União Brasil e MDB terão peso decisivo no secretariado de Ronaldo Caiado. Confira nomes
05 outubro 2022 às 11h33
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O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) ainda não abriu a discussão da montagem do secretariado de sua segunda gestão. E, como não abre mão de sua autoridade, os partidos ainda “não” estão tencionando para indicar alguns de seus filiados. A tendência é que esperem ser chamados pelo gestor estadual, em janeiro de 2023. É possível que o atual secretariado permaneça até 30 de dezembro de 2022.
Mesmo em time que está ganhando é preciso fazer mudanças. Por quê? Para ganhar muito mais. Há colaboradores, ainda que competentes e responsáveis, que se acomodam e, às vezes, têm dificuldades de trabalhar em equipe. Por isso precisam ser trocados ou, em alguns casos, remanejados.
Uma coisa é certa: dois partidos e dois políticos terão peso decisivo na escolha do secretariado — o União Brasil de Ronaldo Caiado e o MDB de Daniel Vilela, vice-governador de Goiás a partir de 1º de janeiro de 2023. Político jovem mas maduro, Daniel em nenhum momento pressionou o governador por cargos na atual gestão, por considerar que não havia colaborado com sua vitória em 2018. Como afirma um deputado, a partir de janeiro de 2023, o MDB irá para a janelinha.
Todo o secretariado será mantido? Não. Porque governos precisam de renovação. Como se sabe, mesmo em time que está ganhando é preciso fazer mudanças. Por quê? Para ganhar muito mais. Há colaboradores, ainda que competentes e responsáveis, que se acomodam e, às vezes, têm dificuldades de trabalhar em equipe. Por isso precisam ser trocados ou, em alguns casos, remanejados.
Não há nenhum secretário imexível? Há alguns imexíveis, como Adriano Rocha Lima, Fátima Gavioli e Pedro Sales. Mas pode haver remanejamentos? É possível.
O secretariado será mais político ou técnico? A operação do governo será técnica, porque senão trava. Mas isto não exclui, é claro, a participação de políticos. O que o governo quer mesmo é ser mais ágil e eficiente no atendimento das demandas dos cidadãos, quer dizer, da sociedade. Em suma, mais ação consequente, com resultados, do que palavreado bonito porém ineficaz.
Os líderes dos partidos políticos que participaram ativamente da campanha de Ronaldo Caiado serão convocados para conversas com o governador Ronaldo Caiado e com Daniel Vilela.
A reforma administrativa poderá resultar na criação de novas secretarias e extinção de outras? Ainda não se sabe. A Secretaria da Retomada pode ceder espaço para uma Secretaria de Planejamento? O governador ainda não discutiu a questão, apesar do burburinho dos corredores. Comenta-se que Euler Morais e Leandro Vilela podem ser convocados. Ressalva: César Moura é apontado como eficiente, proativo.
Secretaria da Economia
Cristiane Schmidt já foi mais imexível do que é hoje. Consta que está em seus planos trabalhar como consultora em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Mas membros do governo afiançam que ela se afeiçoou a Goiás, sobretudo a Pirenópolis.
Frise-se que a secretaria é apontada como da cota pessoal de Ronaldo Caiado. Schmidt, se deixar o cargo, deverá ser substituída por outro técnico qualificado. Daniel Vilela pode ser secretário da Fazenda? Não se sabe. Entretanto, embora formado em Direito, ele tem estudado economia e administração nos últimos anos.
Há comentários, não confirmados, de que Pedro Sales é uma alternativa para a Economia. Assim como Marcos Roberto Silva, hoje na Secretaria de Comunicação.
Goinfra
O presidente da Goinfra, Pedro Sales, é um dos curingas do governo. Deve ficar no governo para concluir obras e abrir novas frentes de trabalho. Figura na lista dos imexíveis. Mas pode ser remanejado.
O nome do prefeito de Catalão, Adib Elias (que é um grande tocador de obras), tem sido lembrado para Goinfra.
Secretaria da Educação
Fátima Gavioli, tida como imexível, é apontada como a principal responsável, ao lado de Ronaldo Caiado, pelo sucesso da educação pública em Goiás. Não à toa, o Estado conquistou o primeiro lugar nacional no Ideb. Fica, portanto. Chegaram a sugerir que poderia ocupar uma vaga no Tribunal de Contas de Rondônia. Mas é fofoca, consta.
Secretaria de Saúde
O médico Paulo do Vale, prefeito de Rio Verde, e o médico Wellington Carrijo, também de Rio Verde, são cotados para o cargo.
A tendência é que o atual secretário, Sandro Rodrigues Batista, não fique no cargo. Frise-se: tendência. Porque há políticos — como o deputado federal eleito Ismael Alexandrino (PSD) — defendendo sua permanência.
Comenta-se também que os deputados federais Zacharias Calil, do União Brasil, e Célio Silveira, do MDB, são cotados para a Saúde. O nome do dentista Márcio Corrêa, primeiro suplente de deputado federal pelo MDB, também tem sido citado.
Há também a possibilidade de Ismael Alexandrino, eleito deputado federal, voltar para Dannillo Pereira, o primeiro suplente do PSD, assumir o mandato? Sempre há.. Mas o apoio escancarado de Alexandrino para Marconi Perillo não agradou os grupos que circulam com Ronaldo Caiado.
O oftalmologista Marcos Ávila, professor da UFG, teria sido sondado.
Detran
O cargo de superintendente do Detran pode ser ocupado por um indicado pelo MDB. Se não for, a tendência é que Marcos Roberto Silva reassuma o cargo. Porém, no governo, há quem postule que a gestão de Eduardo Machado tem sido eficiente.
Secretaria-Geral da Governadoria
Adriano Rocha Lima, tido como altamente eficiente — é uma usina de ideias produtivas —, será mantido. Figura na lista dos imexíveis, de acordo o próprio Ronaldo Caiado.
Secretaria de Meio Ambiente
Há indícios de que a secretária sairá, abrindo espaço para articulações políticas. Na campanha eleitoral, Andrea Vulcanis deu umas derrapadas políticas que desagradaram o governo.
Há a possibilidade de se juntar a Secretaria de Meio Ambiente e da Agricultura.
Secretaria de Governo
Há dois nomes cotados: Vilmar Rocha, presidente do PSD, e Lissauer Vieira, do PSD. Ronaldo Caiado é grato a Lissauer Vieira pela coordenação da campanha e, sobretudo, pelo amparo dado ao governo como presidente da Assembleia Legislativa. Lissauer também é cotado para ir para o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Casa Civil
Vilmar Rocha tem sido mencionado como uma alternativa para a Casa Civil. Ele e o deputado federal Francisco Júnior, que não foi reeleito.
Secretaria de Comunicação
Marcos Roberto Silva pode continuar na Secom. Porém, se voltar para o Detran, ou então se assumir a Secretaria de Economia, pode ser substituído por Bruno Rocha Lima ou Alexandre Parrode. Os dois últimos são jornalistas e entendem de comunicação pública.
Há quem postule que, por ter experiência, o nome mais adequado é o do jornalista e pesquisador Gean Carvalho.
Segurança Pública
O coronel Renato Brum tem mostrado eficiência no comando da Secretaria de Segurança Pública. Mas é possível que seja trocado. Fala-se que Pedro Sales é um dos cotados para o cargo. Mas há também a possibilidade de ser convocado um especialista em segurança.
O nome do deputado federal Delegado Waldir Soares, do União Brasil, tem sido mencionado. Há quem postule que, no fundo, ele voltará para uma Delegacia de Polícia, possivelmente em Aparecida de Goiânia, e dispute a prefeitura local daqui a dois anos, em 2024.
Secretaria da Indústria e Comércio
A pedido da cúpula do pP, Joel Santana Braga Filho tende a ser mantido como titular. Alexandre Baldy, se não for indicado ministro, também é cotado para o cargo. Ele é irmão de Braga Filho.
O nome de Luana Limírio (mulher de Alexandre Baldy), que atuou firme na campanha de Ronaldo Caiado, ao lado de Gracinha Caiado — uma gigante política, na avaliação da base governista —, também tem sido ventilado para um cargo no governo.
Sedi
Márcio César Pereira está indo bem na Secretaria de Desenvolvimento e Inovação. Mas comenta-se que o cargo será ocupado por um cunhado do vice-governador eleito Daniel Vilela.
Sead
Bruno D’Abadia é apontado como eficiente na Secretaria de Administração. A tendência é seu cargo entre no processo de articulações políticas. Fala-se em Euler Moraes, do MDB, para o cargo.