O presidente da Venezuela Nicolás Maduro disse em um comício que o País pode enfrentar uma “guerra civil” e um “banho de sangue” caso não garanta a “maior vitória da história eleitoral”. A declaração foi dada nesta quarta-feira, 17, durante um evento de campanha para as eleições marcadas para o próximo dia 28 de julho.

“O destino da Venezuela no século 21 depende de nossa vitória em 28 de julho. Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo.”

Ele seguiu dizendo que “quanto mais contundente for a vitória, mais garantias de paz” o País deve ter. As falas foram alvos de crítica por parte da principal opositora do presidente, María Corina Machado. “Vandalizaram nossos carros e cortaram a mangueira dos freios”.

María chegou a ser afastada da corrida eleitoral pelo Supremo Tribunal de Justiça, o que aumentou a desconfiança internacional que as eleições não seriam livres no País. O governo brasileiro chegou a manifestar apoio a candidatura Machado e que não haveria motivos para barrar a candidatura dela.

Além do Brasil, ao menos 11 países manifestaram preocupação com as eleições (Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Chile, Equador, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai).

Leia também:

Lula sinaliza que está farto de ditadores em seu encalço

Processo eleitoral na Venezuela pode ser influenciado por Lula?