Diferente de estados que adotaram punições a quem está escolhendo entre as vacinas contra o coronavírus, Goiás adota postura de conscientização

Secretário de Estado de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino | Foto: Reprodução

Enquanto estados e municípios, como Recife, decidiram por punir os chamados ‘sommeliers’ de vacina, pessoas que escolhem entre determinado imunizante para ser vacinado, o Estado de Goiás opta por medidas educativas de conscientização. “Sabemos que tem alguns estados que são punitivos, mas na nossa visão o ideal é dar acesso a população ao maior numero de vacinas possíveis”, declarou o secretário de Estado de Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino.

O governador Ronaldo Caiado (DEM), chegou a afirmar que sequer existe a prerrogativa de escolha de vacina por parte da população. Ele ainda explica que, no caso da não aplicação do imunizante, a responsabilidade recai sobre a pessoa que escolheu. No entanto, quem vai avaliar quais serão os critérios a serem repassados a essa pessoa que quer escolher o posto que tenha a vacina A ou B será o Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus.

“Sabemos muito bem que com as duas doses aplicadas chegamos a percentuais de imunização, mas mesmo com todas essas vacinas, nenhuma tem 100% de cobertura. O que se tem é uma produção de anticorpos capazes de proteger a pessoa, que mesmo a doença a atingindo, estará em uma forma leve”, completou o governador.

Na visão do secretário de Saúde estadual, a vontade de escolher vacinas pode advir de um modismo e da tendência natural do ser humano a fazer escolhas. “Na vacinação, até agora, todas as vacinas foram modismos. Em primeiro momento, a única que tinha era a Coronavac, ela era a da moda. Depois a AstraZeneca foi tida como eficiente e foi a da moda. Depois alguns boatos sugeriram que a AstraZeneca causaria fenômenos embólicos e deixou de ser a da moda, retornando a Coronavac. Com a chegada da Pfizer, ela virou a da moda. Agora a da Janssen, que é uma dose só, passou a ser a da moda. Isso é natural do ser humano, e nós compreendemos, no entanto, não podemos ceder a esse modismo ou a paixão por uma ou por outra. Não dá para ter sommelier de vacina. Vacina boa, é vacina no braço, independente da marca. Desde que ela tenha sido aprovada pela Anvisa ela está apta a imunizar a população”, esclareceu Ismael.