Vereador diz duvidar de saída de secretária da Saúde: “Continuará matando o povo”
10 março 2018 às 17h23

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Clécio Alves, que é líder do MDB, explica que Fátima Mrué é escolha pessoal de Iris e que tem carta branca para fazer o que quiser

Após o Jornal Opção revelar a possibilidade de uma mudança no comando da Secretaria Municipal de Saúde da capital, o vereador Clécio Alves (MDB) se mostrou cético com relação a um pedido de demissão da secretária Fátima Mrué.
Durante entrevista neste sábado (10/3), o parlamentar, que é presidente da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga o caos na rede municipal, ressaltou que a médica é “escolha pessoal” do prefeito Iris Rezende (MDB) e que este acredita no “bom trabalho”que ela vem desenvolvendo.
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“Só que se você for às unidades de saúde e perguntar para funcionários, pacientes, do picolezeiro, feirante, frentista ao empresário mais importante, todo mundo reconhece a péssima gestão que essa mulher faz”, lamentou.
No comando da secretaria desde o início da gestão, Mrué se tornou um verdadeiro calcanhar de Aquiles do prefeito, sendo alvo de inúmeras críticas de vereadores (inclusive da base aliada). Ela se vitimiza e alega perseguição.
“O problema é o seguinte, a secretária insiste em querer convencer aquilo que ninguém consegue ser convencido, só o prefeito e três vereadores tem o mesmo pensamento. Ela conseguiu piorar o serviço. Nem nos últimos meses da gestão de Paulo [Garcia] as coisas estavam tão deprimentes”, rebateu o emedebista.
Clécio Alves, que chama Mrué de “secretária da morte”, relata diversos problemas que foram agravados na atual administração, como a perseguição de servidores, tentativa de intimidação de vereadores e, principalmente, o sistema de marcação de consultas.
“Aquele software que ela comprou sem licitação por R$ 4,2 milhões não funciona aqui como não funcionou em nenhum Estado que a empresa responsável implantou. Estou concluindo uma investigação sobre isso que vai levar muita gente para a cadeira. Para a cadeia. É assustador”, revelou.
Questionado se acreditava em uma eventual saída de Fátima Mrué do cargo, o líder do MDB deu de ombros: “Eu já perguntei o prefeito quem a indicou, quem a mantém no cargo, e ele me diz sempre que foi uma escolha pessoal, que precisava de alguém que não tivesse ligações políticas. Acho que ela vai ficar e continuar fazendo lambança atrás de lambança, mantando o povo.”