Vereador do PL de Goiânia nega que Flávio Bolsonaro seja candidato “boi de piranha”
08 dezembro 2025 às 15h41

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A pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL) à presidência é vista nos bastidores como um balão de ensaio ou uma defesa contra as ofensivas do possível “candidato real” do bolsonarismo no pleito de 2026.
Mal foi anunciada na sexta-feira, 5, a postulação já tinha “preço“, nas palavras de Flávio, para que não fosse adiante. Apesar disso, com a entrevista de Flávio negando que a participação no pleito seria um “balão de ensaio”, políticos do PL rechaçam a ideia de candidatura de boi de pinha, expressão usada para descrever uma candidatura lançada apenas para atrair o desgaste, a pressão ou o fogo cruzado dos adversários.
“Qualquer nome pode ser trocado”, diz vereador
Para o vereador por Goiânia, Willian Veloso (PL), o anúncio não foi uma surpresa e é irreversível. “A gente sabia dessa possibilidade uma vez que a condenação de Jair Bolsonaro foi efetivada, transitada e julgada”, conta. O parlamentar argumenta que logo que foi escolhido por Jair para a sucessão do clã Bolsonaro, Flávio já se destacou nas primeiras pesquisas.
Questionado se a candidatura seria um balão de ensaio ou uma estratégia para defender o verdadeiro nome na disputa do ano que vem, Veloso diz que “qualquer nome pode ser trocado, independente de partido”, mas aposta que não é o caso. “É um nome forte, é um cara mais tranquilo e entre os irmãos é o mais próximo do presidente neste momento”, argumenta.
“Acho que a grandeza do nome Bolsonaro e com a envergadura política dele [Flávio], não acredito que seja um nome para ser boi de piranha. É um nome para ser testado pela opinião pública agora e as pesquisas vão verificar o crescimento do nome dele”, completa.
Já se Flávio reúne as condições para agregar o chamado “Centrão” na candidatura, o vereador é mais cauteloso e diz que tudo vai “depender das costuras políticas que vão se iniciar nos próximos dias”.
Preço para tirar candidatura
Em entrevista neste domingo, Flávio Bolsonaro negou que a candidatura seja um “balão de ensaio”, apesar de ter dito que a manutenção da pré-candidatura tem um preço: a liberação de Jair Bolsonaro da prisão. “Eu não tiro o meu nome a não ser na condição de nós termos justiça, como eu falei aqui, não só com Bolsonaro mas com milhares de brasileiros que estão sofrendo angustiados… Eu tô [sic] dando a cara a tapa e não tem volta”, disse.
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