Apesar de aliança entre nomes da base aumentar chances de vencer Iris Rezende e Waldir Soares, partidos estão determinados a indicar nomes próprios

Foto: Renan Accioly/ Jornal Opção
Vanderlan admite conversas, mas vê com dificuldade uma aliança entre seu partido e outros da base governista, pelo menos no primeiro turno | Foto: Renan Accioly/ Jornal Opção

As primeiras pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de Goiânia já começam a ser divulgadas e dois candidatos aparecem na dianteira: o ex-prefeito Iris Rezende (PDMB) e o deputado federal Waldir Soares (PR). O terceiro lugar fica com o ex-prefeito de Senador Canedo, Vanderlan Cardoso (PSB), um dos mais fortes nomes capazes de bater os dois primeiros.

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Como ele não é o único candidato da base governista – somam-se a ele Giuseppe Vecci (PSDB), Franciso Jr. (PSD), Luiz Bittencourt (PTB) e Alexandre Magalhães (PSDC) -, há, nos bastidores, a especulação de que ele estaria articulando com os outros candidatos para uma chapa única. Assim, os votos seriam somados e aumentariam as chances de vitória nas eleições. Em entrevista ao Jornal Opção, no entanto, Vanderlan afirmou que não acredita que os partidos chegarão a um acordo para que seu nome seja apresentado como unanimidade. Ele tampouco admite desistir da disputa.

Apesar de admitir conversas, Vanderlan ressalta que os partidos estão firmes quanto às candidaturas próprias o que, pelo menos em um primeiro turno, dificultaria alianças. “Pelo que eu tenho visto, o PSD não abre mão do Francisco Jr. e tampouco o PSDB desiste da candidatura do Vecci”, afirmou.

De acordo com pesquisa divulgada pela TV Record, Vanderlan tem 12,5% das intenções de voto antes do início da campanha. Nas contas de sua equipe, entretanto, tem 16% das intenções. Ele lembra que, quando disputou o Governo do Estado em 2014, teve 23% dos votos, o que significa que “O eleitor permanece fiel, agora é trabalhar para aumentar essa porcentagem aí”. “E vou continuar com nossas reuniões, está dando resultado”, brincou.

Vanderlan ressalta ainda que as boas colocações de Iris e Waldir não garantem a vitória no pleito. “Essa eleição está difícil, o povo vai esperar até o último momento para escolher, pode ter certeza”, destacou. “Não há nada definido, até porque já vimos gente por aí com 1% ganhando eleição, gente com 70% perdendo, é imprevisível”. 

Para o ex-prefeito de Senador Canedo, estas pesquisas preliminares são muito baseadas em popularidade, ou seja, o resultado apresenta os nomes de quem é mais conhecido. Quando começa a campanha, o quadro passa a se diferenciar: Candidatos apresentam suas propostas, aparecem nos programas eleitorais e saem para pedir votos nas ruas.

Ele aposta que pode ganhar votos porque o eleitor estaria mais exigente: “O que eu ando vendo é que o povo anda atento, está cobrando muito, não aceita qualquer coisa”. Por isso, acredita ser importante se desviar de um discurso muito populista ou monotemático e tratar dos problemas da capital de forma integrada.

“Minhas propostas abrangem todas as áreas. Como resolver o problema de uma sem investir nas outras?”, questiona. Vanderlan destaca que hoje, as maiores preocupações dos goianienses são na área de segurança e saúde, mas que elas não podem ser tratadas como independentes: São interligadas às questões de geração de renda, cultura, meio ambiente, estrutura, entre outras.