode ser administrado pelo capital privado. Durante sessão, legisladores sugeriram que a arrecadação do estacionamento fosse destinada à associação dos feirantes e à manutenção da praça, e não para exploração de empresas.