Dois irmãos libaneses foram presos em flagrante enquanto entregavam 120 mil cigarros eletrônicos nesta quarta-feira, 24, em Goiânia. Na residência da dupla, a Polícia Civil (PC) encontrou mais 4 mil “vapes”, usados para abastecer o comércio ilegal de tabacaria na capital. A carga é avaliada em R$ 400 mil.

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Um terceiro investigado, que completa o trio de irmãos, não foi localizado e deve ser intimado a prestar depoimento nos próximos dias. Conforme o delegado Humberto Teófilo, os estrangeiros chegaram à Goiânia a cerca de um ano e, desde então, começaram a controlar o comércio de cigarros eletrônicos na cidade.

“Eles já fizeram entregas para várias tabacarias em Goiânia. Os irmãos vieram da fronteira com a Bolívia, trouxeram e tocaram o negócio. Ao que tudo indica, eles estavam no país de forma legal”, contou. 

O delegado afirma que eles podem ser expulsos do Brasil pelo crime. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve, recentemente, a proibição da comercialização e da propaganda dos “vapes” no Brasil. 

A regra vai contra a pressão da indústria, que pedia a liberação da comercialização sob o argumento de que os vapes são menos nocivos é uma opção para quem quer parar de fumar. Como os produtos são produzidos em outros países, a comercialização pode configurar contrabando, crime contra a saúde pública e comercialização de produtos impróprios para o consumo.

“Eles não informaram de onde compravam os vapes. A audiência deve ocorrer agora à tarde, onde ficará à cargo do juiz a liberação mediante fiança, a conversão da prisão em preventiva ou a liberação com o uso de tornozeleira eletrônica”, concluiu. 

Apreensão em Anápolis

Ainda nesta quarta-feira, uma empresa foi autuada pelo Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon Goiás) por comercializar produtos ilegais em uma tabacaria de Anápolis. Ao todo, foram apreendidos 2,5 mil itens como cigarros eletrônicos, vapers e essências, cujo valor chega a R$ 90 mil. A empresa, que tem 20 dias para apresentar a defesa, poderá ser multada em até R$ 11 milhões, a depender da extensão do dano provocado, da gravidade e do faturamento.