Um dia após rejeição do ponto biométrico, sessão na Câmara é encerrada por falta de quórum
14 novembro 2019 às 14h48
COMPARTILHAR
Plenária que antecedia o feriado da Proclamação da República era destinada à votação de dez projetos, que, no entanto, não foram apreciados
Nesta quinta-feira, 14, um dia depois da rejeição do projeto de Lei que modificava o regimento interno da Câmara Municipal de Goiânia para instituir o ponto biométrico para os 35 vereadores, e véspera do feriado da Proclamação da República, a sessão plenária foi suspensa por falta de quórum. Dez projetos de Lei deixaram de ser votados.
Autor da proposta, o vereador Paulo Magalhães (PSD) se mostrou indignado. “Isso aí é normal, acontece toda semana. Ontem mesmo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) diversos projetos não foram votados por falta de quórum”, protestou.
O parlamentar reforçou que a sua propositura tinha a intenção de acabar com esse costume. “Meu projeto não se resumia a fazer os vereadores bater ponto, mas pedia que justificassem as ausências e, caso não houvesse, que aquele dia fosse descontado de seus salários. Mas, infelizmente, eles rejeitaram”, disse.
Protesto
Segundo Magalhães, ele mesmo se retirou da votação na quarta-feira, 13, quando percebeu que os vereadores articulavam uma manobra para derrubar o ponto biométrico. “Foram 11 votos contra 8. Eles formaram um grupo com Clécio Alves, que foi peça fundamental para essa derrubada. Respeito os companheiros, mas em protesto a esse comportamento, eu fiz questão de me retirar”, explicou.
O vereador ainda prometeu que sua luta para que a Casa seja mais assídua ainda não terminou. Magalhães se comprometeu a, a partir de agora, falar na tribuna o nome de todos os faltosos e, no fim do mês, informar quantas faltas cada um teve e pedir as justificativas. Segundo ele, já que não conseguiu por meio de Lei, fará isso como forma de fiscalização.