Reportagem cita privatização da Usina de Cachoeira Dourada, em 1998, e o acúmulo de dívidas com o setor elétrico, entre 2006 e 2011, como razões para crise da distribuidora
Reportagem do Valor Econômico do último sábado (26/9) atribui a atual crise financeira da Celg Distribuição às gestões dos ex-governadores Maguito Vilela (1995-1998) e Alcides Rodrigues (2007-2010).
Conforme a publicação, a situação econômica da distribuidora goiana se deteriorou devido à privatização da Usina de Cachoeira Dourada e à defasagem tarifária em função das dívidas acumuladas com o setor elétrico – que ocorreram, respectivamente, durante as gestões de Maguito e Alcides.
“A situação financeira da Celg D, considerada uma das empresas mais ineficientes do setor, se deteriorou basicamente por dois motivos”, afirma o texto do Valor. A reportagem enumera: “O primeiro foi a privatização da hidrelétrica de Cachoeira Dourada, em 1998, quando foi negociado um contrato de venda da energia da usina para a Celg D, por um valor 53% superior ao praticado pelo mercado na época”.
“O segundo foi o congelamento das tarifas da distribuidora, entre 2006 e 2011, devido ao atraso nos pagamentos à Itaipu e no recolhimento de encargos setoriais”, finaliza a publicação
Assinada pelo jornalista Rodrigo Polito, a reportagem revela que o governo federal cogita adiar o leilão da Celg D para o ano de 2016 devido ao impasse na definição das regras quanto à renovação das concessões de distribuição.
Pelo cronograma do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNEDES), a licitação estava prevista para novembro deste ano, mas, segundo a reportagem, “pessoas envolvidas já cogitam adiar o negócio”.
Quando será que os goianos vão sentir o gostinho da civilização, privatizando este monstrengo estatal que é a CELG?
Do jeito posto, foi uma má ideia entregar um ativo como Cachoeira Dourada à iniciativa privada. Mas a culpa não é da iniciativa privada. Primeiro, quem conduziu a venda? Governo. Quem continuou administrando a CELG depois da venda? Governo.
Se na época, a CELG já tivesse sido privatizada, não teria feito tal negócio tão ruim para empresa. Mas não ouvimos ninguém culpado que o motivo de uma empresa, que detém O MONOPÓLIO do COMMODITY ELÉTRICO estar QUEBRADA, é só o Governo.
Mas claro, quem disse que a iniciativa privada não comete erros? Por isto que precisa abrir o setor à concorrência. Para que monstrengos ineficientes não sejam a única opção para recorrermos.
Privatizar e derregulamentar o mercado de eletricidade. Ah, civilização. Quando é que você dará as caras entre os goyazes?