Proposição de Paulo da Farmácia causou polêmica e reação contrária de entidades do setor, que foram à Câmara dos Vereadores protestar

Paulo da Farmácia não foi autorizado a entrar no plenário da Assembleia | Foto: Alberto Maia/Câmara de Goiânia
Paulo da Farmácia esperava que medida diminuísse índices de criminalidade em Goiânia | Foto: Alberto Maia/Câmara de Goiânia

Depois da polêmica em torno de um projeto seu que obriga bares e restaurantes de Goiânia a fecharem suas portas mais cedo, o vereador Paulo da Farmácia (Pros) decidiu retirá-lo da pauta nesta quarta-feira (30/3). Pressionado por representantes do setor, o parlamentar resolveu voltar atrás na proposição ao ouvir os argumentos apresentados.

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A proposta de Paulo estabelecia que os bares só poderiam funcionar das 6 às 23h30 durante a semana, com um acréscimo de meia hora aos finais de semana. Com o limite de horário mais rígido, a expectativa do vereador era de que a criminalidade diminuísse. Para elaborar o projeto de lei, Paulo se inspirou em outras cidades brasileiras e do exterior que também adotaram a medida.

Na reunião da Comissão de Constituição e Justiça, em que o projeto era debatido, estiveram presentes representantes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-GO), Associação de Organizadores de Eventos, Associação de Agentes de Viagem, Associação de Hotéis e Motéis e do setor de turismo, além do Sindicato dos Músicos e dos Garçons de Goiás.

Os próprios colegas de Paulo da Farmácia criticaram a proposta, lembrando que o setor de bares e restaurantes é muito importante para a economia goiana e que gera renda, empregos e impostos. O presidente da Câmara dos Vereadores, Anselmo Pereira (PSDB) no entanto, causou ainda mais polêmica comentando o projeto: para ele, quem frequenta bares de madrugada é “corno ou delinquente”. A fala dele apenas colocou mais lenha na fogueira.