“Não aceitaremos mais posições dúbias que desmoralizam o União Brasil”, diz Caiado sobre expulsão de Sabino
Raunner Vinícius Soares
08 outubro 2025 às 16h18
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O União Brasil oficializou nesta quarta-feira, 8, o encaminhamento para expulsão do deputado federal e ministro do Turismo, Celso Sabino, por infidelidade partidária. A decisão foi anunciada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), durante coletiva de imprensa realizada após a reunião da Executiva Nacional do partido.
Segundo Caiado, houve unanimidade entre os membros da Executiva quanto à suspensão das atividades de Sabino e à sua expulsão definitiva da legenda. “Fidelidade partidária é um princípio. Qualquer homem público tem que ser fiel ao partido e ao cargo que ocupa. Não aceitaremos mais posições dúbias que desmoralizam o União Brasil”, afirmou o governador.
Além da expulsão, o partido aprovou a dissolução do Diretório Estadual do Pará, estado de origem de Sabino, e anunciou a criação de uma comissão interventora que será instalada nos próximos dias para reestruturar a sigla nos municípios paraenses.
A crise interna se intensificou após o ministro declarar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seu desejo de permanecer no governo, mesmo após o União Brasil ter determinado que seus filiados deixem cargos na gestão petista. A reunião entre Sabino e Lula ocorreu no Palácio da Alvorada, com a presença de outros ministros e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP).
O presidente nacional do União Brasil, Antônio de Rueda, já havia sinalizado que o descumprimento da orientação partidária resultaria no afastamento dos filiados. A decisão desta quarta-feira confirma o endurecimento da legenda contra membros que mantêm vínculos com o governo federal, contrariando a linha de oposição defendida por Caiado e outros líderes da sigla.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que continuará integrando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A declaração foi feita a jornalistas em Brasília, antes do início da reunião da Executiva Nacional do partido que analisou o caso. “Vim aqui pessoalmente apresentar minha defesa nesse processo, que não considero justo nem conduzido dentro do rito normal. Acredito que o partido tomou decisões equivocadas e açodadas, mas ainda há tempo para buscarmos o diálogo”, disse Sabino ao chegar ao encontro.
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