Um amor intergalático que protege os terráqueos
03 dezembro 2025 às 19h31

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A astronomia ensina que, quando olhamos para o céu, estamos mirando o passado. Porque a luz das estrelas que brilham à noite viaja anos luz para que possam ser avistadas e admiradas aqui da Terra.
Chega a ser até romântico, mas engana-se quem pensa que a poesia que permeia as galáxias está entre as estrelas ou na lua — que já foi tão cantada por poetas, seresteiros e enamorados nas eternas noites de luar.
A maior história de amor do Universo também não pertence aos humanos, mas a dois planetas: esta é a história de amor entre Júpiter e a Terra, dois seres ancestrais que, há 4,6 bilhões de anos, dançam juntos pelo espaço.

Júpiter, o maior planeta do Sistema Solar, um gigante giratório feito de tempestades e gás, é 318 vezes maior que a Terra.
Para se ter uma ideia de suas dimensões gigantescas, dentro de Júpter cabem 1321 Terras.
Desde que uma nebulosa deu origem ao nosso Sol e, a partir daí, foi se formando o que hoje chamamos de Sistema Solar, Júpiter “apaixonou-se” pela Terra. E com razão. Afinal, o planeta azul tem lá seu charme. Foi paixão à primeira vista.
Poucos terráqueos sabem dos perigos que rondam essa paixão jupteriana, mas o gigante sim. Di Dariamente, a Terra é alvo de inúmeros asteroides e cometas que vagam pelo Cosmo e que, às vezes, eles vem diretamente em nossa direção. É a imensa gravidade de Júpiter (leia-se paixão planetária), que muda o curso dessas pedras voadoras que são atraídas para sua órbita, e automaticamente absorvidas pelo planeta gasoso.
Em 1994, astrônomos testemunharam que Júpiter sofreu o impacto de 21 cometas, cada um deles poderoso o suficiente para destruir o planeta Terra milhares de vezes, mas Júpiter não deixou que fizessem nem mesmo cócegas em seu grande amor.
Brincadeiras à parte, é graças a essa proteção que só a Terra e nenhum outro planeta do nosso sistema ganhou de Júpiter, que a bola azul permanece um santuário suficientemente seguro.
Todos os anos, o planeta gasoso sofre no mínimo oito grandes impactos que deveriam ser destinados à Terra. Silenciosamente, o gigante gasoso protege a frágil Terra desses projéteis cósmicos que têm o objetivo claro em “destruir” essa paixão espacial que já dura quase 5 bilhões de anos.
Júpiter é o guardião invisível da Terra, nosso escudo. E é com essa grandeza que ele atrai pra si todo “mal” que viaja pelo cosmo rumo à Terra. E ele faz isso de graça, sem pedir nada em troca. A nós terráqueos, só nos resta agradecer.
