Veja como está o placar do impeachment em Goiás
06 abril 2016 às 09h44
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Processo ainda em análise na Comissão Especial, deve ser votado em cerca de 10 dias. Vejam como devem votar os deputados goianos
Ao menos doze dos 17 deputados federais goianos devem votar em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). É o que diz um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, que na última semana conversou com a grande maioria dos 513 parlamentares da Câmara dos Deputados.
São nomes confirmadamente em favor do impeachment os tucanos Fábio Sousa, João Campos, Giuseppe Vecci, e Célio Silveira; Delegado Waldir e Magda Mofatto, do PR; Alexandre Baldy (PTN), Pedro Chaves (PMDB), Sandes Júnior (PP) e Heuler Cruvinel (PSD).
Ainda na lista do Estadão, quatro deputados não foram encontrados, Lucas Vergílio (SD), Roberto Balestra (PP), Jovair Arantes (PTB) e Marcos Abrão (PPS). Vergílio porém, pode ser colocado na lista de parlamentares a favor do impedimento da presidente, uma vez que deixa claro seu posicionamento em seus discursos e também nas redes sociais.
Apesar de não encontrado pela reportagem de jornal Estadão, o deputado Marcos Abrão (PPS) também tem posicionamento definido em favor do impeachment. Já o relator do processo na Comissão Especial, Jovair Arantes, prefere um discurso neutro, pelo menos até a apresentação de seu relatório, que está prevista para esta quarta-feira (6/4).
O presidente do PMDB em Goiás, Daniel Vilela, entrou na lista dos “indecisos, mesmo após o anúncio do partido em deixar a base do governo federal. A deputada Flávia Morais (PDT), preferiu não revelar seu posicionamento.
Em Goiás, a única certeza de voto contra o processo de impeachment é do único deputado petista do Estado, Rubens Otoni. Confira a lista completa.
A FAVOR
Fábio Sousa (PSDB)
Alexandre Baldy (PTN)
João Campos (PRB)
Pedro Chaves (PMDB)
Giuseppe Vecci (PSDB)
Thiago Peixoto (PSD)
Delegado Waldir (PR)
Célio Silveira (PSDB)
Heuler Cruvinel (PSD)
Magda Mofatto (PR)
Lucas Vergílio (SD)
Marcos Abrão (PPS)
INDECISO
Daniel Vilela (PMDB)
NÃO QUER REVELAR O VOTO
Flávia Morais (PDT)
NÃO FORAM ENCONTRADOS
Roberto Balestra (PP)
Jovair Arantes (PTB)
CONTRA
Rubens Otoni (PT)
Trâmite
A partir da apresentação do relatório final, a Comissão tem cinco sessões para votar o parecer de Jovair Arantes. Independente da decisão da comissão, a Câmara possui prazo de 48 horas após publicação do parecer para incluí-lo na Ordem do Dia.
A expectativa é de que a votação no plenário dure três dias e aconteça a partir do dia 16 de abril. Para que o processo de impeachment seja aprovado na Câmara dos Deputados e posteriormente encaminhado ao Senado são necessários os votos de no mínimo 342 dos 513 deputados.
A votação será nominal e aberta. Quando o processo começar, os deputados serão chamados a votar de acordo com a região ou o estado a que pertencem. Se a votação não alcançar os 342 votos, o processo será automaticamente arquivado. Caso contrário, o impeachment segue para o Senado. Para barrar o seguimento do processo, o governo precisa ter pelo menos 172 votos, o que impediria a oposição de conseguir os 342.
Caso a Câmara decida pelo prosseguimento da ação, a denúncia é encaminhada ao Senado, que decide, por maioria simples, se instaura ou não o processo de impeachment. O presidente da Casa, Renan Calheiros, afirmou que, se o caso chegar ao Senado, o calendário será definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Constituição determina que o processo tramite em até seis meses na Casa.
Caso o processo de impeachment seja instaurado, a presidente da República é afastada por até 180 dias. Nesse período, o Senado convoca o presidente do Supremo para comandar a sessão em plenário; O impeachment precisa de dois terço dos senadores para ser aprovado.