Vereadores ainda têm opiniões diversas quanto ao projeto de reforma administrativa
09 maio 2014 às 18h16
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O vereador Felisberto Tavares (PT) concordou com a decisão de unir a Setrab com a Secretaria de Indústria e Comércio. De acordo com ele, é a primeira que está incorporando a segunda, e não o contrário
Após dias de discussão no plenário da Câmara Municipal de Goiânia, os ânimos exaltados na Casa quando se falava em reforma administrativa podem finalmente ter chegado ao fim. A reunião do prefeito Paulo Garcia (PT) com vereadores da base nesta sexta-feira (9/5) terminou com a decisão de não extinguir a Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda (Setrab) e Secretaria de Turismo (Setur), que serão unidas à Secretaria de Indústria e Comércio e à de Esporte e Lazer, respectivamente. A posição dos vereadores são variadas.
O vereador Felisberto Tavares (PT), que no último dia 30 fez um pedido de vistas do projeto mesmo com a líder do governo Célia Valadão dizendo que o projeto deveria ser votado de forma mais urgente, afirma que concordou com a decisão tomada. O vereador sempre se colocou contra a extinção da Setrab, e disse que ela fosse no mínimo incorporada a de assistência Social. Mesmo com nenhum de seus pedidos atendidos, Felisberto se diz contente com a decisão. “O prefeito foi ótimo hoje, dialogou bem com a gente.”
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O petista explicou que a Setrab não está sendo incorporada, mas que na verdade ela está incorporando a Secretaria de Indústria e Comércio. De acordo com ele, desta forma não haverá prejuízo quanto à verba do governo federal, tampouco algum programa social terá de ser interrompido. “A de Indústria e Comércio que vai ter que se readequar a mudança, e não o contrário”.
O ex-petista Djalma Araújo (SDD) ainda não concorda com a decisão, dizendo que vê outras secretarias que deviam ser extintas ou incorporadas, não as escolhidas. “Essas secretarias extraordinárias, que deveriam ser extintas, são métodos de barganha do prefeito. A reforma não está cortando as gorduras que devem ser eliminadas para o equilíbrio financeiro.”
Opinião compartilhada com o vereador Elias Vaz (PSB), que assim como Djalma, propôs emendas eliminando secretarias extraordinárias e assessorias especiais, além de propor que algumas secretarias sejam incorporadas, como a de defesa civil com a de governo. Quanto à decisão desta sexta, Elias se posiciona de forma mais neutra. “Olha, eu estou satisfeito se o pessoal que seria prejudicados e estavam lutando pela causa estão satisfeitos – o que aparentemente estão mesmo. Ainda não conversei com eles, amas aparentemente ficaram satisfeitos com a decisão.”
O projeto já foi aprovado em primeira votação no último dia 7 e deve voltar ao plenário na próxima semana.