Vereador denuncia suposto golpe que “planta” droga nos carros dos parlamentares
10 novembro 2015 às 11h18
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Zander Fábio disse que foi avisado na última segunda-feira (9). Elias Vaz sugeriu que tentativa de incriminar vereadores esteja vindo de prejudicados pela CEI das Pastinhas
O vereador Zander Fábio (PSL) usou a tribuna na manhã desta terça-feira (10/11) para avisar a todos os vereadores sobre um suposto golpe do qual foi avisado na última segunda-feira (9). Trata-se de colocar drogas nos carros dos vereadores. “Pode ser uma denúncia infundada. Até torço para que seja. Mas fiz questão de comunicar aqui, porque até explicar que focinho de porco não é tomada.”
O alarde foi visto de forma séria por todos os vereadores. Zander comentou que nunca chegou perto de droga alguma — no máximo cerveja e cigarro. “Porque meu pai fumava”, explicou. O vereador frisou ter sido alertado por uma de suas fontes, mas não quis revelar qual. “É confiável, não iria inventar isso. Onde tem fumaça tem fogo.”
Paulo Magalhães (Solidariedade) logo pediu a palavra para falar dos grandes empresários que estão na mira da Câmara com a Comissão Especial de Inquérito (CEI) das Pastinhas, que investiga um suposto esquema de fraude na concessão de alvarás para empreendimentos na capital. “Eu contestei o atestado médico do poderoso Lourival Louza. Agora, uma bomba pode estourar a qualquer momento no meu carro”, afirmou.
Em seguida foi a vez de Elias Vaz (PSB), que sugeriu que tentativa de incriminar vereadores esteja vindo dos prejudicados pela CEI das Pastinhas. O parlamentar garantiu que Casa não irá se intimidar e que os empresários “têm que parar de achar que mandam na cidade”. “Tentam atropelar quem os contrariam. Nós não vamos nos submeter a esse tipo de situação.”Quem está errado vai ter que pagar, doa a quem doer.”
O presidente da Casa, Anselmo Pereira (PSDB), garantiu que se comprovada a suspeita em relação a plantar drogas nos carros, a mesa diretora irá agir. O tucano sustentou que a Casa dá todo o seu apoio à CEI das Pastinhas, e disse: “Se dependesse de mim, eu iria buscar alguns depoentes coercitivamente.” Anselmo ainda assegurou que a Câmara não irá temer. “Essas ameaçazinhas, esse tipinho de gente, vai encontrar uma barreira na Mesa Diretora. Pode vir quente.”