Ambos foram presos na última quinta-feira, 8, suspeitos da morte do menino Henry Borel, no Rio de Janeiro

O escritório de advocacia que defende Dr. Jairinho e Monique Medeiros entrou com um pedido de habeas corpus para libertar o casal na sexta, 9. Ambos foram presos na última quinta-feira, 8, suspeitos da morte do menino Henry Borel, no Rio de Janeiro.

No documento, o advogado França Barreto afirma que o casal foi submetido a “constrangimento ilegal” e que não haveria necessidade de prendê-los. A defesa afirma ainda que até então não tiveram acesso aos autos.

O advogado ainda alega que houve obtenção ilegal de provas no cumprimento dos mandados de busca no dia 26 de março. “os agentes conduzem o material apreendido em mãos, sem o devido acondicionamento e lacre”, afirma.

As investigações deram conta de que a criança, de apenas 4 anos de idade, teria sido assassinada, em 8 de março, mediante a tortura e sem qualquer chance de defesa. O casal foi preso por atrapalhar as investigações e por ameaçar testemunhas para combinar versões.

Conforme levantado pelos investigadores, o vereador tinha o costume de agredir a criança com chutes, rasteiras e golpes na cabeça. As autoridades concluíram também que a mãe de Henry, Monique Medeiros da Costa Almeida, tinha conhecimento dos acontecimentos pelo menos desde o mês de fevereiro.

Henry foi encontrado morto na madrugada de 8 de março no apartamento em que Monique vivia com Jairinho. Apesar de alegarem que o menino sofreu um acidente doméstico e que estava desacordado ao encontrá-lo, a exame cadavérico apontou que o oposto.

Segundo os laudos da necropsia, Henry teve uma hemorragia interna e laceração hepática no fígado, causada por uma ação violenta.

O documento diz que a criança tinha múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores, além de infiltração hemorrágica na parte frontal, lateral e posterior da cabeça. A autópsia apontou para uma grande quantidade de sangue no abdômen, contusão no rim e trauma com contusão pulmonar.