Deputados se preparam para disputar prefeituras em 2016. Veja lista dos possíveis candidatos
29 maio 2015 às 13h31
COMPARTILHAR
Pelo menos 15 parlamentares goianos já demonstraram real interesse em deixar a Casa legislativa para disputar cadeira como chefe municipal. As articulações já começaram
Embora 2016 esteja razoavelmente distante, as negociações para as eleições municipais do próximo ano já começaram. Vitoriosos em 2014, alguns deputados estaduais se preparam para disputar uma vaga no Executivo.
A maioria deles não assume a pré-candidatura, mas nos bastidores articulam com aliados e suas bases eleitorais para se viabilizarem. De acordo com levantamento realizado pelo Jornal Opção Online, pelo menos 15 parlamentares têm interesse em deixar a Casa de Leis.
Alguns deles, como Adib Elias (PMDB) e Júlio da Retífica (PSDB), já têm experiência em disputas majoritárias — tendo ambos sido prefeitos de suas cidades, Catalão e Porangatu, respectivamente. Outros, como Adriana Accorsi (PT) e Lucas Calil (PSL), são estreantes na Assembleia, mas pensam em alçar voos mais altos.
Veja a lista completa:
Adib Elias (PMDB) – O peemedebista que perdeu para Jardel Sebba (PSDB) nas últimas eleições ressaltou a força do PMDB em Catalão. “Continua sendo o maior PMDB de Goiás junto com Aparecida de Goiânia.” O deputado fala que existem grandes nomes na cidade — sem citar nenhum –, e que o próximo candidato pode até ser ele. Vai depender das pesquisas. E, claro, “está muito cedo para falar isso com certeza”.
Álvaro Guimarães (PR) – De acordo com o parlamentar, a intenção é fortalecer o partido, sendo este o momento de um bom quadro de candidatos, com lideranças nos municípios. Álvaro desconversa possibilidade de ser o próximo prefeito de Itumbiara, mas assinala que quer. Há alguns meses, em conversa com o Jornal Opção Online, o deputado deixou bem clara sua pretensão de ser candidato em Itumbiara.
Adriana Accorsi (PT) – A delegada tem o nome lembrado quando se fala na Prefeitura de Goiânia. Depois dos desgastes da gestão de Paulo Garcia (PT), a questão é se qualquer nome do PT pode se viabilizar na capital. De qualquer forma, em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa, a deputada tem um nome forte.
Lucas Calil (PSL) – O novato da Assembleia declara amor por Inhumas, garante que não pretende ser prefeito acima de tudo, mas que “não vai furtar o desafio”. “Se for uma realidade, eu vou”, disse. Como já dito pela coluna Bastidores e comentado por Calil, Abelardo Vaz não está querendo ser candidato na cidade. “É um bom nome”, diz. O deputado federal Roberto Balestra já disse que não quer ser candidato a nada, conforme Lucas Calil. À coluna Bastidores, Calil disse que respeita Balestra, mas se posiciona como o representante do povo de Inhumas, não dos políticos.
Francisco Jr. (PSD) – No PSD, além de Virmondes Cruvinel, que já deixou clara sua pretensão, Francisco Jr. é um possível candidato da legenda pela base do governador Marconi Perillo (PSDB) a Prefeitura da Goiânia. É claro, a possibilidade de dois candidatos da base vai vai depender do martelo do tucano chefe.
Ernesto Roller (PMDB) – Lá em Formosa, um dos candidatos deve ser o deputado Ernesto Roller. O peemedebista tem o discurso ponderado, sem dizer que sim nem que não. “Não vou falar que quero antes da hora”, diz. Mas quando conversa, é clara a pretensão de ser o próximo prefeito da cidade.
Humberto Aidar (PT) – Defensor de candidatura própria do PT, depois de frisar que o nome à disposição caso o partido ache pertinente, Aidar explicou que ser prefeito de Goiânia não é nenhuma prioridade. As articulações estão ocorrendo, como comentou o petista. Entretanto, quem vai decidir, de acordo com ele, é a militância. “Não descarto a possibilidade.”
Questionado sobre a gestão desgastada de Paulo Garcia (PT), o deputado é otimista: “Eu acredito que o Paulo vai recuperar. A gestão vai terminar com uma aprovação. Tenho convicção disso.” Até porque a candidatura do PT depende do que restar do nome de Paulo Garcia em Goiânia. O deputado se apoia no fato de que Paulo conseguirá dar uma reviravolta até o fim da gestão.
Isaura Lemos (PC do B) – Por mais que já tenha concorrido para a Prefeitura de Goiânia, a deputada assinala que não pretende o mesmo desta vez. Isaura garante que se for por ela, não é candidata. Somente se não tiver (não tiver mesmo) outro nome. De acordo com Isaura, o PC do B entrar em uma coligação com um cargo de vice, por exemplo, é uma possibilidade concreta. Até o momento, entretanto, não há conversa com ninguém, conforme a deputada.
José Nelto (PMDB) – O deputado já disse por diversas vezes a intenção de ser candidato em Águas Lindas de Goiás. Mesmo com as conversas de que poderia estaria desistindo da candidatura para apoiar, talvez, Geraldo Messias, o peemedebista insiste que tem costurado apoio. “Não desisti ainda não”, garante.
Júlio da Retífica (PSDB)- Em Porangatu, a intenção é articular para que seja o tucano ou a esposa Gláucia Melo. O deputado não assinalou à reportagem qual é a maior possibilidade, disse apenas que ambos têm se articulado.
Nédio Leite (PSDB) – O deputado jura que não pretende, de jeito nenhum, ser candidato em Jaraguá. De acordo com ele, outros nomes tucanos na cidade irão aparecer. O deputado citou Vilomar, Guilherme, Bonfim da NB. “Não tem porque eu ir para lá. Tem muita gente boa. Melhor ficar porque aqui como deputado”, disse, lembrando os compromissos com as cidades que ajudaram na eleição para a Assembleia.
Paulo Cézar Martins (PMDB) – O peemedebista já tentou ser prefeito de Quirinópolis mas perdeu para o democrata Odair Resende por uma diferença 5,2%, exatos 1.460 votos.
Desta vez, o deputado garante que a intenção é apoiar o líder da cidade Gilmar Alves (PMDB), que pretende ser candidato em 2016. Paulo Cézar afirma que não tem pretensão alguma de tentar ser prefeito de Quirinópolis. Questionado sobre um cenário em que seu nome seja colocado como o melhor, o peemedebista respondeu: “Não aperta! Eu vou apoiar o Gilmar, essa é a minha pretensão.”
Paulo Cézar ainda disse que nunca irá forçar o próprio nome, ser candidato de si mesmo. “Nunca tive isso, nem nunca terei.” O peemedebista comenta, após ser questionado, sobre como é melhor ser prefeito do que deputado; sobre ter a “caneta” e ajudar a população. “Se Deus me desse oportunidade, seria até Presidente da República.”
Renato de Castro (PT) – Em seu primeiro mandato, o petista declara que não pretende abandonar a Casa Legislativa para concorrer à Prefeitura de Goianésia. Em 2012, o deputado tentou o cargo de vice, mas não obteve sucesso. Em entrevista, Renato mostrou que na cidade os nomes são do PMDB. O petista assegurou que, com o “capitão-mor da chapa, ex-prefeito Gilberto Naves (PMDB), manifestando que quer abandonar a vida política”, um dos nomes mais fortes para tentar o cargo de prefeito é o presidente do PMDB de Goianésia, Giovani Machado Gonçalves.
Como vice, nem pensar. “E eu vou abandonar cargo como deputado para ser vice?”, questionou retoricamente. Renato ainda frisou que o candidato do PMDB em Goianésia, com certeza terá o apoio do PT e, evidentemente, o seu próprio.
Simeyzon Silveira (PSC) – Em 2012, o deputado foi candidato na eleição municipal de Goiânia, mas o nome não é bem uma possibilidade para o ano que vem. Ele se coloca à disposição, mas afirma que apenas em um cenário que Vanderlan Cardoso, do PSB, não saia candidato (devem estar na mesma coligação). PSB este que estará em breve com Lúcia Vânia e se fundirá com PPS de Marcos Abrão.
Virmondes Cruvinel (PSD) – Deputado estadual pela primeira vez, o ex-vereador frisa o que tem dito nos últimos tempos: o PSD deve ter uma candidatura própria. Virmondes explica que colocou o nome para incentivar isso. “Nesse momento que o PSD alcançou tantas conquistas, possui uma bancada forte na Assembleia, não dá para ficar coadjuvante nesta história”, explica deputado ao falar de possibilidade de candidatura na capital goiana.
Lembrado do nome do seu co-partidário Francisco Jr., Virmondes disse apenas que “os dois nomes estão à disposição”, e ainda, que a escolha do candidato é uma questão interna. O deputado garante que não fica com o tucano Marconi Perillo a decisão do nome do PSD. O governo ficaria mais com a decisão referente a uma ou mais candidaturas pela base.
Virmondes comenta que o PT e PMDB provavelmente farão aliança, mas com candidatura própria, e que esta é a tendência a ocorrer na base. Se assim o for, candidatos do PSDB, PSD, e também do PSB (unido ao PPS) é quase certo. “É bom para distribuir os votos e gerar um maior debate no 2º turno. Queremos alavancar isso aí [candidatos tanto no PSDB quanto no PSD]”, comentou o deputado estadual.